INTRODUÇÃO
Chegamos ao fim de mais uma campanha salarial, mas os problemas continuam aí. A categoria continua com problemas que não foram discutidas durante a campanha salarial , como as fusões dos bancos, bem como as questões específicas dos bancos públicos e bancos privados. Para isso os banqueiros e o governo (patrão direto de metade da categoria bancária) conta com a ajuda de seus correligionários instalados na direção dos movimento sindical “oficial”, isto é sindicatos ligados à CONTRAF e a CUT que nada mais são do que agências do Estado Burguês no movimento dos trabalhadores.
Exatamente por esta simbiose dos dirigentes sindicais com o governo é que assistimos o fato destes mesmos dirigentes , e portanto pessoas que negociam em nome dos bancários, serem nomeados para cargos de confiança nos bancos estatais. Marcel Juviniano Barros, um dos negociadores da CONTRAF-CUT, foi promovido de Caixa Executivo para uma comissão semelhante a Gerente de Agência no BB. Ana Paula, Domeniconi, também do BB, também foi agraciada com um cargo de confiança e de Caixa Executivo passou a ser Assessora no Banco Nossa Caixa , com a diferença desta última ter renunciado ao mandato da FETEC-SP para assumir a comissão.
Elementos como esses desgastaram os trabalhadores bancários, que combinado com as péssimas condições de trabalho e salários rebaixados, a categoria bancária reagiu com uma greve mais forte desde 2004, mas com presença nos piquetes e nas assembléias, que não correspondia com a força da paralisação. O mesmo elemento que foi a força motriz da campanha, foi, também, de a sua fraqueza.
No campo político já vislumbramos tentativas da burocracia vincular o aparato financiado pelos trabalhadores aos projetos eleitorais. Cogitou-se a possibilidade de que a Convenção Coletiva de Trabalho tivesse duração de 2 anos como proposta da direção dos Sindicatos Amarelos Cutistas e seus aliados. Em bancários, o desgaste da proposta se deve à campanha das Oposições que postergaram esta hipótese. O objetivo desta manobra é de colocar os aparatos sindicais à disposição da candidatura do PT em em 2010 e em todo ano eleitoral. No campo mais geral, há um recrudescimento do Estado e da Direita para conter as lutas dos trabalhadores e do movimento social, seja por meio do emprego puro de violência “oficial”, seja por meio da criminalização dos movimentos sociais e sindicais.
Isso ocorre justamente em que a crise econômica muda de qualidade. Se antes ela se manifestava por meio de um certo grau de destruição de capitais, agora ela se dá por meio dos déficits orçamentários dos países imperialistas. Os Estados Unidos tiveram um déficit de (colocar o índice aqui) que poderá dobrar daqui a alguns anos. O Japão acabara de injetar mais 300 bilhões de dólares para conter a crise. Recentemente, um fundo estatal de investimento na portentosa cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, acaba de decretar moratória diante da impossibildade de pagar os títulos da dívida emitido por aquele país, na data estipulada. A crise manifesta-se em “soluços” de mini-crises, mas que gestam um cataclisma em médio prazo em que o modo de produção capitalista não terá como solucionar. E isso não se aplica somente ao plano econômico e social, mas também ambiental. A burguesia se esforça em hipnotizar os trabalhadores com o mote do “desenvolvimento econômico sustentável” que vislumbra um crescimento econômico sem dilapidação dos recursos naturais, e sem intensificação da poluição da água, ar e solo.
No plano internacional, temos de entender o que significa o Brasil ter sido sede do Panamericano de 2007, sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Ainda agreguemos o fato do Brasil dar abrigo ao Presidente deposto de Honduras em sua embaixada naquele país e com a manifestação pública de não reconhecer as eleições promovidas pelo governo golpista, mesmo afrontando a tese dos EUA em reconhecer as eleições. Além disso, temos de considerar a renovação do envio de tropas para o Haiti; além da visita do Presidente Iraniano Ahmadinejah.
Ainda no plano internacional, temos de considerar o recente e lamentável fato do Presidente dos EUA ganhar o Prêmio Nobel da paz, não obstante as diversas medidas bélicas tomadas em sua curta gestão de um pouco mais de 1 ano; como instalação de bases militares na Colômbia, reconhecimento do pleito e do governo golpista de Honduras, envio de mais 30 mil homens para a guerra do Afeganistão e de não retirar as tropas estadunidenses do Iraque.
Estes são alguns elementos sobre as quais as oposições terão de se debruçar neste Encontro na árdua tarefa de entender a realidade e, a partir dela, tentar transformá-la.
Exatamente por esta simbiose dos dirigentes sindicais com o governo é que assistimos o fato destes mesmos dirigentes , e portanto pessoas que negociam em nome dos bancários, serem nomeados para cargos de confiança nos bancos estatais. Marcel Juviniano Barros, um dos negociadores da CONTRAF-CUT, foi promovido de Caixa Executivo para uma comissão semelhante a Gerente de Agência no BB. Ana Paula, Domeniconi, também do BB, também foi agraciada com um cargo de confiança e de Caixa Executivo passou a ser Assessora no Banco Nossa Caixa , com a diferença desta última ter renunciado ao mandato da FETEC-SP para assumir a comissão.
Elementos como esses desgastaram os trabalhadores bancários, que combinado com as péssimas condições de trabalho e salários rebaixados, a categoria bancária reagiu com uma greve mais forte desde 2004, mas com presença nos piquetes e nas assembléias, que não correspondia com a força da paralisação. O mesmo elemento que foi a força motriz da campanha, foi, também, de a sua fraqueza.
No campo político já vislumbramos tentativas da burocracia vincular o aparato financiado pelos trabalhadores aos projetos eleitorais. Cogitou-se a possibilidade de que a Convenção Coletiva de Trabalho tivesse duração de 2 anos como proposta da direção dos Sindicatos Amarelos Cutistas e seus aliados. Em bancários, o desgaste da proposta se deve à campanha das Oposições que postergaram esta hipótese. O objetivo desta manobra é de colocar os aparatos sindicais à disposição da candidatura do PT em em 2010 e em todo ano eleitoral. No campo mais geral, há um recrudescimento do Estado e da Direita para conter as lutas dos trabalhadores e do movimento social, seja por meio do emprego puro de violência “oficial”, seja por meio da criminalização dos movimentos sociais e sindicais.
Isso ocorre justamente em que a crise econômica muda de qualidade. Se antes ela se manifestava por meio de um certo grau de destruição de capitais, agora ela se dá por meio dos déficits orçamentários dos países imperialistas. Os Estados Unidos tiveram um déficit de (colocar o índice aqui) que poderá dobrar daqui a alguns anos. O Japão acabara de injetar mais 300 bilhões de dólares para conter a crise. Recentemente, um fundo estatal de investimento na portentosa cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, acaba de decretar moratória diante da impossibildade de pagar os títulos da dívida emitido por aquele país, na data estipulada. A crise manifesta-se em “soluços” de mini-crises, mas que gestam um cataclisma em médio prazo em que o modo de produção capitalista não terá como solucionar. E isso não se aplica somente ao plano econômico e social, mas também ambiental. A burguesia se esforça em hipnotizar os trabalhadores com o mote do “desenvolvimento econômico sustentável” que vislumbra um crescimento econômico sem dilapidação dos recursos naturais, e sem intensificação da poluição da água, ar e solo.
