sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um outro sindicato é possível, outro tipo de greve é necessário!


Panfleto lançado na assembleia de greve de 28 de setembro de 2010
SÓ COM GREVE PODE HAVER CONQUISTA! SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
4,29% é um verdadeiro insulto, já que entra governo, sai governo, com crise econômica ou sem crise, o lucro dos bancos aumenta 20 ou 30% todo ano. Podemos e merecemos ganhar mais. Mas o aumento que queremos e precisamos não vai cair do céu. A única saída é a GREVE!

O DEBATE NÃO É APENAS “GREVE” OU “NÃO GREVE”, MAS: QUAL A GREVE QUE PRECISAMOS!?
Todos os anos as assembléias têm o mesmo formato: a diretoria do sindicato fala e os bancários comparecem apenas para levantar o crachá, como se fossem apenas figurantes. Somos contra esse script! A greve não é da diretoria do sindicato, é dos trabalhadores! Antes de votar greve ou não greve, os bancários devem ter o direito de se inscrever para falar, para dizer o que pensam, para conhecer outras linhas de pensamento, para decidir como melhor organizar a greve.

QUE OS BANCÁRIOS DA BASE POSSAM FALAR NAS ASSEMBLÉIAS!
Os bancários têm poucas oportunidades de debater durante a preparação da campanha, pois a diretoria do sindicato não organiza assembléias, plenárias, reuniões. A campanha salarial é uma das poucas oportunidades em que os bancários têm a chance de debater e refletir. Mas para isso é preciso que seja garantido o direito de que os bancários possam se inscrever para falar em todas as assembléias. E o critério não pode ser de abrir falas para as correntes/partidos, mas para que qualquer bancário, seja filiado a partidos e correntes ou não, possa se inscrever pra falar.

COMANDOS DE GREVE DIÁRIOS!
Deve haver reuniões diárias e abertas do comando de greve, às 15:00, antes das assembléias, para avaliar a greve, com direito a voz e voto para todos os ativistas que estão construindo o movimento.

QUE AS ASSEMBLÉIAS SEJAM NO HORÁRIO DOS GREVISTAS!
As assembléias do período de greve não podem ser à noite, quando os gerentes e fura-greve aparecem para votar contra. Todas as assembléias, até o fim da greve, devem ser às 16:00, para que os grevistas, que constróem o movimento, possam decidir seu rumo.

QUE A MESA SEJA ELEITA NO INÍCIO DE CADA ASSEMBLÉIA!
Os diretores do sindicato não podem se auto-nomear para dirigir todas as assembléias. Os nomes que vão formar a mesa devem ser submetidos a votação no início de cada assembléia.

POR QUE OS SEGURANÇAS NA QUADRA?
Os seguranças estão na quadra para proteger quem contra quem? Somos todos trabalhadores e o sindicato, a quadra e a assembléia nos pertencem.

ASSEMBLÉIAS UNIFICADAS ATÉ O FIM DA VOTAÇÃO DA MESA DA FENABAN!
As assembléias separadas de BB, CEF e bancos privados enfraquecem a luta de quem permanece em greve sozinho. Na pratica cria-se a impossibilidade de parte dos bancários deliberarem sobre as clausulas economicas estabelecidas na mesa única da FENABAN. As assembléias devem ser unificadas até o fim das negociações da mesa da FENABAN. A votação das cláusulas econômicas tem que acontecer em assembléia unificada de toda a categoria. Apenas clausulas especificas de cada banco podem ser deliberadas em assembléias separadas.

QUE OS BANCÁRIOS POSSAM ESTAR NA MESA DE NEGOCIAÇÃO!
A diretoria do sindicato não pode ter um mandato “biônico” para centralizar todas as atividades. Os representantes na mesa de negociação devem ser escolhidos e ter seu mandato referendado em cada assembléia. Propomos para essa campanha que seja eleito ao menos um representante de base para acompanhar as negociações.

INFORMES DA SITUAÇÃO NACIONAL!
Somos uma categoria nacional, com trabalhadores em luta em todo o país. Nossas assembléias devem ter informes da mobilização nos outros estados.

PRECISAMOS DE UMA GREVE DE VERDADE, QUE DÊ PREJUÍZO AOS BANCOS!
Nos últimos anos temos agências “fechadas” com uma faixa escrito “greve” e os bancários trabalhando do lado de dentro. Precisamos de uma greve que paralise os bancos de fato, em que setores como auto-atendimento, compensação e tecnologia parem de funcionar, para afetar o lucro dos bancos. Para isso, é preciso organizar piquetes e táticas diferentes e mais criativos.

NÃO AO CONTINGENCIAMENTO!
O movimento sindical não pode aceitar que as unidades continuem funcionando, nem entrar em qualquer tipo de acordo com gestores e diretoria para preservar a atividade e o lucro dos bancos. Lugar de bancário é na greve.

NÃO AO DESCONTO DOS DIAS PARADOS! NÃO À COMPENSAÇÃO DAS HORAS!
A greve só pode terminar quando for garantido o não desconto dos dias parados e a não compensação dos dias parados. Quem lutou por todos não merece ser punido.

LUTAMOS POR:
Isonomia entre funcionários antigos e novos
Estabilidade para os trabalhadores de bancos privados
Fim das metas e do assédio moral
Por um plano de reposição de perdas
PISO SALARIAL do DIEESE
Delegados sindicais em todos os bancos
Plano de carreira e plano de cargos e salários
Fim das terceirizações e dos correspondentes bancários

Nada é impossível de mudar

Nada é impossível mudar
Desconfiai do mais trivial,
na aparência do singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.

Bertolt Brecht

Se você concorda com essas idéias e quer apresentar também outras sugestões e debater conosco, escreva para: bancariosdebase@yahoo.com.br;
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