Texto de 2008
Como é senso comum, a situação da categoria bancária nos vários itens em particular em termos de condições de trabalho e qualidade de vida é uma das piores. Com o funcionalismo do Banco do Brasil não é diferente.
O que não falta ao quadro de funcionários são problemas. A questão da Previ e a falsa paridade nas decisões referentes à gestão do fundo de pensão é um deles. Ela esbarra no voto de minerva que é prerrogativa em ultima instância do banco. Outro aspecto da mesma Previ é a utilização do seu superávit que diz respeito a todos, inclusive, aos inativos. O inferno para os bancários avança com as unidades de serviços operacionais (USO) que desestrutura a vida dos bancários e é outro fator de perigo. Além disso, a abertura do Banco Popular terceiriza, precariza e flexibiliza direitos (algo como as lotéricas na CEF) e objetiva absorver os “pobres” que estão sendo expulsos das agências.
Isto tudo sem falar do não pagamento das substituições de comissionados e da aberração dos caixas volantes (USO) entre outras questões comuns à toda categoria.
O BB caminha a passos largos para a privatização branca, inclusive incorporando bancos públicos estaduais (Besc, Nossa Caixa, etc.). Seu sistema está interligado à CEF para viabilizar melhor o descarrego dos pobres para o correspondente bancário (casas lotéricas).
O mais sintomático é que esta avalanche de ataques pega a organização interna dos bancários do BB. Em um momento de fragilidade maior, ocasionada pela falta de mobilização provocada pelos acordos “cala boca” defendidos e assinados pelo sindicato, onde uma PLR maior foi substituta de qualquer conquista mais sólida e duradoura.
Sabemos que a retomada é difícil, porém cabe aos empregados e à sua organização no local de trabalho, em particular os Delegados Sindicais e Ativistas, a parte mais árdua da tarefa. Não convém esperar por iniciativas daqueles que estão deitados em berço esplêndido.
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