No plano internacional, temos de entender o que significa o Brasil ter sido sede do Panamericano de 2007, sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Ainda agreguemos o fato do Brasil dar abrigo ao Presidente deposto de Honduras em sua embaixada naquele país e com a manifestação pública de não reconhecer as eleições promovidas pelo governo golpista, mesmo afrontando a tese dos EUA em reconhecer as eleições. Além disso, temos de considerar a renovação do envio de tropas para o Haiti; além da visita do Presidente Iraniano Ahmadinejah.
Ainda no plano internacional, temos de considerar o recente e lamentável fato do Presidente dos EUA ganhar o Prêmio Nobel da paz, não obstante as diversas medidas bélicas tomadas em sua curta gestão de um pouco mais de 1 ano; como instalação de bases militares na Colômbia, reconhecimento do pleito e do governo golpista de Honduras, envio de mais 30 mil homens para a guerra do Afeganistão e de não retirar as tropas estadunidenses do Iraque.
Estes são alguns elementos sobre as quais as oposições terão de se debruçar neste Encontro na árdua tarefa de entender a realidade e, a partir dela, tentar transformá-la.
CONJUNTURA.
INTERNACIONAL.
INTERNACIONAL.
Ao contrário que toda a mídia burguesa apresenta, a crise econômica ainda não terminou. Estamos apenas em seu início. Os cerca de 13 trilhões de dólares para evitar que os grandes capitalistas dos países imperialistas (e periféricos como o nosso), fossem para a bancarrota. Ocorre que ao fazer isso: 1-não permitiu a recomposição “natural” da taxa de lucro, isto é deixassem os capitalistas quebrarem, sem qualquer tipo de socorro, de forma que os efeitos seriam muito mais violentos de forma que poderia ser um catalizador de mobilização dos trabalhadores; e 2- a intervenção dos estados burgueses ao salvar as empresas apenas “empurrou com a barriga” os desdobramentos mais graves para médio prazo, pois a possibilidade de se recompor a taxa de lucro aos patamares capitalista “tranqüilo” é quase nula. Em outras palavras, esta crise será a mais duradoura de todas, com o planeta caminhando no fio da navalha, pois o equilíbrio econômico, social, político e ambiental está muito tênue. Qualquer tentativa de se resolver a crise por meio de receita burguesa, seria provocar um questionamento ideológico do modo capitalista de produção e organização política, pois seria necessário ter, por exemplo, massas de desempregados muito maiores do que assistimos até agora na égide desta crise.
Por outro lado, a crise desenvolveu o superendividamento dos Estados ao despejar trilhões de dólares nas empresas privadas. É neste momento que a burguesia chamará os trabalhadores para pagarem por uma crise que não provocaram. A “participação de sua cota de sacrifício, se dará por meio de seu endividamento, pela alta carga de tributos cobrados e pela superexploração do trabalho por meio da mais-valia relativa e/ou absoluta, (quando não, ambas combinadas), acompanhada com a redução de salários e direitos, pois é somente o trabalho humano que gera valor.
É justamente nesta fase que estamos entrando agora.
Os trabalhadores tem um grande obstáculo a superar que são os seus próprios instrumentos de luta que estão atrelados aos governos. A falta de educação e formação que grassa a classe trabalhadora mundial nas últimas 3 décadas, pelo menos, impedem que os trabalhadores de forma geral observem a saída para a crise da humanidade sob um prisma socialista. A capitulação do movimento operário ao reformismo, fez com que a disputa da consciência dos trabalhadores em prol do socialismo fosse algo ultrapassado, que não serviria mais para resolver os problemas da classe. Tal situação fica mais intensa e nítida com a Queda do Muro de Berlim e com o desmantelamento da antiga URSS. Dá-se início a disputa ideológica burguesa pela derrota histórica do socialismo, afirmando que a experiência da humanidade com o socialismo não deu certo e que deve ser abandonado.
Desmoralizados por isso, as direções sindicais abandonam a formação política e teórica revolucionária. Passam a ser apenas “entidades representativas”, com atuações delimitadas pelo Estado Burguês com o seu gerente de plantão (Presidente, ou Primeiro Ministro e todo o Legislativo, etc.). Ao mesmo tempo, isso foi a brecha que os patrões precisavam para implantar a sua ideologia de forma mais intensa e rápida possível. Tudo agora é mercadoria,e todo trabalhador passa a ser um adversário a ser batido. Assim, a burguesia opera um fracionamento da classe em diversos setores (quando, na verdade, é uma só). Sob a égide da ideologia neoliberal, as pessoas são desempregadas , não por uma necessidade de lucratividade dos patrões, mas por culpa dele mesmo, que não se tornou suficientemente “competitivo”. Os problemas que grassam os trabalhadores perdem o viés classista aos olhos dos próprios trabalhadores. Agora, as “conquista materiais” são resultado direto do “esforço” e da “capacidade” individual de cada um e não de forma coletiva. São as resoluções individuais para problemas coletivos.
O trabalhador de base não consegue, por exemplo, fazer a ligação de que, a exploração que submete os países de pobres é a causa da opulência dos países ricos. Por outro lado, imagina que a falta de emprego numa dada região, ou país,é por culpa da “invasão” de imigrantes e/ migrantes. É neste tipo de consciência que floresce e se apóia o fascismo, intolerância de gênero, de raça,e etc. Trabalhadores de outros países são vistos como adversário no mercado mundial de trabalho.
Diante deste grande desgaste da mobilização coletiva é natural que qualquer movimento soe estranho para a sociedade “global” de hoje. Como entender (e aceitar) que pessoas façam greves, atos públicos, paralisações em busca de seus direitos? Sindicato? Movimentos Sociais? São coisas, formas ultrapassadas de atuação na sociedade. Hoje cabe a cada um fazer “a sua parte”, entendido aqui como fazer trabalhos voluntários, ajudar uma instituição de caridade, atuar em ONG, ou coisas do tipo; isto é não mexer com ordem vigente.
Uma vez isso sendo a ideologia reinante na consciência dos trabalhadores, nisso apóiam-se as mais nefastas manifestações políticas de direita, notadamente o fascismo e o nazismo. Ainda não é a ideologia da moda, mas dá sinais da política internacional conforme vimos nas manifestações dos trabalhadores ingleses e franceses que colocavam a culpa pela falta de trabalho nos imigrantes do Leste Europeu ou da África. No Japão houve diversas manifestações de mesma natureza. Incluímos aí o fortalecimento dos governos alinhados com a direita da França e da Itália. Mas as manifestações de direita não param por aí.
Este ano faz 20 anos da queda do Muro de Berlim, que dividia o mundo e a Alemanha em dois pólos ideológicos. Hoje,levantam-se muros para isolar os bolsões de pobreza do terceiro mundo em face do “mundo desenvolvido”.Prova disso são os muros levantados pelos EUA na fronteira com o México. Na Cijosdânea, Israel levanta muros de isolamentos do povo palestino, avançado na as ocupações no território Árabe. No Brasil, constroem-se muros que isolam os trabalhadores que moram nos morros da população que moram no asfalto.
