sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Panfleto da assembleia de 17 de outubro de 2011



CONTRA O ACORDO E A CAMPANHA SALARIAL DE FACHADA, VOTE NÃO!
POR UMA GREVE DE VERDADE!

A greve segue forte em todo o país, com grande adesão nos bancos públicos. Há estados com 100% das agências do Banco do Brasil e da Caixa fechadas. A greve é tão forte que alguns bancos estaduais já ofereceram acordos vantajosos para os trabalhadores, como o BRB e o Banpará, com índices superiores ao que está sendo defendido pela diretoria. Isso prova que os bancos públicos, que estão tendo lucros bilionários, podem oferecer acordos muito melhores, que contemplem inclusive as reivindicações específicas.
Mas para isso, precisamos de uma greve de verdade aqui no centro financeiro do país. Não podemos aceitar que a diretoria do sindicato faça acordo com os gerentes definindo quais dias as agências vão fechar e quem vai trabalhar. Não podemos aceitar que a diretoria do sindicato coloque uma faixa na frente das agências e deixe os bancários trabalhando lá dentro, como acontece nos bancos privados. Não podemos aceitar que os gerentes e fura-greves dos bancos públicos continuem atendendo clientes de alta renda e barrando o restante da população. Não podemos aceitar que as decisões das assembléias sejam desrespeitadas, como aconteceu no dia 05/10.
Os bancários do Banco do Brasil e da Caixa aderiram em grande número à greve. Mas para que tenhamos a sua participação nos piquetes e nas assembléias, é preciso que as reivindicações específicas sejam colocadas em discussão, que os negociadores sejam eleitos em assembléia, que haja comandos de greve diários e abertos. A greve é dos bancários, não é da diretoria. Para sermos vitoriosos, precisamos tomar a luta em nossas mãos!

VOTAÇÕES SEPARADAS:
1º ÍNDICE DA FENABAN E CLÁUSULAS ECONÔMICAS;
2º CONTINUAR A GREVE PELAS QUESTÕES ESPECÍFICAS

O índice de reajuste e a regra da PLR são parâmetros de toda a categoria, e deveriam ser votados em assembléia unificada, conforme defendemos desde o início da greve. Entretanto, independente de qual for a decisão sobre o índice e as cláusulas econômicas, trata-se de uma questão separada da continuidade ou não da greve. Podemos e devemos continuar em greve pelo atendimento das questões específicas.
O acordo oferecido aos bancos públicos não contempla nenhuma das nossas necessidades: reposição das perdas, isonomia entre funcionários novos e antigos, plano de carreira sem redução de direitos, jornada de 6 horas para todos sem redução de salário, mais contratações e mais trabalhadores nas agências, melhores condições de trabalho, fim das metas e do assédio moral.
Essas reivindicações só podem ser obtidas por meio da luta, não nas mesas de “enrolação permanente” ou ações parlamentares sempre engavetadas. O momento de discutir as nossas questões específicas é agora, durante a greve, quando estamos todos mobilizados!

RESPEITO À DEMOCRACIA!

Na assembléia do dia 05/10 foram colocadas em votação várias propostas para melhor organizar a greve:
- assembléias unificadas para votar o índice da Fenaban e as cláusulas econômicas comuns a toda a categoria;
- assembléias no horário das 16:00 até o final da greve para barrar os fura-greves;
- não aceitar nenhum acordo que inclua o desconto ou compensação das horas.
Numa postura ditatorial, a diretoria do sindicato se recusou a reconhecer a vitória dessas propostas em votação e não encaminhou o que foi votado. O fórum máximo de decisão dos trabalhadores, que é a assembléia, foi flagrantemente desrespeitado pela diretoria. Exigimos respeito ao que foi votado nas assembléias!
Propomos também que os representantes na mesa de negociação sejam eleitos em assembléia, proporcionalmente ao número de bancários em cada base.

CONTINUEMOS ORGANIZADOS! Para termos alguma força nas campanha salariais, é importante que sigamos discutindo e nos organizando o ano inteiro, não apenas em setembro. É preciso que tenhamos organização nos locais de trabalho, a partir dos delegados sindicais, das CIPAs, dos representantes em cada agência ou departamento. É preciso que haja um enfrentamento diário contra os desmandos e o assédio em cada local de trabalho. É preciso reconstruir o espírito da ação coletiva como solução para os problemas que enfrentamos. É a partir desse trabalho que teremos condições de chegar às campanhas salariais com muito mais força. Para que tenhamos condições de passar por cima da diretoria, que hoje é um obstáculo, e fazer uma greve que realmente afete o lucro dos bancos e nos dê condições de alcançar nossas reivindicações.

QUEM SOMOS. O Coletivo Bancários de Base é um grupo de trabalhadores que faz oposição à diretoria e não é controlado por nenhum partido. Nos reunimos quinzenalmente para discutir nosso dia a dia e pensar maneiras de lutar por melhorias. Se você concorda com essas idéias ou deseja apresentar outras críticas e sugestões, entre em contato! Escreva para bancariosdebase@yahoo.com.br. Sua participação é fundamental para que todos juntos possamos avançar!

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