domingo, 30 de agosto de 2015

Emprego em baixa

Matéria sobre desemprego publicada no site da FNOB em 2014


Emprego em baixa! Crescimento zero do Brasil começa a afetar diretamente o mercado de trabalho.
A economia brasileira gerou apenas 25,3 mil postos de trabalho em junho, o pior número registrado no período nos últimos 16 anos, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho! Segundo os dados oficiais, o número representa uma queda de 83,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram gerados 123,8 mil empregos, e é o resultado de 1.639.407 contratações e 1.614.044 demissões em junho.
Durante o primeiro semestre do ano, o Brasil gerou 588,6 mil postos de trabalho, e nos últimos 12 meses foram criados 763,4 mil empregos. Para compararmos, no início do ano, o governo Dilma esperava que 2 milhões de empregos fossem gerados em 2014, número que já é impossível de ser conquistado, e cuja metade já será complicado de ser atingida.
O setor mais afetado no mês de junho foi o da indústria de transformação, que perdeu 28,5 mil postos de trabalho, seguido do da construção civil (-12,4 mil) e o do comércio (-7 mil).
Além da economia estagnada e do desastre dos números econômicos de todo o governo Dilma, até mesmo a Copa do Mundo atrapalhou o emprego. Ao contrário do que boas notícias específicas sobre um ou outro setor tentam dar a entender, para o conjunto da economia, a Copa só trouxe prejuízos. Os feriados nacionais e regionais implantados, a diminuição nos horários de atendimento, e o encalhamento de produtos projetados para o Mundial, contribuíram para a redução de vendas em lojas, produção industrial e transações econômicas em geral.
Esta realidade dura, que já é marcada por uma onda de demissões entre metalúrgicos, e que resultou num saldo negativo de emprego entre os bancários no 1º semestre de 2014, tende a se agravar ainda mais. A nova previsão dos economistas aponta para um PIB negativo do Brasil no 2º trimestre recém terminado, e para uma estagnação da economia no somatório do ano, com o PIB sendo inferior a 1%.
Os trabalhadores precisam sair às ruas exigindo a estabilidade no emprego, a redução da jornada de trabalho para 36h semanais e o reajuste salarial generalizado para todas as categorias, vítimas de uma inflação crescente, que já faz com que os alimentos estejam 10% mais caros em apenas um ano. Defendemos a construção de uma Greve Geral como parte de um movimento amplo de combate ao governo Dilma e à patronal, responsáveis por aprofundar a crise no Brasil e jogar seus efeitos sobre as costas dos trabalhadores.
Esta luta deve partir das categorias que já estão em luta e do enorme peso de setores que vão entrar em campanha salarial em agosto e setembro, como bancários, petroleiros, metalúrgicos e trabalhadores dos Correios. É necessário, desde já, coordenar a unificação destas campanhas e das lutas com trabalhadores públicos, do setor de transportes e movimentos pela moradia, que já estão em plena mobilização.


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