Na América latina, a manifestação de direita mais clara é o Golpe de Estado em Honduras em que todos os países imperialistas reconhecem o governo golpista (ninguém tirou o seu embaixador de lá, nem mesmo o governo Lula). Neste caso, tentou-se dar uma saída diplomática para o caso por meio do Plano Árias (Á rias é o Presidente da Nicarágua que propôs tal plano sob o patrocínio dos EUA), que, de conteúdo, Zelaya (presidente deposto) seria reconduzido ao cargo até as eleições que estão para ocorrer sem punição dos golpistas. A inércia dos países imperialistas por si só, é um reconhecimento tácito de apoio ao golpe. Assim, a possibilidade da burguesia lançar mão dos golpes militares para conter os trabalhadores não está descartada.
E finalmente, o papel do Brasil dentro do contexto da crise. Parece que há um movimento de reconhecimento do Governo Lula à ser seguido pelos países emergentes. E não é pela pretensa “independência” que a pseudo-esquerda, reformista propagandeia; e também não é pela subserviência deste governo frente aos grandes capitalistas. Mas é, fundamentalmente, como o governo que tem o controle dos trabalhadores por meio do movimento sindical que é peça fundamental da governabilidade, da lei e da ordem. As Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são o voto de confiança do imperialismo de que os burocratas encastelados nas estruturas do Estado tem condições de controlar qualquer movimento que coloque em xeque o “Estado Democrático de Direito”
Por outro lado, a crise desenvolveu o superendividamento dos Estados ao despejar trilhões de dólares nas empresas privadas. É neste momento que a burguesia chamará os trabalhadores para pagarem por uma crise que não provocaram. A “participação de sua cota de sacrifício, se dará por meio de seu endividamento, pela alta carga de tributos cobrados e pela superexploração do trabalho por meio da mais-valia relativa e/ou absoluta, (quando não, ambas combinadas), acompanhada com a redução de salários e direitos, pois é somente o trabalho humano que gera valor.
É justamente nesta fase que estamos entrando agora.
Os trabalhadores tem um grande obstáculo a superar que são os seus próprios instrumentos de luta que estão atrelados aos governos. A falta de educação e formação que grassa a classe trabalhadora mundial nas últimas 3 décadas, pelo menos, impedem que os trabalhadores de forma geral observem a saída para a crise da humanidade sob um prisma socialista. A capitulação do movimento operário ao reformismo, fez com que a disputa da consciência dos trabalhadores em prol do socialismo fosse algo ultrapassado, que não serviria mais para resolver os problemas da classe. Tal situação fica mais intensa e nítida com a Queda do Muro de Berlim e com o desmantelamento da antiga URSS. Dá-se início a disputa ideológica burguesa pela derrota histórica do socialismo, afirmando que a experiência da humanidade com o socialismo não deu certo e que deve ser abandonado.
Desmoralizados por isso, as direções sindicais abandonam a formação política e teórica revolucionária. Passam a ser apenas “entidades representativas”, com atuações delimitadas pelo Estado Burguês com o seu gerente de plantão (Presidente, ou Primeiro Ministro e todo o Legislativo, etc.). Ao mesmo tempo, isso foi a brecha que os patrões precisavam para implantar a sua ideologia de forma mais intensa e rápida possível. Tudo agora é mercadoria,e todo trabalhador passa a ser um adversário a ser batido. Assim, a burguesia opera um fracionamento da classe em diversos setores (quando, na verdade, é uma só). Sob a égide da ideologia neoliberal, as pessoas são desempregadas , não por uma necessidade de lucratividade dos patrões, mas por culpa dele mesmo, que não se tornou suficientemente “competitivo”. Os problemas que grassam os trabalhadores perdem o viés classista aos olhos dos próprios trabalhadores. Agora, as “conquista materiais” são resultado direto do “esforço” e da “capacidade” individual de cada um e não de forma coletiva. São as resoluções individuais para problemas coletivos.
O trabalhador de base não consegue, por exemplo, fazer a ligação de que, a exploração que submete os países de pobres é a causa da opulência dos países ricos. Por outro lado, imagina que a falta de emprego numa dada região, ou país,é por culpa da “invasão” de imigrantes e/ migrantes. É neste tipo de consciência que floresce e se apóia o fascismo, intolerância de gênero, de raça,e etc. Trabalhadores de outros países são vistos como adversário no mercado mundial de trabalho.
Diante deste grande desgaste da mobilização coletiva é natural que qualquer movimento soe estranho para a sociedade “global” de hoje. Como entender (e aceitar) que pessoas façam greves, atos públicos, paralisações em busca de seus direitos? Sindicato? Movimentos Sociais? São coisas, formas ultrapassadas de atuação na sociedade. Hoje cabe a cada um fazer “a sua parte”, entendido aqui como fazer trabalhos voluntários, ajudar uma instituição de caridade, atuar em ONG, ou coisas do tipo; isto é não mexer com ordem vigente.
Uma vez isso sendo a ideologia reinante na consciência dos trabalhadores, nisso apóiam-se as mais nefastas manifestações políticas de direita, notadamente o fascismo e o nazismo. Ainda não é a ideologia da moda, mas dá sinais da política internacional conforme vimos nas manifestações dos trabalhadores ingleses e franceses que colocavam a culpa pela falta de trabalho nos imigrantes do Leste Europeu ou da África. No Japão houve diversas manifestações de mesma natureza. Incluímos aí o fortalecimento dos governos alinhados com a direita da França e da Itália. Mas as manifestações de direita não param por aí.
Este ano faz 20 anos da queda do Muro de Berlim, que dividia o mundo e a Alemanha em dois pólos ideológicos. Hoje,levantam-se muros para isolar os bolsões de pobreza do terceiro mundo em face do “mundo desenvolvido”.Prova disso são os muros levantados pelos EUA na fronteira com o México. Na Cijosdânea, Israel levanta muros de isolamentos do povo palestino, avançado na as ocupações no território Árabe. No Brasil, constroem-se muros que isolam os trabalhadores que moram nos morros da população que moram no asfalto.
Na América latina, a manifestação de direita mais clara é o Golpe de Estado em Honduras em que todos os países imperialistas reconhecem o governo golpista (ninguém tirou o seu embaixador de lá, nem mesmo o governo Lula). Neste caso, tentou-se dar uma saída diplomática para o caso por meio do Plano Árias (Á rias é o Presidente da Nicarágua que propôs tal plano sob o patrocínio dos EUA), que, de conteúdo, Zelaya (presidente deposto) seria reconduzido ao cargo até as eleições que estão para ocorrer sem punição dos golpistas. A inércia dos países imperialistas por si só, é um reconhecimento tácito de apoio ao golpe. Assim, a possibilidade da burguesia lançar mão dos golpes militares para conter os trabalhadores não está descartada.
