sábado, 21 de janeiro de 2012

Greve Nacional 2008


Panfleto de balanço da campanha salarial 2008


GREVE NACIONAL 2008


Um Balanço Negativo


Ao contrário do que disseminar pelos dirigentes do nosso sindicato, entendemos que esta grande vitoria alardeada no país inteiro é uma falsa vitória.
Primeiro porque desde o inicio, quando se realizaram as assembléias na base de São Paulo, Osasco e Região, estas não se pautaram nos princípios da democracia dos trabalhadores e isto gerou uma delegação que representou os interesses de grupos e siglas de grupos e siglas e não os interesses dos bancários e bancárias. Mas não é só!
Definida e entregue a pauta geral e as pautas específicas, os dirigentes do nosso sindicato, o maior do país, impuseram uma estratégia de campanha que priorizava o calendário eleitoral e dividia os bancários em esfera nacional. Como resultado, tivemos um movimento enfraquecido e fracionado e quando São Paulo, finalmente, teve convocação de assembléia, com a “aprovação” manipulada da paralisação de 24 horas a maioria dos estados deflagrou greve por tempo indeterminado. Que só foi seguida por São Paulo, após uma semana de paralisação nos outros grandes centros. O governo e os banqueiros, é claro, agradeceram. Porém, esta postura autoritária dos dirigentes sindicais e a escolha deliberada de uma estratégia equivocada determinaram os limites do nosso movimento. Isto resultou em “conquistas” como os índices diferenciados o que levou muitos bancários à revolta. Porém, e ainda bem, que é assim. Tivemos aspectos positivos, o que é necessário salientar. Depois de muitos anos em que os bancários de bancos privados tiveram uma participação menor nas paralisações, desta vez tivemos bancários do Unibanco, Santander, HSBC, Safra, Nossa Caixa com verdadeira disposição de luta. Parabéns aos bancários da CEF, que mais uma vez foram vanguarda no movimento. Esperamos uma participação maior do Banco do Brasil no próximo período.
Por falar nisto, teremos um futuro próximo recheado de desafios como, por exemplo, a intensificação das péssimas condições de trabalho e aprofundamento do assédio moral e cobrança por metas, além das ameaças de demissões, descomissionados e fechamento de unidades em função das megas- fusões do capital financeiro.
É necessário nos auto-organizarmos mais e exigirmos muito mais dos nossos dirigentes que precisam atuar mais e melhor. Além disso, precisamos buscar mecanismos que garantam a efetiva democratização da nossa entidade e os fins dos desmandos. Apesar de todo o negativo, valeu! A luta continua!!!
NÃO POUPE NO BRADESCO, O BRADESCO NÃO POUPA NINGUÉM.
Quem era o maior, agora diz que é o melhor. Um pouco de históriaOs bancários com menos tempo na categoria talvez pensem que a grandiosidade do Bradesco se deve à competência de seus executivos, tão alardeadas por eles mesmos, isto não é verdade. A grandiosidade do banco, sem dúvida, se deve a dedicação de seus colaboradores e isto é uma verdade.
Mas existe também uma outra verdade que muitos não sabem. O período em que Banco Brasileiro de Descontos (dos dez contos), mas cresceu foi durante a Ditadura Militar. Naquele tempo, CAD nova unidade bancária a ser inaugurada necessitava da chamada “carta-patente”. Esta autorização era concessão exclusiva do governo. Os números mostram; durante aquele espaço de tempo, o Bradesco foi o banco privado que mais recebeu concessões. Foi um dos grandes grupos apoiadores da ditadura que realizou o golpe, matou, torturou, exílio, prendeu, impôs a censura, fechou o congresso, cassou mandatos e direitos, viciou eleições, etc., etc. Banco completo é isto. Concluindo, queremos dizer que a relação “orgânica” com a repressão, a justiça oficial e todos os demais poderes coercitivos que tanto nos atingem não são nada recentes. Por tudo isto, não é de se estranhar a recém atitude de um gestor da agencia 0127 do centro de Osasco que utilizando de subterfúgios imorais e aéticos induziu uma bancária a solicitar o retorno ao trabalho mesmo estando sob licença por doença psicológica. O argumento utilizado é de que ela retornando ao trabalho e à convivência com colegas com os quais ela mantinha dez anos de relacionamento e contatos ajudariam a recuperá-la. Este mesmo gestor maquiavélico foi o responsável pela sua demissão no mesmo dia do seu retorno. Bem vindos ao BANCO DO PLANETA INFERNO!

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