Panfleto propondo formação de chapa para eleições APCEF/FENAE 2011
ELEIÇÕES APCEF/SP E FENAE: QUAL ASSOCIAÇÃO QUEREMOS?
Nós do coletivo autônomo “Bancári@s de Base” em conjunto com outros grupos de oposição (MNOB/Conlutas e Intersindical) e ativistas bancári@s independentes estamos participando de um processo de discussões abertas para a construção de uma possível chapa de “oposições unificadas” visando disputar as eleições da APCEF/SP e FENAE (ambas ocorrerão no 1º sem. 2011).
Acreditamos que a importância deste processo reside fundamentalmente no envolvimento, participação e organização da base na discussão, elaboração e organização de um programa que exprima os anseios de transformação e de resgate da combatividade da nossa associação. A participação daqueles que estão no dia-a-dia dos locais de trabalho, sentindo na pele o desgaste e as injustiças que a empresa nos impõe, vai além dos processos eleitorais, e deve ser uma constante nos locais de trabalho e na participação direta nas decisões e ações das entidades. Por isso, nos empenhamos para que o processo de discussão política/organizativa seja exemplar e simbólico do que acreditamos ser a democracia. Tal conceito, nos dias de hoje bastante desgastado, para nós significa a participação direta e consciente dos trabalhadores e trabalhadoras nos processos de decisão e luta. Não caímos na armadilha de achar que a mera mudança da diretoria resolverá a crise de representação que vivemos no movimento sindical. Uma mudança substancial só será possível se os bancários/as tomarem em suas mãos o movimento.
Entendemos que uma Chapa de Oposições Unificadas deve ter uma plataforma política comum, expressa em itens essenciais de um programa de chapa. A plataforma comum nada mais é do que a expressão concreta do que nos une e nos
faz oposição. Em nossa opinião, uma chapa de oposição à atual diretoria da APCEF e, por conseguinte à FENAE, não pode ser legítima se não questionar e não for contrária à parceria FENAE (PAR-Corretora), APCEFs, Grupo Caixa Seguros e CEF, simplesmente porque não aceitamos que as associações de trabalhadores estejam comprometidas com a principal responsável pela imposição de metas e de assédio moral nas agências. Além disso, para nós é fundamental a autonomia plena das entidades em relação a patrões, governos e partidos eleitorais, e que tenhamos mecanismos que possibilitem uma gestão democrática e participativa. Apontamos tais itens como fundamentais para que nossa participação nessas eleições se concretize na composição de uma chapa. Para nós não é princípio participar ou não de eleições sindicais, enquanto chapa, para disputa eleitoral. Acreditamos que se nossa participação contribuir para ampliar o debate consciente e a organização da categoria, ela será válida. Deverá, consequentemente, representar um acúmulo de forças visando à mobilização permanente da categoria em prol da melhoria das nossas condições de vida, trabalho e em defesa do banco público.
Sendo assim, entendemos que para haver mudança de qualidade na situação altamente desfavorável dos trabalhadores da CAIXA, não basta apenas trocar dirigentes sindicais/associativos que estão hoje nas estruturas por outros, pura e simplesmente. É necessário a concepção, a prática e uma metodologia diferenciadas e compromissadas com a necessidades colocadas, mais que nunca, de avançarmos na organização e nas conquistas e direitos de todos os bancários e bancárias da CAIXA, ativos e inativos e seu protagonismo nas diversas lutas.
Portanto, no sentido de contribuir, efetivamente, para o objetivo proposto e possível de ser realizado, apresentamos a seguir alguns pontos programáticos que entendemos ser imperantes e mesmo alguns deles imprescindíveis para uma empreitada séria e consequente. Esclarecemos que se trata de uma proposta que buscamos construir com outros setores da oposição bancária com elementos de programa para as próximas eleições que atinge o conjunto dos bancários e bancárias da CAIXA. Tal proposta é fruto de acúmulo que envolve os participantes do coletivo Bancários de Base e de pessoas que estão no dia-a-dia de agências, postos e departamentos.