E finalmente, o papel do Brasil dentro do contexto da crise. Parece que há um movimento de reconhecimento do Governo Lula à ser seguido pelos países emergentes. E não é pela pretensa “independência” que a pseudo-esquerda, reformista propagandeia; e também não é pela subserviência deste governo frente aos grandes capitalistas. Mas é, fundamentalmente, como o governo que tem o controle dos trabalhadores por meio do movimento sindical que é peça fundamental da governabilidade, da lei e da ordem. As Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são o voto de confiança do imperialismo de que os burocratas encastelados nas estruturas do Estado tem condições de controlar qualquer movimento que coloque em xeque o “Estado Democrático de Direito”
NACIONAL
Dentro da lógica de que o govreno Lula deve ser seguido pelos demais países periféricos de como se pode ter alta popularidade e controle de setores “rebeldes” dos trabalhadores, o governo do PT tenta se passar imagem de uma gestão que coloca o Brasil como um país realmente importante no cenário mundial, colocado como uma das “potências” a ser levado em consideração nas decisões no cenário mundial. Conforme já afirmamos acima, o fato dos próximos eventos esportivos mundial terem como sede o Brasil, é um voto de confiança do imperialismo, ao mesmo tempo que é a prova de fogo para os burocratas tupiniquins.Pode também servir de moeda de troca do apoio do imperialismo à candidatura de Dilma Rouseff, do PT para que dê continuidade ao jeito PT de controle social, uma vez que a direita não está inserta nas direções dos movimento sociais e sindicais, mas nas empresas de consultoria que dão suporte acadêmico à burguesia. O primeiro teste neste sentido foram os jogos Panamericanos realizados no Rio de Janeiro, em que os trabalhadores e juventude foram duramente reprimidos pelo aparato estatal das três esferas do poder.
Por outro lado,o fato da crise se dar de forma menos violenta do que nos países centrais (não por causa da pretensa “capacidade de gestão” do governo, mas pelo atraso no desenvolvimento do capitalismo por aqui) dá autoridade perante os trabalhadores causando um efeito psicológico estranho na consciência das pessoas. Dá a impressão de que o Brasil deixou de ser quintal dos países imperialistas (sobretudo dos EUA), pois cada vez mais o país está presente nos fóruns de decisões multilaterais, e , em muitos casos, chega-se a tensionar com os EUA na OMC, e, recentemente o governo brasileiro declarou que não reconheceria as eleições de Honduras (que se realizarão sob a égide do governo golpista), e recebendo o Presidente do Irã, Ahmadinejah, que figura na lista do “Eixo do Mal” por conta de seu projeto nuclear de enriquecimento de urânio (mas ninguém questiona o projeto nuclear estadunidense), além de convidar a Venezuela (outro componente do “Eixo do Mal”) à integrar o MERCOSUL. Dando a impressão para os trabalhadores de que o governo realmente “peita” os ianques.
No entanto isso não passa de mera aparência, pois as empresas estadunidenses foram as maiores beneficiárias pelo governo brasileiro durante a crise. Sempre pagou em dia os juros da dívida externa, além de oprimir o povo do Haiti, com envio de tropas brasileiras à pedido dos EUA. As empresas estadunidenses de agronegócio foram beneficiados pela liberação de cultivo de transgênicos, tendo como Ministra do Meio-Ambiente Marina Silva, agora no PV. Além disso, a mando do imperialismo, o Brasil renovou a sua permanência de oprimir os trabalhadores do Haiti com as suas tropas e coordenação militar naquele país.
Assim como no resto do planeta, aqui também há maifestações da direita fascista. A forte repressão dos movimentos sociais, e voltar a tratar a questão social como “questão de polícia” está cada vez mais patente. Assassinatos de líderes de Sem-Terra no Sul, prisão de dirigentes sindicais e o pesado aparato policial para reprimir os manifestantes como ocorreu na USP. Ainda sobre a greve na Universidade, houve um determinado momento que os estudantes de direita tentaram invadir o sindicato e que apoiava a repressão da reitoria sobre os estudantes professores e trabalhadores. “Esqueletos” que estariam esquecidos nos armários da Ditadura Militar estão voltando aos poucos à ativa. O Jornal Folha de São Paulo classificou aquele período como “ditabranda”, pois entendia que as outras ditaduras do Cone-Sul foram muito mais severas do que a daqui. As diversas manifestações de apoio ao Golpe de Honduras por ter sido um golpe “dentro da lei” e que os Legislativo e o Judiciário teriam razão e destituir o presidente eleito de lá.
Ainda sobre as manifestações da direita, não podemos deixar de citar a discussão sobre a extradição de Césare Battisti, ativista político de esquerda italiano que pediu abrigo político no Brasil. A burguesia e a oposição de direita ao governo fazem uma clara campanha de expulsão de Batistti. O STF decidiu pela extradição do militante, mas deu ao Governo Lula a palavra final sobre a sua expulsão do país. No entanto, o Brasil sempre foi refúgio de carniceiros como Strossner (ditador paraguaio) e Menghelli (agente do nazismo).
Na economia, a crise se desdobra de forma semelhante ao resto do mundo. O Brasil também se endividou para dar dinheiro aos patrões (muito deles empresas estrangeiras). E aqui também como no resto do mundo, os efeitos da crise são sentidos pela classe trabalhadora. Retiradas de direitos e redução de salários são os ataques desferidos pelo governo e pelo movimento sindical pelego da CUT e Farsa Sindical e seus aliados.
Agora o governo neoliberal do PT não quer corrigir as aposentadorias pelo mesmo índice de correção do salário mínimo, além de não repor as perdas dos benefícios, pretende colocar a idade mínima para se aposentar com o fator 85/95 (quando a soma da idade com o tempo de contribuição devem dar 85 anos para mulheres e 95 para os homens) para se ter direito à aposentadoria integral. É trocar 6 por meia dúzia. A única coisa que o Governo Lula quer são os louros de ser o presidente que acabou com o Fator Previdenciário, mas não faz o debate da implantação de OUTRO FATOR PREVIDÊNCIÁRIO, que no caso, é a idade mínima para se aposentar.
Não há governo mais tucano do que um petista e vice-versa. O processo de privatização dos serviços publicos andam em processo acelerado. A política econômica não mudou com o governo Lula. Não se revogou nenhuma privatização. Pelo contrário. Privatizou-se estradas, discute-se a privatização do aeroportos, além disso, as empresas estatais como o Banco do Brasil e PETROBRAS já são geridos de forma privada. Ambas tem cada vez menos participação do Tesouro nestas estatais, ao mesmo tempo em que se amplia a participação acionária de grupos privados e estrangeiros. Os altos lucros obtidos não são em proveito dos trabalhadores, mas para encher os bolsos dos acionistas privados e para garantir o superávit primário para pagamento de juros da dívida pública.
A privatização do setor elétrico é um exemplo de como interersses privados podem ser desastrosos aos trabalhadores. A Região Centro-Sul foi tomado pelos grupos privados, com dinheiro do BNDES, no processo de privatização iniciado no governo FHC e mantida no atual governo do PT. Desde então, a região é a que mais sofre com os apagões. E a cada apagão o governo inventa uma torre que não caiu e até o disparate de afirmar que o raio caiu no mesmo lugar mais de 60 vezes. Na verdade, o que o governo não quer assumir são os limites da gestão privada dos interesses públicos que se reflete em tarifas altas e serviços de péssima qualidade. Tudo isso para garantir lucros para as concessionárias privadas de energia elétrica.
