quarta-feira, 2 de abril de 2014

Nota de esclarecimento sobre a divisão na APCEF-SP



 
É inegável que, nas últimas greves, os bancários da Caixa estiveram na linha de frente das lutas dos bancários. Em mais de uma oportunidade, nossas greves permaneceram mesmo após o recuo imposto ao restante da categoria pela direção do Sindicato e da Contraf/CUT. A direção já foi derrotada em assembleias diversas vezes, e a maior parte dos ativistas nas passeatas e nos piquetes vem da Caixa.
Nas eleições para a APCEF é onde a oposição mais se aproxima de vencer a chapa 1 (amiga dos banqueiros), apesar da constante manipulação e recorrentes fraudes do PT.
Recuperar a APCEF para a luta, seria uma alavanca e tanto para podermos impulsionar a luta e retomar o próprio Sindicato em SP para os trabalhadores.
Num momento em que o oposição em SP conseguiu construir uma chapa unificada para o Sindicato, a unidade classista  da oposição na APCEF deveria ser um desdobramento natural.
A divisão da oposição em duas chapas, por esse motivo, é um resultado a se lamentar.
Nós que compomos a chapa 3 estamos convencidos a apresentar à categoria uma proposta de chapa coerente para levar adiante a unidade real que foi possível construir especialmente na atuação da oposição na última greve.
Para nós era evidente que uma unidade desse tipo deve partir das tarefas e exigências impostas pela própria realidade. Assim como os trabalhadores saem em greve como resposta às condições a que são submetidos (e não pelo desejo inato de ser grevistas), do mesmo modo a defesa dos lutadores se impões como uma tarefa central pelo próprio fato dos ataques patronais à organização da nossa classe, e a nosso direito de resistir e lutar.
O próprio Avante Bancários, que assina esta nota, não caiu do céu, nem foi fruto de qualquer acordo prévio entre os ativistas e correntes que o integram hoje. Pelo contrário, o que nos uniu foi a necessidade de unir todas as forças da oposição em torno da luta contra a demissão do companheiro Messias no ano passado - um ataque que, na Caixa, só encontraria precedente há cerca de vinte anos. 
Para os trabalhadores da Caixa, a resposta mais contundente à direção da empresa seria mostrar que não só conseguimos cerrar fileiras para impedir essa demissão política de uma liderança histórica da categoria, como também nos unimos para, usando essa luta como símbolo, nos levantar em defesa de todos os bancários da base e - por que não? - de toda a população pobre que enfrenta a discriminação enraizada no modelo de empresa que a atual gestão vem impondo cada vez mais. 
Lamentamos que os companheiros do PSTU, depois de haver rompido a unidade de todos os setores de forma brusca, colocando seus interesses particulares de corrente acima das necessidades da luta e da unidade, tentem justificar essa ruptura desqualificando o companheiro Messias, que é parte do Avante, com o pretexto de que ele individualmente não esteja na chapa do Sindicato. 
Nossa chapa 3 continua afirmando a necessidade de unir toda a oposição e toda a base dos bancários da Caixa na luta contra a burocracia do PT/CUT, que é o principal freio para derrotarmos nossos verdadeiros inimigos, que são os patrões e seus governos. 
Para trazer de volta as nossas entidades para a luta dos trabalhadores, vote:
NO SINDICATO: vote CHAPA 2 - OPOSIÇÃO INDEPENDENTE
NA APCEF: vote CHAPA 3 - OPOSIÇÃO ALTERNATIVA 

Nenhum comentário:

Postar um comentário