quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Panfleto da FNOB para as assembleias da CEF na greve 2012


Nada de isonomia, sem avanço rumo ao piso do Dieese, com a mesma PLR e nenhum avanço geral para a categoria: esta é a proposta da Caixa!
A proposta de 7,5% feita pela Fenaban, e a da Caixa, que não ofereceu nada a mais, a não ser pontos específicos de demandas secundárias - simplesmente não pode ser aceita. Nossa greve recém completou uma semana e o peso dos dias parados ainda não pode ser justificativa para encerrá-la. Por isso, esperava-se que a Caixa, depois da proposta rebaixada da Fenaban, fosse avançar em algo mais consistente. Nada disso! Tanto a proposta da CEF é decepcionante, que a maior “conquista” da proposta, segundo a Contraf, é nossa PLR social de 4%. Ora, isso já existiu no ano passado! Não é novidade alguma. No resto, são algumas bolsas, uma promessa vazia de 6h para cursos na Universidade Caixa e outras insignificâncias ou pontos que até são muito importantes, mas que são abstratos e de pouco efetividade na sua implementação, como os referentes ao Sipon e Saúde Caixa. Estes problemas urgentes já tiveram prazo para serem resolvidos e a CEF não cumpriu! Queremos conquistas e não promessas!
Mais funcionários? Não, agora temos Menos! Outra ação “bombástica” contida na proposta é a contratação de 6 mil funcionários. Em 1º lugar, estas promessas nunca são cumpridas. No ano passado, a CEF assinou que contratria 5 mil empregados a mais, e agora insiste que cumpriu esta cláusula! Só esquece de dizer que 3 mil saíram. Nesta lógica, os “novos 6 mil”, talvez se resumam a 3 mil, mal chegando no acordo que já vinha do ano passado. Mas o pior de tudo é que a CEF também anunciou a abertura de mais 2 mil agências. Isto significa que as agências novas teriam 3 funcionários novos cada, e nenhuma unidade atual ganharia funcionário algum. É pior que hoje! Ficaremos ainda mais doentes, sobrecarregados e sem condições de trabalho.
A Contraf e a Contec não falam em nosso nome! Rejeitar esta proposta, destituir este comando e seguir em greve, controlada pela base! Desde o início da greve, a Contraf e a Contec já fizeram de tudo para trair o movimento e nos deixar de mãos vazias. Por isso pediram juntas o absurdo índice de 10,25%, que já sinalizava ao governo e aos banqueiros que aceitariam qualquer coisa. Enquanto nossas perdas salariais são em torno de 90%, e as da categoria como mínimo são 23%, nosso sindicato, Contraf e Contec abandonaram nossa pauta de reivindicações e tentam desmontar a greve, com uma semana e crescendo! Não é surpresa que agora defendam o fim da greve falem em “avanços importantes”. Pela Contraf/Contec, todo os anos saímos com “vitórias”... Só não sabemos para quem. Nós não podemos permitir que outro ano passe sem que a isonomia seja sequer mencionada! Isto não é sério e significa sermos feitos de palhaços, com encontros e menções à isonomia na pauta que são apenas para “inglês ver”.
Mais greve para ter mais conquistas! Em 1 semana de greve, já arrancamos duas propostas da Fenaban. O tempo está correndo mais rápido desta vez, o que é bom para nós. Não há desgaste entre os colegas e existe espaço para ainda fazer crescer a paralisação. As eleições municipais estão logo aí e os dias de pagamento também. É o governo Dilma e a direção da Caixa que têm que ter pressa. Nós podemos arrancar mais, o que exige mantermos e fortalecermos a greve. Greve até a vitória!
BANCÁRIOS DE BASE - FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA

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