Por outro lado,o fato da crise se dar de forma menos violenta do que nos países centrais (não por causa da pretensa “capacidade de gestão” do governo, mas pelo atraso no desenvolvimento do capitalismo por aqui) dá autoridade perante os trabalhadores causando um efeito psicológico estranho na consciência das pessoas. Dá a impressão de que o Brasil deixou de ser quintal dos países imperialistas (sobretudo dos EUA), pois cada vez mais o país está presente nos fóruns de decisões multilaterais, e , em muitos casos, chega-se a tensionar com os EUA na OMC, e, recentemente o governo brasileiro declarou que não reconheceria as eleições de Honduras (que se realizarão sob a égide do governo golpista), e recebendo o Presidente do Irã, Ahmadinejah, que figura na lista do “Eixo do Mal” por conta de seu projeto nuclear de enriquecimento de urânio (mas ninguém questiona o projeto nuclear estadunidense), além de convidar a Venezuela (outro componente do “Eixo do Mal”) à integrar o MERCOSUL. Dando a impressão para os trabalhadores de que o governo realmente “peita” os ianques.
No entanto isso não passa de mera aparência, pois as empresas estadunidenses foram as maiores beneficiárias pelo governo brasileiro durante a crise. Sempre pagou em dia os juros da dívida externa, além de oprimir o povo do Haiti, com envio de tropas brasileiras à pedido dos EUA. As empresas estadunidenses de agronegócio foram beneficiados pela liberação de cultivo de transgênicos, tendo como Ministra do Meio-Ambiente Marina Silva, agora no PV. Além disso, a mando do imperialismo, o Brasil renovou a sua permanência de oprimir os trabalhadores do Haiti com as suas tropas e coordenação militar naquele país.
Assim como no resto do planeta, aqui também há maifestações da direita fascista. A forte repressão dos movimentos sociais, e voltar a tratar a questão social como “questão de polícia” está cada vez mais patente. Assassinatos de líderes de Sem-Terra no Sul, prisão de dirigentes sindicais e o pesado aparato policial para reprimir os manifestantes como ocorreu na USP. Ainda sobre a greve na Universidade, houve um determinado momento que os estudantes de direita tentaram invadir o sindicato e que apoiava a repressão da reitoria sobre os estudantes professores e trabalhadores. “Esqueletos” que estariam esquecidos nos armários da Ditadura Militar estão voltando aos poucos à ativa. O Jornal Folha de São Paulo classificou aquele período como “ditabranda”, pois entendia que as outras ditaduras do Cone-Sul foram muito mais severas do que a daqui. As diversas manifestações de apoio ao Golpe de Honduras por ter sido um golpe “dentro da lei” e que os Legislativo e o Judiciário teriam razão e destituir o presidente eleito de lá.
Ainda sobre as manifestações da direita, não podemos deixar de citar a discussão sobre a extradição de Césare Battisti, ativista político de esquerda italiano que pediu abrigo político no Brasil. A burguesia e a oposição de direita ao governo fazem uma clara campanha de expulsão de Batistti. O STF decidiu pela extradição do militante, mas deu ao Governo Lula a palavra final sobre a sua expulsão do país. No entanto, o Brasil sempre foi refúgio de carniceiros como Strossner (ditador paraguaio) e Menghelli (agente do nazismo).
Na economia, a crise se desdobra de forma semelhante ao resto do mundo. O Brasil também se endividou para dar dinheiro aos patrões (muito deles empresas estrangeiras). E aqui também como no resto do mundo, os efeitos da crise são sentidos pela classe trabalhadora. Retiradas de direitos e redução de salários são os ataques desferidos pelo governo e pelo movimento sindical pelego da CUT e Farsa Sindical e seus aliados.
Agora o governo neoliberal do PT não quer corrigir as aposentadorias pelo mesmo índice de correção do salário mínimo, além de não repor as perdas dos benefícios, pretende colocar a idade mínima para se aposentar com o fator 85/95 (quando a soma da idade com o tempo de contribuição devem dar 85 anos para mulheres e 95 para os homens) para se ter direito à aposentadoria integral. É trocar 6 por meia dúzia. A única coisa que o Governo Lula quer são os louros de ser o presidente que acabou com o Fator Previdenciário, mas não faz o debate da implantação de OUTRO FATOR PREVIDÊNCIÁRIO, que no caso, é a idade mínima para se aposentar.
Não há governo mais tucano do que um petista e vice-versa. O processo de privatização dos serviços publicos andam em processo acelerado. A política econômica não mudou com o governo Lula. Não se revogou nenhuma privatização. Pelo contrário. Privatizou-se estradas, discute-se a privatização do aeroportos, além disso, as empresas estatais como o Banco do Brasil e PETROBRAS já são geridos de forma privada. Ambas tem cada vez menos participação do Tesouro nestas estatais, ao mesmo tempo em que se amplia a participação acionária de grupos privados e estrangeiros. Os altos lucros obtidos não são em proveito dos trabalhadores, mas para encher os bolsos dos acionistas privados e para garantir o superávit primário para pagamento de juros da dívida pública.
A privatização do setor elétrico é um exemplo de como interersses privados podem ser desastrosos aos trabalhadores. A Região Centro-Sul foi tomado pelos grupos privados, com dinheiro do BNDES, no processo de privatização iniciado no governo FHC e mantida no atual governo do PT. Desde então, a região é a que mais sofre com os apagões. E a cada apagão o governo inventa uma torre que não caiu e até o disparate de afirmar que o raio caiu no mesmo lugar mais de 60 vezes. Na verdade, o que o governo não quer assumir são os limites da gestão privada dos interesses públicos que se reflete em tarifas altas e serviços de péssima qualidade. Tudo isso para garantir lucros para as concessionárias privadas de energia elétrica.
A CATEGORIA E AS OPOSIÇÕES
DESENVOLVIMENTO E DESFECHO DA CAMAPANHA SALARIAL DE 2009.
DESENVOLVIMENTO E DESFECHO DA CAMAPANHA SALARIAL DE 2009.
Terminamos mais uma campanha salarial , e terminamos conforme script escrito pelo governo e pela burocracia dos últimos anos. Passa-se o ano todo sem organizar a base, não convocam assembléias, não constroem a campanha. Elaboram uma proposta rebaixada ‘à quatro mãos”. Convocam a greve para conseguir algumas quireras e depois faz um operativo com os gestores dos bancos para encerrar mais uma campanha de fachada.
A categoria bancaria já sabe e está cansada desta rotina. Os trabalhadores bancários passaram a ter uma relação estranha com a campanha. O bancário planeja o segundo semestre dele a partir do mês de setembro e outubro para saber o que vão fazer durante a greve, menos construir a campanha. Na medida que se aproxima a data base os bancários nos abordam sobre quando será a greve, para poder passear, resolver problemas pessoais, colocar a casa em dia, mas não cogitam impulsionar um movimento controlado pelos pelegos da CUT e seus aliados, pois já sabem que o índice já está fechado com os patrões e que a base , no máximo, servirá como massa-de-manobra para dar um verniz combativo à esta direção pelega e traidora.
Por outro lado, apesar de todo o trabalho das oposições, não se conseguiu romper com o ceticismo, individualismo e o anti-partidarismo. Por um lado, esta situação tem como causa a omissão (proposital) dos sindicatos pelegos e governistas de se organizar a base, e nas raras oportunidades de convocação de uma assembléia , ou de reunião de delegados sindicais, as deliberações aprovadas não são encaminhadas pelos diretores sindicais. As coisas são sempre decididas pela cúpula da CONTRAF-CUT, ou da entidade onipresente “comando nacional dos bancários” que ninguém sabe quem participa. A categoria não tem nem a opção de escolher, e/ou formular uma proposta pauta diferente da apresentada pela CONTRAF-CUT.
