sábado, 21 de janeiro de 2012

Bradesco “reconhece” o esforço dos seus “colaboradores”


Texto de 2009


O Bradesco iniciou a temporada de demissões atribuídas à crise financeira mundial.Aquele que até poucos meses atrás foi o maior banco da América Latina, e que a cada três meses anunciava lucros exorbitantes, começou a pôr na rua os “colaboradores” – que era como sua direção se referia aos funcionários cada vez que divulgava os lucros trimestrais.O banco que afirma ter compromisso social e que investe pesado no marketing prova e comprova que tudo não passa de discurso: ao primeiro e menor revés, lança mão das demissões, é muito mais fácil. O Bradesco usa a mais arcaica política de pessoal; demitir para cortar custos. Não demitir seria a verdadeira postura de compromisso social que o banco deveria adotar se houvesse um mínimo de coerência entre discurso e prática. O Bradesco e outras empresas do grande porte – que se beneficiaram do grande crescimento econômico do Brasil nos últimos anos – têm reservas mais do que suficientes para atravessar a crise atual. Afinal é público e notório que a rentabilidade proporcionada pelos juros e taxas mais elevados do mundo, proporcionou rentabilidade suficiente para evitar as demissões a todos os bancos que operam no país.Sem ser alarmistas, alertamos aos funcionários do Bradesco que fiquem muito atentos com o crescimento dos cortes, em todos os locais de trabalho. Por outro lado, o risco da demissão não pode nos levar a uma atitude de passividade e simplesmente aguardar o momento fatal nunca foi solução. É necessário também que busquemos nos fortalecer e nos organizemos a partir do local de trabalho.
Sem o bancário não existe sucesso pra banqueiro nenhum.
E o Sindicato? O gato comeu?
Também alertamos aos bancários que cobrem do Sindicato da categoria, uma política firme de defesa do trabalhador e do emprego e de melhores condições de trabalho. Não adianta só discursos, panfletagem e carros de som diante dos bancos. Esta intervenção tímida não tem sido o suficiente para responder aos ataques. A situação requer uma postura de enfrentamento maior, mais conseqüente e de melhor qualidade. Os sindicatos e as Centrais Sindicais não têm o direito de se omitir diante do empresariado e do governo.

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