segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Contra a reestruturação e suas armadilhas - Um outro Banco do Brasil é necessário


Texto de 2009
CONTRA A REESTRUTURAÇÃO E SUAS ARMADILHAS: UM OUTRO BANCO DO BRASIL É NECESSÁRIO!
A Reestruturação de 2007 aprofundou o modelo de banco de mercado voltado para a concorrência com os bancos privados e a busca de lucros, às custas da exploração de clientes e funcionários. O trabalho dos funcionários do BB, além de não servir para ajudar no fomento ao desenvolvimento do país, como caberia a um banco público, tem servido em última instância apenas para cevar os especuladores que exploram a dívida pública, não revertendo em nenhum benefício para a sociedade. Para implantar esse modelo de banco de mercado, a Reestruturação afastou milhares de funcionários antigos, por meio do Plano de Aposentadoria Antecipada – PAA, fechou várias unidades, como a GEREL Campinas, reduziu drasticamente o número de caixas nas agências e terceirizou seu serviço por meio do PEE – Processamento Eletrônico de Envelopes. Fazia parte do pacote a reforma estatutária da CASSI, aprovada por meio de uma campanha terrorista de chantagem, que ainda assim precisou de quatro votações no SISBB, e terminou isentando o Banco de suas responsabilidades com a saúde dos funcionários. Todas essas medidas foram “compensadas” na visão do conjunto dos funcionários por uma outra, aparentemente “benigna”, o comissionamento em massa de Assistentes de Negócios – Asnegs, que também foi produto da Reestruturação. Curiosamente, foram comissionados muitos dos escriturários que haviam feito greve nos anos anteriores, o que desmente o mito de que participar do movimento grevista prejudica a carreira. O funcionário não é dono do cargo, o cargo é que se torna dono do funcionário, obrigado a se submeter à busca frenética por lucros imediatos. A miragem da Participação nos Lucros e Resultados paga a cada semestre substitui falta de um Plano de Cargos e Salários que valorize a dedicação dos trabalhadores à instituição ao longo dos anos. A prática sistemática de assédio moral, a ameaça constante aos comissionados, a superexploração dos caixas (sejam eles solitários nas agências ou obrigados a deslocamentos pela PSO), são os resultados desse “modelo” de banco que está sendo implantado no BB. É preciso que os funcionários, inclusive os comissionados, se organizem nos seus locais de trabalho, através dos delegados sindicais, que cobrem ações da diretoria do sindicato contra abusos dos gestores, que participem das reuniões e assembléias da categoria. É preciso romper essa lógica do banco de mercado, que visa resultados imediatos e ao mesmo tempo destrói as relações humanas entre os trabalhadores, estabelece uma relação predatória e parasitária com a sociedade, sem colaborar com o desenvolvimento do país. Lutar por um outro modelo de banco é uma tarefa também e principalmente dos funcionários do Banco do Brasil!
Por isso queremos: - Fim do projeto PSO, do PEE e aumento do número de caixas nas agências! - Volta do pagamento das substituições e fim da “lateralidade”! - Jornada de 6 horas para todos, inclusive comissionados! - Fim das metas e do assédio moral - Reversão da reforma estatutária da CASSI, fim das co-participações! - Por um Plano de Cargos e Salários que valorize a dedicação dos trabalhadores ao Banco! - Isonomia entre funcionários novos e antigos! - Reposição das perdas acumuladas! - Por um Banco do Brasil que funcione como público e voltado para as necessidades dos trabalhadores!
A CASSI E O ENGONDO DO PLANO ODONTOLÓGICO.
Em maio e junho, os sindicatos independentes dos patrões e do governo junto com os bancários fizeram paralisações e atrasos na abertura das agências exigindo esclarecimentos pelo péssimo atendimento (quando tem), bem como soluções imediatas pela volta do antigo padrão de qualidade de atendimento da CASSI. Somente com a mobilização dos funcionários e aposentados é poderemos barrar os planos do governo de por fim a CASSI.
Além do todo o terrorismo de que a CASSI quebraria caso não aprovasse o atual Estatuto (com a participação das entidades representativas como o Sindicato dos Bancários de São Paulo), o BB e o governo prometeram que implantariam o plano odontológico. Na prática colocariam como moeda de troca a aprovação do atual Estatuto da Caixa de Assistência. O compromisso estabelecido foi de que o plano odontológico seria implantado até 31 de junho de 2009. O estatuto foi “aprovado” em março de 2007.
Fiquemos ligados sobre os desdobramentos acerca da implantação do plano odontológico. Vamos fazer as cobranças na campanha salarial e pedir esclarecimentos dos diretores do sindicato o porquê não chamou assembléia para discutir com os bancários a postergação dos serviços odontológicos para janeiro. Olho vivo!

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