Ao mesmo tempo que os trabalhadores bancários não e vêem como sujeitos transformadores da campanha salarial, não suportam mais a absoluta falta de condições de trabalho. As metas, os assédio moral, incertezas diante das fusões/incorporações , adoecimentos de toda sorte, depressão e até suicídios são alguns males que assolam a categoria como um todo, seja em bancos públicos e privados. Se de um lado a categoria tem certeza de que não adianta se organizar, por outro lado querem dar, ao seu jeito, um basta em tudo isso.
Esta combinação de anos de traição do movimento sindical e de sua simbiose com o governo e patrões, das péssimas condições de trabalho da categoria, e retrocesso na consciência dos bancários foram os elementos principais para que a campanha deste ano fosse a maior desde 2004, mas ao mesmo tempo, as assembléias e os piquetes não tiveram a força proporcional. Havia, inclusive piqueteiros que não compareciam às assembléias e bancários que não iam aos piquetes, mas compareciam às assembléias, votavam pela continuidade da greve e seguida voltavam para a casa. A greve “sem esforço” ou greve “ de pijama” não é um fenômeno novo e sempre existiu, mas nesta greve de 2009 foi exatamente este setor que deu o toque qualitativo desta campanha, mas ao mesmo tempo foi uma das fraquezas..
É evidente que não debitamos na conta deste comportamento da categoria a mais uma derrota da greve. A “greve da greve” não é causa das derrotas da categoria, mas é uma conseqüência de anos de traições dos sindicatos e a falta de alternativa política e organizativa dos trabalhadores bancários, combinado com o estado de barbárie a que é submetida a categoria.
Não considerar este fenômeno, significa desconsiderar uma grande massa de trabalhadores que optaram parar de trabalhar a ter que fazer bater-ponto e ficar “bem na foto” com o patrão. Significa deixar de disputar a consciência de um setor que assumiu o risco de ser punido como qualquer grevista piqueteiro ativo. E considerando que a consciência atrasada da classe ´foi um dos elementos deste comportamento de boa parte da categoria neste ano, desconsiderar a “greve de pijama” é desconsiderar a disputar de consciência deste setor. O grande desafio das oposições reside em fazer com que o grevista que optou por tirar férias, por passear, estuda para a faculdade, etc, na greve de 2009, que esteja ativamente nos piquetes na campanha de 2010 em diante.
Mas para que a categoria como um todo esteja construindo a campanha, é urgentemente necessário mudar a nossa atuação no movimento. Temos de construir um fórum das oposições para que o bancário tenha mais do que uma alternativa de direção, mas também uma ALTERNATIVA DE ORGANIZAÇÃO.
Para isso, as Oposições tem de assumir tarefas que o sindicalismo oficial e traidora não quer e não vai fazer. Somente as Oposições tem condições de romper como corporativismo (organizar os terceirizados, como o pessoal da Limpeza, da Segurança, dos Estagiários, Telefonistas, etc), somente as oposições não tem vínculo orgânico com o Estado (são autofinanciáveis pela categoria), somente as Oposições tem condições de promover a unidade sindical ( e ser contra a unicidade sindical). Somente as Oposições tem condições de formar políticamente a categoria, para que ela tenha consciência de si mesma para transformar a realidade.
Sabemos que os desafios são muitos e mesmo que começássemos a mudar a atuação das Oposições os resultados demorariam para aparecer, quiçá, em 2010. Mas este é um projeto de longo prazo. As Oposições precisam sair da lógica de atuação do que fazer na próxima assembléia, reunião de delegados sindicais, eleições de CIPA, eleições sindicais, etc. Isso não significa que propomos abandono da disputa política nos fóruns do sindicato, como as assembléias, congressos, etc. Mas propomos, sim, que as Oposições assumam as tarefas rejeitadas convenientemente pela CUT e seus aliados. Hoje, são as Oposições que reúnem condições objetivas para reorganizar a classe e não os burocratas encastelados no aparato oficial do ponto de vista burguês.
Mas para que isso se torne realidade é necessário que as Oposições reconheçam o fracionamento da esquerda e as outras forças que também lutam pela emancipação da categoria. E preciso que as organizações que lutam contra a burocracia revejam a sua relação com o movimento. No entanto é necessário que haja uma busca constante pela unidade deste pólo da esquerda combativa. É por isso que propomos a construção, já para o ano que vem um Encontro Nacional das Oposições construída pelas oposições em geral e não apenas pelo MNOB.
A categoria bancaria já sabe e está cansada desta rotina. Os trabalhadores bancários passaram a ter uma relação estranha com a campanha. O bancário planeja o segundo semestre dele a partir do mês de setembro e outubro para saber o que vão fazer durante a greve, menos construir a campanha. Na medida que se aproxima a data base os bancários nos abordam sobre quando será a greve, para poder passear, resolver problemas pessoais, colocar a casa em dia, mas não cogitam impulsionar um movimento controlado pelos pelegos da CUT e seus aliados, pois já sabem que o índice já está fechado com os patrões e que a base , no máximo, servirá como massa-de-manobra para dar um verniz combativo à esta direção pelega e traidora.
Por outro lado, apesar de todo o trabalho das oposições, não se conseguiu romper com o ceticismo, individualismo e o anti-partidarismo. Por um lado, esta situação tem como causa a omissão (proposital) dos sindicatos pelegos e governistas de se organizar a base, e nas raras oportunidades de convocação de uma assembléia , ou de reunião de delegados sindicais, as deliberações aprovadas não são encaminhadas pelos diretores sindicais. As coisas são sempre decididas pela cúpula da CONTRAF-CUT, ou da entidade onipresente “comando nacional dos bancários” que ninguém sabe quem participa. A categoria não tem nem a opção de escolher, e/ou formular uma proposta pauta diferente da apresentada pela CONTRAF-CUT.
Ao mesmo tempo que os trabalhadores bancários não e vêem como sujeitos transformadores da campanha salarial, não suportam mais a absoluta falta de condições de trabalho. As metas, os assédio moral, incertezas diante das fusões/incorporações , adoecimentos de toda sorte, depressão e até suicídios são alguns males que assolam a categoria como um todo, seja em bancos públicos e privados. Se de um lado a categoria tem certeza de que não adianta se organizar, por outro lado querem dar, ao seu jeito, um basta em tudo isso.
Esta combinação de anos de traição do movimento sindical e de sua simbiose com o governo e patrões, das péssimas condições de trabalho da categoria, e retrocesso na consciência dos bancários foram os elementos principais para que a campanha deste ano fosse a maior desde 2004, mas ao mesmo tempo, as assembléias e os piquetes não tiveram a força proporcional. Havia, inclusive piqueteiros que não compareciam às assembléias e bancários que não iam aos piquetes, mas compareciam às assembléias, votavam pela continuidade da greve e seguida voltavam para a casa. A greve “sem esforço” ou greve “ de pijama” não é um fenômeno novo e sempre existiu, mas nesta greve de 2009 foi exatamente este setor que deu o toque qualitativo desta campanha, mas ao mesmo tempo foi uma das fraquezas..
É evidente que não debitamos na conta deste comportamento da categoria a mais uma derrota da greve. A “greve da greve” não é causa das derrotas da categoria, mas é uma conseqüência de anos de traições dos sindicatos e a falta de alternativa política e organizativa dos trabalhadores bancários, combinado com o estado de barbárie a que é submetida a categoria.
