Textos sobre a Campanha Salarial 2008
CAMPANHA SALARIAL 2008
Neste 2008, revemos (mais uma vez) as cenas do velho filme. Negociações emperradas, pouca participação efetiva da categoria por várias razões, intransigência patronal, pressão de gestores inibindo mobilização, etc. Concomitantemente temos o aprofundamento da precariedade das condições de trabalho e conseqüentemente estamos mais doentes a cada dia.
Neste ano teremos novamente eleições durante o período de campanha. Atenção bancários, não podemos ficar alheios esperando o desenrolar dos acontecimentos. Nossos representantes alegam que dependem da resposta dos banqueiros às nossas reivindicações para agir. Após a primeira rodada (28/08/2008) já percebemos a dinâmica. Os banqueiros irão enrolar como sempre. Coincidentemente o calendário acertado entre sindicados majoritários e Fenaban estabelece no limite, o desfecho do 1º turno das eleições municipais. Precisamos estar atentos, pois temos candidaturas apoiadas pelo sindicato com perspectivas de vitória do 1º turno. Afinal, a prioridade entre as campanhas deve ser a nossa.
Já que “quem sabe faz a hora”, cabe a nós que nos desgastamos no dia-a-dia e não somos liberados do ponto com ajuda de custo e outras vantagens e nem somos magnatas das finanças, fazer as coisas acontecerem. Assim propusemos assembléia da categoria em meados de setembro no máximo e logo em segunda assembléia específica dos bancos onde há mobilização e é claro, os nossos comandantes sindicais não aceitaram. Não podemos ficar a mercê da dinâmica de banqueiros e de quem não quer sair do corpo mole, pois desta maneira fatalmente seremos derrotados. Ligue, escreva, envie e-mail, discuta com colegas. Organizemo-nos. Só assim haverá possibilidade de vitória. Temos que exigir plenárias nas regionais dos sindicatos, reuniões nos locais de trabalho onde isto for possível, eleição de comandos de mobilização, atividades, etc. Se não, você já sabe o que acontecerá.
PS: Estamos em 22/09/2008, no momento de fechamento deste jornal e o calendário da Campanha Unificada aponta para um Encontro Nacional da Categoria Bancária para o dia 25 de setembro. Entendemos que tal evento só se justifica se for antecedido de atividades nas grandes concentrações e grandes centros comerciais e financeiros, farta distribuição de materiais esclarecedores à população que evidenciem o tanto quanto, juntamente com os bancários, esta população é espoliada pela ganância dos magnatas das finanças e como a grande mídia, a justiça e as forças policiais estão a serviço dos poderosos. Porém a GREVE, necessária que é ( dada a cara- de- pau dos patrões inclusive), só acontecerá com a efetiva participação dos bancários. Não temos o direito de nos acovardar. E nossos sindicatos e entidades têm que cumprir com a sua obrigação.
O MOVIMENTO SINDICAL E A PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES
Elvis não morreu... Chico Teixeira também não.
Elvis e seus fãs que nos perdoem. Chico Teixeira para os bancários mais novos não passa de ilustre desconhecido. Para quem não sabe, ele foi dirigente sindical contemporâneo e ideologicamente próximo da ditadura militar e sua principal característica era alijar o bancário do seu órgão representativo, tornando o sindicato propriedade sua e de seus próximos e para isso utilizava-se dos piores métodos, mas tinha um diferencial; era aquilo que podemos chamar de déspota esclarecido.
Era antidemocrático, porém para demonstrá-lo era explicito e caiu. Hoje o movimento sindical bancário se pauta em uma pseudo-democracia, uma democracia de fachada, excludente e perversa que precisamos também derrotar, pois ela possui a mesma essência do despotismo esclarecido, mas utiliza-se de dissimulação onde o que prevalece é o carreirismo e o exercício de projetos pessoais e de grupos. Isto gerou uma categoria apartada de seu sindicato.
