terça-feira, 1 de abril de 2014

2º Panfleto da chapa no sindicato




GARIS 37% x 8% CONTRAF/CUT



PARA CONQUISTAR VITÓRIAS, VARRER OS PELEGOS DO NOSSO SINDICATO



Os garis do Rio de Janeiro deram um grande exemplo a todos os trabalhadores do país. Em uma greve que enfrentou a prefeitura, a grande mídia e seu próprio sindicato pelego, conquistaram 37% de reajuste (eles pediam 40%), aumento no vale refeição de R$ 12 para R$ 20 e 40% de adicional de insalubridade.



O novo valor do piso dos garis (R$ 1.100,00) maior que o piso de ingresso de um bancário de portaria, contínuo ou servente (R$ 1.048,91) e bem próximo do piso de um escriturário ou caixa (R$ 1.503,32). Se considerarmos os 40% de insalubridade, o piso dos garis (R$ 1.540,00) supera os pisos de ingresso da categoria bancária. Se falarmos, então, dos trabalhadores terceirizados que prestam serviço de limpeza para os bancos e que não são considerados bancários, a disparidade é muito maior.



Os bancários fazem greve, todos os anos, desde 2003 e têm enfrentado dificuldades semelhantes às dos garis. O roteiro é sempre o mesmo, assim como o resultado: um aumento de 1 a 1,5% acima da inflação. Para a atual diretoria do Sindicato, isso é uma grande vitória. Mas para os bancários a vida está cada vez mais difícil: a média salarial está caindo e as condições de trabalho são cada vez piores.



Os bancários precisam seguir o exemplo dos garis. A única forma de obter conquistas significativas é apostando na mobilização da categoria, coisa que o pessoal da Chapa 1 não faz. Isso acontece porque eles são parceiros dos bancos e não dos bancários. É preciso mudar, é possível vencer: para isso, precisamos de muita mobilização e de uma nova direção para o nosso sindicato.






ACABAR COM A DITADURA NOS BANCOS PRIVADOS



A chapa 1 fica fazendo propaganda que tem gente de todos os bancos na sua composição. Mas não explica para os bancários por que os colegas dos bancos privados não podem estar na Chapa 2, de Oposição.



No interior dos bancos privados, vivemos uma verdadeira ditadura. Para a chapa 1 é fácil – além de ser amiga dos banqueiros, ela é composta por diretores liberados e com estabilidade, que há anos não sabem o que é trabalhar num banco. Mas o bancário que expressa sua simpatia pela oposição ou faz críticas ao banco, tem que enfrentar o medo de perder seu emprego.



Por isso a chapa de oposição não tem colegas de bancos privados no seu interior. Para enfrentar esta questão, nosso compromisso, caso sejamos eleitos, é realizar uma assembleia depois de 30 dias da posse compondo metade da diretoria com colegas de bancos privados.



Ao contrário da chapa 1, que está muito feliz com a situação atual, nós da chapa 2 lutaremos por estabilidade no emprego e pela garantia de delegados sindicais nos bancos privados, como já existe hoje nos bancos públicos, para que todos os bancários tenham a liberdade de expressar suas opiniões sem colocar em risco seus empregos.






BRADESCO, ITAÚ, SANTANDER E HSBC: CAMPEÕES DO ASSÉDIO MORAL E PRESSÃO POR METAS






A CHAPA 1 – AMIGA DOS BANQUEIROS – É CÚMPLICE DESSA SITUAÇÃO






Quem trabalha no dia a dia está cansado de saber: os mesmos bancos que fazem campanha na TV sobre qualidade de vida, são os que massacram os trabalhadores com uma pressão cada vez maior. Nas agências e departamentos, o capitalismo selvagem impera. Trabalhadores consumidos pela quantidade diária de serviço, por chefias que são cobradas e cobram de forma inescrupulosa.



O que importa é apenas manter os recordes de lucros, sem se importar com o ser humano, que é tratado como uma peça de engrenagem.



Com o Sindicato que temos hoje, que é amigo do Bradesco, do Itaú e cia., os bancos deitam e rolam.



Todo ano muita gente é demitida, e quem ficou tem que se virar para dar conta do recado, do contrário entra na próxima lista dos que vão pra rua.



Resultado: não tem intervalo, a chefia grita o tempo todo e chama a atenção dos funcionários na frente de todo mundo. O estresse e a pressão empurram o pessoal pro “tarja preta”, e pro INSS...



Com o pessoal da Chapa 1 – a chapa parceira dos banqueiros - esse quadro não tem como mudar. Eles são amigos dos patrões e comemoram junto com eles os lucros que são obtidos à custa da nossa saúde e nosso suor.



Já passou a hora de darmos um basta nessa situação. Vote na Chapa 2 – a chapa independente do governo e dos banqueiros - para lutar seriamente pelo fim das metas e do assédio moral.









ESTABILIDADE NO EMPREGA SE CONQUISTA NA LUTA





Todos os anos, no final da campanha salarial, a direção do sindicato diz que o acordo é uma vitória, que o aumento é o que foi possível conquistar, que a luta chegou ao seu limite, etc. Mas na verdade nem sequer começamos a lutar como seria necessário. Para que haja uma luta real contra os bancos, por melhores salários e condições de trabalho, é preciso que haja antes uma outra luta: pela estabilidade no emprego. Este ponto deveria ser um dos principais pontos de pauta em todas as campanhas salariais. A garantia de que não haverá demissões é essencial para que, em cada local de trabalho, os bancários possam organizar uma luta séria contra o assédio moral, o excesso de serviço, etc., e para que tenhamos campanhas salariais que realmente enfrentem os bancos. Como não quer lutar de fato contra os bancos, a chapa 1 esconde a questão da estabilidade para debaixo do tapete. O resultado é que as demissões continuam (em 2013 Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e Banco do Brasil demitiram pelo menos 23.500 trabalhadores no país). A direção do sindicato, que agora é a chapa 1, não organizou nem a luta para barrar as demissões, nem para reintegrar os demitidos. Com isso, continuam as ameaças todos os dias. O principal argumento dos gestores para impor as metas e sobrecarga de serviço é a ameaça de demissão, explícita ou implícita. A greve dos garis no Rio conseguiu não apenas o aumento, mas a garantia de que ninguém será demitido. Prova de que com organização e luta é possível sim conquistar vitórias verdadeiras.







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