Não considerar este fenômeno, significa desconsiderar uma grande massa de trabalhadores que optaram parar de trabalhar a ter que fazer bater-ponto e ficar “bem na foto” com o patrão. Significa deixar de disputar a consciência de um setor que assumiu o risco de ser punido como qualquer grevista piqueteiro ativo. E considerando que a consciência atrasada da classe ´foi um dos elementos deste comportamento de boa parte da categoria neste ano, desconsiderar a “greve de pijama” é desconsiderar a disputar de consciência deste setor. O grande desafio das oposições reside em fazer com que o grevista que optou por tirar férias, por passear, estuda para a faculdade, etc, na greve de 2009, que esteja ativamente nos piquetes na campanha de 2010 em diante.
Mas para que a categoria como um todo esteja construindo a campanha, é urgentemente necessário mudar a nossa atuação no movimento. Temos de construir um fórum das oposições para que o bancário tenha mais do que uma alternativa de direção, mas também uma ALTERNATIVA DE ORGANIZAÇÃO.
Para isso, as Oposições tem de assumir tarefas que o sindicalismo oficial e traidora não quer e não vai fazer. Somente as Oposições tem condições de romper como corporativismo (organizar os terceirizados, como o pessoal da Limpeza, da Segurança, dos Estagiários, Telefonistas, etc), somente as oposições não tem vínculo orgânico com o Estado (são autofinanciáveis pela categoria), somente as Oposições tem condições de promover a unidade sindical ( e ser contra a unicidade sindical). Somente as Oposições tem condições de formar políticamente a categoria, para que ela tenha consciência de si mesma para transformar a realidade.
Sabemos que os desafios são muitos e mesmo que começássemos a mudar a atuação das Oposições os resultados demorariam para aparecer, quiçá, em 2010. Mas este é um projeto de longo prazo. As Oposições precisam sair da lógica de atuação do que fazer na próxima assembléia, reunião de delegados sindicais, eleições de CIPA, eleições sindicais, etc. Isso não significa que propomos abandono da disputa política nos fóruns do sindicato, como as assembléias, congressos, etc. Mas propomos, sim, que as Oposições assumam as tarefas rejeitadas convenientemente pela CUT e seus aliados. Hoje, são as Oposições que reúnem condições objetivas para reorganizar a classe e não os burocratas encastelados no aparato oficial do ponto de vista burguês.
Mas para que isso se torne realidade é necessário que as Oposições reconheçam o fracionamento da esquerda e as outras forças que também lutam pela emancipação da categoria. E preciso que as organizações que lutam contra a burocracia revejam a sua relação com o movimento. No entanto é necessário que haja uma busca constante pela unidade deste pólo da esquerda combativa. É por isso que propomos a construção, já para o ano que vem um Encontro Nacional das Oposições construída pelas oposições em geral e não apenas pelo MNOB.
BALANÇO DO MNOB NO ÚLTIMO PERÍODO.
Teve-se muita expectativa por mudanças na condução e estruturação do movimento e de sua relação com as demais forças de Oposição. O Espaço Socialista junto com outras organizações fez a discussão da necessidade de se ter uma fórum de discussão aberto das oposições e assim foi encaminhado em julho. Porém, infelizmente isso não foi possível pois não houve compreensão política do PSTU e dos dirigentes dos Sindicatos de Maranhão Rio Grande do Norte e Bauru de agregar pessoas de base na Coordenação Nacional, como o que ocorreu com um bancário do BB, que foi designado como Coordenador de Brasília mas não foi integrado à coordenação, pois as reuniões da coordenação nacional eram presenciais, e muitas vezes, em São Paulo. Logo a participação qualquer bancário de base de outros Estados na coordenação ficou impossibilitada. Por outro lado, o coordenador político por São Paulo não foi o companheiro da CEF eleito em julho, mas pelo profissional do MNOB, o companheiro militante do PSTU. Na avaliação do ES, o MNOB pagou um profissional para fazer um trabalho político de direção.
Quando ficou público o problema de se integrar os companheiros de outros estados à coordenação, o Espaço Socialista propôs que as reuniões da Coordenação Nacional fossem virtuais e abertas, como prega a democracia operária, e que já foi um expediente utilizado pelo próprio MNOB em seu início . Mas não foi isso que vimos e nem tivemos os esclarecimentos da Coordenação Nacional. Como estávamos em período de campanha salarial, achamos oportuno fazer este debate político de forma franca neste Encontro. O companheiro de Brasília deixou pública a sua saída o que enfraqueceu a unidade e contribuiu ainda mais para a fragmentação da esquerda combativa.
No entanto vemos como positivo a tentativa de estruturar o MNOB para atuação em regionais aqui em São Paulo, como necessidade de se expandir o trabalho sindical para além dos Complexos e Departamentos até às agências. Necessidade de reuniões regulares, jornais regulares são atos simples, mas importantes para disputar a consciência dos trabalhadores. Não existe vácuo na luta de classes. Se não nos fizermos presentes no cotidiano da categoria, o peleguismo, a mando dos patrões e governo, certamente o fará.
Quando ficou público o problema de se integrar os companheiros de outros estados à coordenação, o Espaço Socialista propôs que as reuniões da Coordenação Nacional fossem virtuais e abertas, como prega a democracia operária, e que já foi um expediente utilizado pelo próprio MNOB em seu início . Mas não foi isso que vimos e nem tivemos os esclarecimentos da Coordenação Nacional. Como estávamos em período de campanha salarial, achamos oportuno fazer este debate político de forma franca neste Encontro. O companheiro de Brasília deixou pública a sua saída o que enfraqueceu a unidade e contribuiu ainda mais para a fragmentação da esquerda combativa.
No entanto vemos como positivo a tentativa de estruturar o MNOB para atuação em regionais aqui em São Paulo, como necessidade de se expandir o trabalho sindical para além dos Complexos e Departamentos até às agências. Necessidade de reuniões regulares, jornais regulares são atos simples, mas importantes para disputar a consciência dos trabalhadores. Não existe vácuo na luta de classes. Se não nos fizermos presentes no cotidiano da categoria, o peleguismo, a mando dos patrões e governo, certamente o fará.
PROPOSTAS PARA 2010
Diante de todo o exposto, o Espaço Socialista faz as seguntes propostas para o Coletivo a ser apreciado e, se possível, aplicada a apartir do ano de 2010.
Campanha salarial antecipada- Um dos principais artifícios utilizados pela burocracia sindical é transformar as campanhas salariais por campanhas por PLR. Eles se valem da manobra de arrastar a campanha salarial até quando a categoria esteja disposta a aceitar qualquer acordo, com pressa de cobrir o cheque especial, ou quitar os empréstimos pessoais (CDC). Não é à toa que as campanhas somente começam de fato após a data-base da categoria. Temos mais o elemento das eleições que pode atrapalhar a campanha salarial da categoria. Se a Oposição estruturar uma proposta alternativa ANTES da CONTRAF-CUT certamente contribuirá em muito para organizar a categoria. Teríamos bastante tempo para fazer com que a categoria tenha a nossa proposta como referência, muito antes da burocracia elaborar a sua proposta construída junto com os patrões e como governo. Propomos um Encontro Aberto das Oposições.