Nas recentes eleições tivemos repetição do recorrente (desculpem a redundância, mas ela é necessária), pois são varias eleições seguidas com um grau cada vez menor de participação dos bancários. Uma categoria que já teve os maiores índices de associação, hoje possui menos da metade dos trabalhadores associados ao seu sindicato e a enorme maioria o faz para obter descontos em cursos, escolas e lazer ou no comercio e infelizmente não por convicção.
Entre os associados com direito a voto mais de um terço se recusou a votar. Descontados os afastamentos por férias, licenças, etc., um contingente enorme teve a urna ao seu lado e simplesmente não votou. Isto é muito grave, mas também sintomático. É necessário mudança.
O QUE FAZER?
Nós Bancários de Base defendemos uma mudança estatutária que estabeleça entre outras alterações, a proporcionalidade direta em todas as votações, inclusive e principalmente nas eleições para a diretoria do sindicato. Queremos também prévias eleitorais para definição das candidaturas, através de convenções por bancos ou região, além da revogabilidade e limitação no numero de mandatos. Queremos ainda Direção Colegiada para eliminar os donos do sindicato, entre outras mudanças. Entendemos também como fundamentais, as OLT(s), Organização por Local de Trabalho. Com a palavra o bancário, através de plebiscito, por exemplo. Com participação estas propostas sairão do papel. Façamos acontecer.
OS BANCARIOS DA CEF E SEU ULTIMO CONGRESSO
Recentemente, entre outras demanda, nossos “dirigentes”anunciaram o acordo com Caixa do novo PCS como uma grande vitória. Vitória talvez de um sindicalismo sem combatividade e vinculado organicamente ao governo e à direção da empresa dos quais fizeram e ainda fazem parte. Mas com certeza, vitória do governo e da Caixa. Atente ainda para a agravante de não terem sido capazes sequer de eliminar a clausula imposta pela empresa de exigir saldamento do Reg-Replan para adesão ao novo plano. Sob a nossa ótica, tivemos uma grande derrota. O tempo irá mostrar isto àqueles que por várias razoes ainda não o perceberam ou não quiseram perceber. O que tivemos se constitui numa renúncia de direitos. Porém, se por um lado isto inviabiliza / dificulta questionamentos futuros para os que aderiram, por outro lado abriu-se uma potencialidade enorme de ações judiciais para aqueles que entenderam o PCS e suas clausulas de forma diferente.
Quanto ao 24º Conecef, ele por si só, na forma de eleição de seus delegados já se constituiu um desprezo à transparência, pois as regras estabelecidas no 23º Congresso não foram respeitadas. O que prevaleceu foi à imposição tendenciosa de dirigente sindicais que foram contemplados em detrimento dos bancários que estão no dia-a-dia nas agencias e departamentos. Como conseqüência, temas fundamentais não foram debatidos, como por exemplo, a utilização da CEF como alavancadora da Caixa Seguros, Previdência e Capitalização. Não se questionou o impacto disto nos números da Caixa, não se fez um estudo em termos de receita e custo para a CEF manter esta parceria que é a maior responsável pelo inferno que vivemos dentro das unidades além de determinar a ascensão de gestores que aprenderam a empurrar produtos, mas quase nada sabem do cotidiano bancário comum e muito menos do que deve ser um banco social.
Outros temas importantes ficaram de fora; a pretensão de aumento de ganhos de dirigentes da Funcef que já possuem altos salários sob a forma de uma PLR quando todos sabem que Fundação não visa lucros e o que será afetado é o patrimônio de todos os associados à Funcef, e talvez este seja um dos motivos que explicam o aumento imoral e ilegal das contribuições dos odiados participantes que insistem no REG-REPLAN. Também não se quer discutir a responsabilidade da Fenae no assedio moral sofrido pelos empregados CEF/Fenae uma vez que a mesma é a corretora das Caixa Seguros. Nem sequer falar também do projeto parceria entre o governo, as entidades sindicais, o judiciário e a empresa no sentido de criar comissões arbitrais e de conciliação previa visando evitar futuros questionamentos de direitos por parte dos empregados. Com tudo isto acontecendo e passando ao largo é necessário uma atitude por parte de todos os atingidos, os trabalhadores da Caixa.
