quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Por uma campanha salarial de verdade!


Texto do panfleto de convocatória da plenária de 3 de agosto




 
POR UMA CAMPANHA SALARIAL DE VERDADE!

Nossa campanha salarial já está próxima, e este ano não podemos mais aceitar o roteiro encenado pela diretoria do sindicato, que começa reivindicando pouco, para aceitar menos ainda, fazendo conchavos com a patronal para entregar por migalhas a nossa luta, enterrando a nossa greve em assembleias cheias de gerentes nos fazendo engolir goela abaixo ataques como a compensação das horas de greve. A campanha salarial pertence aos bancários, não à diretoria!

Ao invés de uma pesquisa virtual para definir a pauta, precisamos de reuniões, plenárias, assembleias, em que os bancários de carne e osso possam comparecer, discutir o que estão vivendo em seus locais de trabalho e apresentar suas ideias sobre o que precisa mudar. A diretoria não cumpre seu papel de organização dos bancários desde a base, impossibilitando que esses possam ser sujeitos de sua própria luta. Chamamos os bancários a se reunir e debater propostas para nossa luta e organização!

Para mudar tudo o que está errado nas campanhas salariais, somente com muita participação dos bancários. Assim como as ruas foram ocupadas pelos manifestantes, precisamos sim ocupar a quadra nas assembleias e romper as barreiras impostas pela patronal e a burocracia sindical, nos aliarmos às demais categorias em luta e aos interesses da maioria da população.

O EXEMPLO DAS RUAS

Tudo começou com o movimento contra o aumento das passagens, que parecia não ter tanta importância, e foi tratado com uma brutal repressão policial. Em resposta à violência, a juventude, os trabalhadores e a população desencadearam uma imensa onda de protestos. Milhões de pessoas saíram às ruas de centenas de cidades do país,

demonstrando uma grande insatisfação que estava represada, protestando não só contra o aumento das passagens, mas por várias outras causas, como as graves deficiências da educação e da saúde pública, o absurdo dos gastos com a Copa, a corrupção, etc.

Os governos foram encostados contra a parede e o aumento foi revogado, assim como a PEC 37 e a “cura gay”. Foram vitórias importantes, mas está longe de ser suficiente. De qualquer forma, a lição que ficou no ar é de que, quando nos mobilizamos, quando protestamos, quando agimos coletivamente, conseguimos vencer.

A mudança no clima político após as grandes manifestações de junho foi tão grande, que até as direções sindicais mais pelegas tiveram que se mexer. No dia 11/7, CUT, Força Sindical e demais centrais convocaram um dia nacional de mobilizações, que ainda ficou muito aquém do que seria uma verdadeira demonstração de força da classe trabalhadora. Nosso Sindicato, em particular, sequer chamou a paralisação, limitando-se a fazer um ato na Av. Paulista enquanto os bancários seguiam num dia de trabalho comum. Para o dia 30/8 está chamada uma nova jornada de paralisações, e dessa vez temos que pressionar para que os sindicatos e centrais mobilizem realmente suas bases. Transformar esse dia 30/8 numa demonstração contundente de que os trabalhadores querem mudanças, é também a melhor forma de criar um clima o mais favorável possível para a nossa campanha salarial!

O QUE NÃO

ACEITAMOS MAIS

* Não aceitamos que se encerre a campanha salarial sem discutir as questões que realmente importam, como o fim das metas e do assédio moral, a reposição das perdas, a isonomia entre funcionários novos e antigos, etc.

* Não aceitamos os Congressos da Contraf-CUT, em que um grupo de dirigentes que deixaram de ser bancários, estão há vários anos, ou décadas, afastados dos locais de trabalho, do dia a dia das agências e departamentos, inventam uma pauta de reivindicações que não tem nada a ver com as nossas necessidades.

* Não aceitamos assembleias em que a diretoria do sindicato fala durante horas e os bancários só escutam, como se fossem apenas uma plateia. Temos o direito de falar, de fazer propostas, de debater os rumos da campanha!

* Não aceitamos mais a cumplicidade do nosso sindicato com a patronal que manda gerentes e demais fura greves para as assembleias com o objetivo de encerrar nossa luta!

* Não aceitamos acordo coletivo que venha com a compensação das horas. Não aceitamos nenhum tipo de ataque e punição para os grevistas!

Assinam: bancários independentes e os coletivos de oposição

Bancários de Base”, “Uma Classe”, “Avesso” e “ASS”

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