Construção de um fórum das Oposições. Devemos reconhecer que o MNOB não é A Oposição, mas parte dela. E a unidade das oposições é uma ,necessidade da categoria e deve ser perseguido por nós permanentemente. Mas nós não queremos unidade pela unidade, à qualquer preço. Propomos unidade com quem tem clara a necessidade de construção de um movimento classista, contra os patrões e contra o governo e seus asseclas, como a Articulação e seus aliados. Propomos que a este fórum seja para construir a pauta de reivindicações para o ano de 2010.
Reorganização e Nova Central – O Espaço Socialista participou e participa ativamente na construção da Nova Central como um processo de reorganização da vanguarda combativa brasileira. Porém mais do que uma nova entidade, é muito mais necessário renovar as práticas que tanto criticamos na burocracia. Não podemos cair no erro de colocar rótulo novo em conteúdo velho. Referimo-nos nas práticas de acordo de cúpulas e da condução burocratizada do processo. Se exigimos democracia nos fóruns viciados da CUT , temos de por em prática no seio do campo político da oposição. A organização do Seminário Nacional da Reorganização foi o triste exemplo a ser apresentado. Mais do que discurso de vanguarda, precisamos ter prática de vanguarda. A Nova Central só terá algum sentido se a vanguarda que constrói o Congresso de Unificação ROMPER com os vícios de cunho aparatista que impedem a participação dos trabalhadores. Por outro lado, a Nova Central só terá alguma serventia se for para impulsionar a auto-organização dos trabalhadores, que hoje se materializa nas oposições por todas as razões já expostas acima. Assim, propomos a participação da categoria bancária no Congresso de Unificação programado para julho de 2010.
Sobre o profissional do MNOB – O Espaço Socialista traz de volta a real necessidade de um profissional no Movimento NESTE MOMENTO. Aqui chamamos a atenção sobre a educação política dos trabalhadores. Tarefas políticas devem ser executadas pelos militantes. Contratar um profissional para FAZER POLÍTICA é no mínimo paradoxal. O funcionário executou tarefas do coordenador eleito provisoriamente para a coordenação nacional, tarefa inerente ao militante. O ES entende que não há necessidade de profissional para elaboração política do movimento. E mais, militância política é um MODO de vida, e não UM MEIO de vida. É resultado da compreensão política de lutar por um projeto de sociedade sem classes, assumindo os riscos inerentes à isso. O Espaço Socialista é contra a permanência do profissional nas atuais circunstâncias.
Reuniões virtuais e abertas da coordenação nacional- Na verdade, seria reimplantá-lo no movimento. Quando surgiu o MNOB, era assim realizadas as reuniões da Coordenação Nacional. Quem quisesse participar, teria de ter condições técnicas como equipamento compatível. Qualquer bancário de base poderia participar.
Estruturar campanha de organização de base (Delegado Sindical) nos bancos estatais para além do BB e da CEF – impulsionar a campanha política de estruturação de eleições de delegados sindicais nos demais bancos estatais, ainda que a figura somente conste nos acordos do BB e da CEF. Os bancos BASA e BNB, por exemplo, há espaço para tal política. Em São Paulo, há a discussão de eleição de delegados sindicais nos bancos incorporados pelo BB, como é o caso da Nossa Caixa.
Campanha salarial antecipada- Um dos principais artifícios utilizados pela burocracia sindical é transformar as campanhas salariais por campanhas por PLR. Eles se valem da manobra de arrastar a campanha salarial até quando a categoria esteja disposta a aceitar qualquer acordo, com pressa de cobrir o cheque especial, ou quitar os empréstimos pessoais (CDC). Não é à toa que as campanhas somente começam de fato após a data-base da categoria. Temos mais o elemento das eleições que pode atrapalhar a campanha salarial da categoria. Se a Oposição estruturar uma proposta alternativa ANTES da CONTRAF-CUT certamente contribuirá em muito para organizar a categoria. Teríamos bastante tempo para fazer com que a categoria tenha a nossa proposta como referência, muito antes da burocracia elaborar a sua proposta construída junto com os patrões e como governo. Propomos um Encontro Aberto das Oposições.
Construção de um fórum das Oposições. Devemos reconhecer que o MNOB não é A Oposição, mas parte dela. E a unidade das oposições é uma ,necessidade da categoria e deve ser perseguido por nós permanentemente. Mas nós não queremos unidade pela unidade, à qualquer preço. Propomos unidade com quem tem clara a necessidade de construção de um movimento classista, contra os patrões e contra o governo e seus asseclas, como a Articulação e seus aliados. Propomos que a este fórum seja para construir a pauta de reivindicações para o ano de 2010.
Reorganização e Nova Central – O Espaço Socialista participou e participa ativamente na construção da Nova Central como um processo de reorganização da vanguarda combativa brasileira. Porém mais do que uma nova entidade, é muito mais necessário renovar as práticas que tanto criticamos na burocracia. Não podemos cair no erro de colocar rótulo novo em conteúdo velho. Referimo-nos nas práticas de acordo de cúpulas e da condução burocratizada do processo. Se exigimos democracia nos fóruns viciados da CUT , temos de por em prática no seio do campo político da oposição. A organização do Seminário Nacional da Reorganização foi o triste exemplo a ser apresentado. Mais do que discurso de vanguarda, precisamos ter prática de vanguarda. A Nova Central só terá algum sentido se a vanguarda que constrói o Congresso de Unificação ROMPER com os vícios de cunho aparatista que impedem a participação dos trabalhadores. Por outro lado, a Nova Central só terá alguma serventia se for para impulsionar a auto-organização dos trabalhadores, que hoje se materializa nas oposições por todas as razões já expostas acima. Assim, propomos a participação da categoria bancária no Congresso de Unificação programado para julho de 2010.
Sobre o profissional do MNOB – O Espaço Socialista traz de volta a real necessidade de um profissional no Movimento NESTE MOMENTO. Aqui chamamos a atenção sobre a educação política dos trabalhadores. Tarefas políticas devem ser executadas pelos militantes. Contratar um profissional para FAZER POLÍTICA é no mínimo paradoxal. O funcionário executou tarefas do coordenador eleito provisoriamente para a coordenação nacional, tarefa inerente ao militante. O ES entende que não há necessidade de profissional para elaboração política do movimento. E mais, militância política é um MODO de vida, e não UM MEIO de vida. É resultado da compreensão política de lutar por um projeto de sociedade sem classes, assumindo os riscos inerentes à isso. O Espaço Socialista é contra a permanência do profissional nas atuais circunstâncias.
Reuniões virtuais e abertas da coordenação nacional- Na verdade, seria reimplantá-lo no movimento. Quando surgiu o MNOB, era assim realizadas as reuniões da Coordenação Nacional. Quem quisesse participar, teria de ter condições técnicas como equipamento compatível. Qualquer bancário de base poderia participar.
Estruturar campanha de organização de base (Delegado Sindical) nos bancos estatais para além do BB e da CEF – impulsionar a campanha política de estruturação de eleições de delegados sindicais nos demais bancos estatais, ainda que a figura somente conste nos acordos do BB e da CEF. Os bancos BASA e BNB, por exemplo, há espaço para tal política. Em São Paulo, há a discussão de eleição de delegados sindicais nos bancos incorporados pelo BB, como é o caso da Nossa Caixa.
ESPAÇO SOCIALISTA – DEZEMBRO DE 2009
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