segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Protesto contra o processo de eleição de delegados sindicais em 2009



Nós abaixo-assinados, delegados sindicais e ativistas da CAIXA FEDERAL e do BANCO DO BRASIL, vinculados à base territorial do SEEB-SP e outras bases, vimos pelo presente manifestar o nosso veemente repúdio no tocante aos métodos utilizados pela Diretoria desta entidade. O motivo do repúdio visa à forma como se deu os processos de eleições para delegados sindicais e suplentes ora em vigor; a diretoria desta entidade, que entendemos ser dos trabalhadores, utilizou, mais uma vez, meios estranhos ao exercício da democracia mais elementar.
Visto que, no caso da CAIXA, o processo eleitoral realizado em maio de 2009, obteve um número de delegados eleitos (abaixo dos contingentes anteriores), foi decidido nos fóruns do movimento que haveria a necessidade de abertura de novo processo. Para nosso espanto, ao invés da abertura de um processo amplo, que englobasse todo o conjunto possível de unidades que não tivesse representantes eleitos, esta diretoria publicou edital determinando eleições apenas nos locais onde ela (diretoria) entendeu ser interessante e ignorou o interesse despertado por ativistas de outras unidades. Mediante a indignação expressa por vários bancários e bancárias resolveu acrescentar mais algumas unidades, quando deveria ao menos buscar corrigir a falha anterior e promover eleições amplas, em todas as unidades onde ainda, infelizmente, não existe esta importante forma de organização por local de trabalho.
Como se não bastasse, no caso do Banco do Brasil, ao invés de aprimorar meios que possibilitem a eleição de um número maior de delegados, tem buscado através de mecanismos de caráter burocrático diminuir consideravelmente o número de ativista-delegados, dedicados ao trabalho de organização pela base. E para coroar o trabalho, ainda cometeram o ato altamente equivocado de realizar “visitas” (SEEB E APCEF) às unidades onde tem bancários com interesse em participar do processo, deixando-os em situação constrangedora diante das chefias. Entendemos necessária a presença de dirigentes sindicais nos locais de trabalho, mas entendemos que a forma como esta presença se dá é determinante. E não pode expor o bancário sem necessidade, visto que as entidades em questão têm conhecimento das retaliações que podem recair sobre os ativistas. Entendemos, portanto, que este processo ocorre de forma indevida e queremos aqui expressar a nossa crítica, contrariedade e descontentamento.


São Paulo, novembro de 2009.


ASS.: Bancários e Bancárias de Base da CAIXA, BANCO DO BRASIL, NOSSA CAIXA E PRIVADOS (CIPA) da base territorial do SEEB SP, outras bases do Estado de São Paulo e bases de outros Estados.

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