PROPOSTAS PARA A APCEF/SP E FENAE
- Auditoria externa e independente das últimas gestões. Entendemos tal medida como necessária para um efetivo balanço da situação real das entidades. É algo perfeitamente normal de acordo com as regras da correta administração do que é público;
- Uma diretoria com autonomia plena em relação ao patrão, governos e seus partidos eleitoreiros. No último período percebemos nitidamente o aprofundamento do “rabo preso” das diversas entidades que nos representam às siglas; seja de partidos ou centrais atreladas ao governo, que é, em última instância, o nosso patrão. Para que haja avanço nas nossas lutas, precisamos derrubar este verdadeiro entrave;
- Lutar pela ruptura da parceria APCEF(s)/FENAE, PROGRAMA PAR, CAIXA e grupo CAIXA SEGUROS;
- Apresentação detalhada dos resultados financeiros da parceria FENAE/PAR CORRETORA, CAIXA e grupo CAIXA SEGUROS, também seus aspectos políticos. Além de não haver divulgação explícita dos números reais de tal parceria e o que ela representa em termos de receita e custo para a CAIXA, tal parceria está diretamente vinculada às metas, assédio moral, práticas comerciais antiéticas e o resultado nas vendas (“empurroterapia”) de produtos. É fator determinante na ascensão profissional, que apresenta ainda outras distorções nos PSI(s) muitas vezes com “vencedores” anunciado antecipadamente;
- Por conselho deliberativo que delibere de fato. É prática comum que resoluções discutidas e votadas nas reuniões do conselho da associação não serem devidamente encaminhadas. Isto torna a atuação do conselho apenas uma formalidade, perda de tempo e recursos dos associados. É necessário que as decisões do conselho sejam respeitadas pela diretoria;
- Diretoria atuando de forma colegiada, com a participação de cada diretor e decisões de importância maior por meio de consenso. No caso de indecisão ouve-se o conselho e a contribuição dos associados através de plebiscitos. É claro que tal forma de dirigir a associação irá requerer responsabilidade e ética para não haver possibilidades de paralisia administrativa. É possível, desejado e necessário;
- Proporcionalidade direta nas eleições, não apenas do conselho deliberativo, mas também dos diretores por chapas;
- Limite máximo de dois mandatos consecutivos para a diretoria;
- Revogabilidade de mandato;
- Federalizar a administração da entidade. Ampliar as sedes regionais com eleições locais para conselhos regionais com autonomia política e financeira de maneira semelhante aos conselhos regionais da APEOESP (Associação dos Professores da Rede Estadual de São Paulo);
- Campanha nacional em defesa dos bancos públicos, cada vez mais voltados ao aspecto comercial e descartando o lado social. Uma radiografia da CAIXA, o seu real papel atual e o papel que queremos de um banco público;
- Campanha nacional de fato pela isonomia e tickets para os aposentados. Não podemos cair na desmoralização de campanhas de fachadas (“2010, O Ano da Isonomia”, lembram-se?);
- Avaliação dos custos de vários espaços e estudo no sentido de mensurar o que é melhor: administrar diretamente ou através de outros (fim da terceirização?);
- Alteração estatutária para: regulamentação do uso da imprensa da Apcef/sp e Fenae;
- Salários dos dirigentes iguais ao salário d@s bancári@s.
Entendemos que o mesmo não é nem tem a pretensão de ser um programa já acabado. Queremos sua opinião, impressões e contribuições.
Atentem para a data da Convenção em que será votado o Programa e a Composição da Chapa. Entre em contato conosco: www.bancariosdebase.blogspot.com e bancariosdebase@yahoo.com.br.
Telefones: Ana Paula (11)7307.6150 (Vivo) Daniel (11) 8358.7040 (Tim) Hugo(11) 7329.9698 (Vivo)
Messias (11) 7701.3971(Nextel) Sandra (11) 7488.8973
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