ATAQUE AOS BANCARIOS. AS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Já faz alguns anos, a classe patronal, e a mídia sobre seu controle, junto com políticos e sindicalistas ‘’combativos’’ falam no tal Custo Brasil e em Reformas. A Trabalhista é uma delas, afinal direitos trabalhistas, encargos sociais e salários são os responsáveis, por exemplo, por uma rentabilidade ‘só’ de dez ou quinze pontos percentuais para os banqueiros no nosso caso. Sob esta ótica, portanto, temos que retirar e flexibilizar direitos trabalhistas.
Em seu segundo mandato FHC e seu parlamento aprovaram a Lei 9958 de 12/01/2000, que resultou em mudanças na CLT e instituíram as CCP(s), Comissões de Conciliação Prévia e que segundo o Governo, o Judiciário, e os patrões serviriam para agilizar a resolução de litígios entre patrões e empregados e diminuiriam o numero de processos, proporcionando celeridade no recebimento das verbas devidas, desafogando o Judiciário. Tudo para o bem de todos, principalmente dele, o trabalhador. Lamentavelmente muitos sindicatos se tornaram adeptos e defensores deste instrumento, inclusive o nosso. Saibam que nos locais onde o sindicato concorda em criar as comissões, o trabalhador obrigatoriamente tem que se submeter à comissão sob pena de não poder questionar suas demandas posteriormente na Justiça do Trabalho. A conciliação se torna um título extrajudicial com força liberatória geral, exceto o ressalvado. Não bastasse tudo isto, o trabalhador não precisa de assistência jurídica para assinar a “conciliação” e não existe previsão de punibilidade para os casos de coação, simulação ou fraude. Como conseqüência desta (I)legalidade, um grande número de trabalhadores é induzido a assinar papéis que na maioria das vezes ou elimina ou criam dificuldades insuperáveis para o exercício do seu direito, achando que está contribuindo para o funcionamento de uma justiça mais ágil. Na verdade, está sendo vitima de uma ação antes de tudo imoral do Estado, Dos patrões e o que é pior, dos seus próprios representantes.
Neste ano teremos novamente eleições durante o período de campanha. Atenção bancários, não podemos ficar alheios esperando o desenrolar dos acontecimentos. Nossos representantes alegam que dependem da resposta dos banqueiros às nossas reivindicações para agir. Após a primeira rodada (28/08/2008) já percebemos a dinâmica. Os banqueiros irão enrolar como sempre. Coincidentemente o calendário acertado entre sindicados majoritários e Fenaban estabelece no limite, o desfecho do 1º turno das eleições municipais. Precisamos estar atentos, pois temos candidaturas apoiadas pelo sindicato com perspectivas de vitória do 1º turno. Afinal, a prioridade entre as campanhas deve ser a nossa.
Já que “quem sabe faz a hora”, cabe a nós que nos desgastamos no dia-a-dia e não somos liberados do ponto com ajuda de custo e outras vantagens e nem somos magnatas das finanças, fazer as coisas acontecerem. Assim propusemos assembléia da categoria em meados de setembro no máximo e logo em segunda assembléia específica dos bancos onde há mobilização e é claro, os nossos comandantes sindicais não aceitaram. Não podemos ficar a mercê da dinâmica de banqueiros e de quem não quer sair do corpo mole, pois desta maneira fatalmente seremos derrotados. Ligue, escreva, envie e-mail, discuta com colegas. Organizemo-nos. Só assim haverá possibilidade de vitória. Temos que exigir plenárias nas regionais dos sindicatos, reuniões nos locais de trabalho onde isto for possível, eleição de comandos de mobilização, atividades, etc. Se não, você já sabe o que acontecerá.
