Matéria sobre desemprego publicada no site da FNOB em 2014
Emprego em baixa! Crescimento zero do
Brasil começa a afetar diretamente o mercado de trabalho.
A economia
brasileira gerou apenas 25,3 mil postos de trabalho em junho, o pior número
registrado no período nos últimos 16 anos, segundo dados divulgados pelo Ministério
do Trabalho! Segundo os dados oficiais, o número representa uma queda de 83,9%
em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram gerados 123,8 mil
empregos, e é o resultado de 1.639.407 contratações e 1.614.044 demissões em
junho.
Durante o primeiro semestre
do ano, o Brasil gerou 588,6 mil postos de trabalho, e nos últimos 12 meses
foram criados 763,4 mil empregos. Para compararmos, no início do ano, o governo
Dilma esperava que 2 milhões de empregos fossem gerados em 2014, número que já
é impossível de ser conquistado, e cuja metade já será complicado de ser
atingida.
O setor mais afetado no mês
de junho foi o da indústria de transformação, que perdeu 28,5 mil postos de
trabalho, seguido do da construção civil (-12,4 mil) e o do comércio (-7 mil).
Além da economia estagnada e
do desastre dos números econômicos de todo o governo Dilma, até mesmo a Copa do
Mundo atrapalhou o emprego. Ao contrário do que boas notícias específicas sobre
um ou outro setor tentam dar a entender, para o conjunto da economia, a Copa só
trouxe prejuízos. Os feriados nacionais e regionais implantados, a diminuição
nos horários de atendimento, e o encalhamento de produtos projetados para o
Mundial, contribuíram para a redução de vendas em lojas, produção industrial e transações
econômicas em geral.
Esta realidade dura, que já é
marcada por uma onda de demissões entre metalúrgicos, e que resultou num saldo
negativo de emprego entre os bancários no 1º semestre de 2014, tende a se
agravar ainda mais. A nova previsão dos economistas aponta para um PIB negativo
do Brasil no 2º trimestre recém terminado, e para uma estagnação da economia no
somatório do ano, com o PIB sendo inferior a 1%.
Os trabalhadores precisam
sair às ruas exigindo a estabilidade no emprego, a redução da jornada de
trabalho para 36h semanais e o reajuste salarial generalizado para todas as
categorias, vítimas de uma inflação crescente, que já faz com que os alimentos
estejam 10% mais caros em apenas um ano. Defendemos a construção de uma Greve
Geral como parte de um movimento amplo de combate ao governo Dilma e à
patronal, responsáveis por aprofundar a crise no Brasil e jogar seus efeitos
sobre as costas dos trabalhadores.
Esta luta deve partir das
categorias que já estão em luta e do enorme peso de setores que vão entrar em
campanha salarial em agosto e setembro, como bancários, petroleiros,
metalúrgicos e trabalhadores dos Correios. É necessário, desde já, coordenar a
unificação destas campanhas e das lutas com trabalhadores públicos, do setor de
transportes e movimentos pela moradia, que já estão em plena mobilização.
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