PS: Estamos em 22/09/2008, no momento de fechamento deste jornal e o calendário da Campanha Unificada aponta para um Encontro Nacional da Categoria Bancária para o dia 25 de setembro. Entendemos que tal evento só se justifica se for antecedido de atividades nas grandes concentrações e grandes centros comerciais e financeiros, farta distribuição de materiais esclarecedores à população que evidenciem o tanto quanto, juntamente com os bancários, esta população é espoliada pela ganância dos magnatas das finanças e como a grande mídia, a justiça e as forças policiais estão a serviço dos poderosos. Porém a GREVE, necessária que é ( dada a cara- de- pau dos patrões inclusive), só acontecerá com a efetiva participação dos bancários. Não temos o direito de nos acovardar. E nossos sindicatos e entidades têm que cumprir com a sua obrigação.
O MOVIMENTO SINDICAL E A PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES
Elvis não morreu... Chico Teixeira também não.
Elvis e seus fãs que nos perdoem. Chico Teixeira para os bancários mais novos não passa de ilustre desconhecido. Para quem não sabe, ele foi dirigente sindical contemporâneo e ideologicamente próximo da ditadura militar e sua principal característica era alijar o bancário do seu órgão representativo, tornando o sindicato propriedade sua e de seus próximos e para isso utilizava-se dos piores métodos, mas tinha um diferencial; era aquilo que podemos chamar de déspota esclarecido.
Era antidemocrático, porém para demonstrá-lo era explicito e caiu. Hoje o movimento sindical bancário se pauta em uma pseudo-democracia, uma democracia de fachada, excludente e perversa que precisamos também derrotar, pois ela possui a mesma essência do despotismo esclarecido, mas utiliza-se de dissimulação onde o que prevalece é o carreirismo e o exercício de projetos pessoais e de grupos. Isto gerou uma categoria apartada de seu sindicato.
Nas recentes eleições tivemos repetição do recorrente (desculpem a redundância, mas ela é necessária), pois são varias eleições seguidas com um grau cada vez menor de participação dos bancários. Uma categoria que já teve os maiores índices de associação, hoje possui menos da metade dos trabalhadores associados ao seu sindicato e a enorme maioria o faz para obter descontos em cursos, escolas e lazer ou no comercio e infelizmente não por convicção.
Entre os associados com direito a voto mais de um terço se recusou a votar. Descontados os afastamentos por férias, licenças, etc., um contingente enorme teve a urna ao seu lado e simplesmente não votou. Isto é muito grave, mas também sintomático. É necessário mudança.
O QUE FAZER?
Nós Bancários de Base defendemos uma mudança estatutária que estabeleça entre outras alterações, a proporcionalidade direta em todas as votações, inclusive e principalmente nas eleições para a diretoria do sindicato. Queremos também prévias eleitorais para definição das candidaturas, através de convenções por bancos ou região, além da revogabilidade e limitação no numero de mandatos. Queremos ainda Direção Colegiada para eliminar os donos do sindicato, entre outras mudanças. Entendemos também como fundamentais, as OLT(s), Organização por Local de Trabalho. Com a palavra o bancário, através de plebiscito, por exemplo. Com participação estas propostas sairão do papel. Façamos acontecer.
OS BANCARIOS DA CEF E SEU ULTIMO CONGRESSO
Recentemente, entre outras demanda, nossos “dirigentes”anunciaram o acordo com Caixa do novo PCS como uma grande vitória. Vitória talvez de um sindicalismo sem combatividade e vinculado organicamente ao governo e à direção da empresa dos quais fizeram e ainda fazem parte. Mas com certeza, vitória do governo e da Caixa. Atente ainda para a agravante de não terem sido capazes sequer de eliminar a clausula imposta pela empresa de exigir saldamento do Reg-Replan para adesão ao novo plano. Sob a nossa ótica, tivemos uma grande derrota. O tempo irá mostrar isto àqueles que por várias razoes ainda não o perceberam ou não quiseram perceber. O que tivemos se constitui numa renúncia de direitos. Porém, se por um lado isto inviabiliza / dificulta questionamentos futuros para os que aderiram, por outro lado abriu-se uma potencialidade enorme de ações judiciais para aqueles que entenderam o PCS e suas clausulas de forma diferente.
Quanto ao 24º Conecef, ele por si só, na forma de eleição de seus delegados já se constituiu um desprezo à transparência, pois as regras estabelecidas no 23º Congresso não foram respeitadas. O que prevaleceu foi à imposição tendenciosa de dirigente sindicais que foram contemplados em detrimento dos bancários que estão no dia-a-dia nas agencias e departamentos. Como conseqüência, temas fundamentais não foram debatidos, como por exemplo, a utilização da CEF como alavancadora da Caixa Seguros, Previdência e Capitalização. Não se questionou o impacto disto nos números da Caixa, não se fez um estudo em termos de receita e custo para a CEF manter esta parceria que é a maior responsável pelo inferno que vivemos dentro das unidades além de determinar a ascensão de gestores que aprenderam a empurrar produtos, mas quase nada sabem do cotidiano bancário comum e muito menos do que deve ser um banco social.
Outros temas importantes ficaram de fora; a pretensão de aumento de ganhos de dirigentes da Funcef que já possuem altos salários sob a forma de uma PLR quando todos sabem que Fundação não visa lucros e o que será afetado é o patrimônio de todos os associados à Funcef, e talvez este seja um dos motivos que explicam o aumento imoral e ilegal das contribuições dos odiados participantes que insistem no REG-REPLAN. Também não se quer discutir a responsabilidade da Fenae no assedio moral sofrido pelos empregados CEF/Fenae uma vez que a mesma é a corretora das Caixa Seguros. Nem sequer falar também do projeto parceria entre o governo, as entidades sindicais, o judiciário e a empresa no sentido de criar comissões arbitrais e de conciliação previa visando evitar futuros questionamentos de direitos por parte dos empregados. Com tudo isto acontecendo e passando ao largo é necessário uma atitude por parte de todos os atingidos, os trabalhadores da Caixa.
ATAQUE AOS BANCARIOS. AS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Já faz alguns anos, a classe patronal, e a mídia sobre seu controle, junto com políticos e sindicalistas ‘’combativos’’ falam no tal Custo Brasil e em Reformas. A Trabalhista é uma delas, afinal direitos trabalhistas, encargos sociais e salários são os responsáveis, por exemplo, por uma rentabilidade ‘só’ de dez ou quinze pontos percentuais para os banqueiros no nosso caso. Sob esta ótica, portanto, temos que retirar e flexibilizar direitos trabalhistas.
Em seu segundo mandato FHC e seu parlamento aprovaram a Lei 9958 de 12/01/2000, que resultou em mudanças na CLT e instituíram as CCP(s), Comissões de Conciliação Prévia e que segundo o Governo, o Judiciário, e os patrões serviriam para agilizar a resolução de litígios entre patrões e empregados e diminuiriam o numero de processos, proporcionando celeridade no recebimento das verbas devidas, desafogando o Judiciário. Tudo para o bem de todos, principalmente dele, o trabalhador. Lamentavelmente muitos sindicatos se tornaram adeptos e defensores deste instrumento, inclusive o nosso. Saibam que nos locais onde o sindicato concorda em criar as comissões, o trabalhador obrigatoriamente tem que se submeter à comissão sob pena de não poder questionar suas demandas posteriormente na Justiça do Trabalho. A conciliação se torna um título extrajudicial com força liberatória geral, exceto o ressalvado. Não bastasse tudo isto, o trabalhador não precisa de assistência jurídica para assinar a “conciliação” e não existe previsão de punibilidade para os casos de coação, simulação ou fraude. Como conseqüência desta (I)legalidade, um grande número de trabalhadores é induzido a assinar papéis que na maioria das vezes ou elimina ou criam dificuldades insuperáveis para o exercício do seu direito, achando que está contribuindo para o funcionamento de uma justiça mais ágil. Na verdade, está sendo vitima de uma ação antes de tudo imoral do Estado, Dos patrões e o que é pior, dos seus próprios representantes.
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