GARIS 37% x 8%
CONTRAF/CUT
PARA CONQUISTAR
VITÓRIAS, VARRER OS PELEGOS DO NOSSO SINDICATO
Os garis do Rio de
Janeiro deram um grande exemplo a todos os trabalhadores do país. Em
uma greve que enfrentou a prefeitura, a grande mídia e seu próprio
sindicato pelego, conquistaram 37% de reajuste (eles pediam 40%),
aumento no vale refeição de R$ 12 para R$ 20 e 40% de adicional de
insalubridade.
O novo valor do piso
dos garis (R$ 1.100,00) maior que o piso de ingresso de um bancário
de portaria, contínuo ou servente (R$ 1.048,91) e bem próximo do
piso de um escriturário ou caixa (R$ 1.503,32). Se considerarmos os
40% de insalubridade, o piso dos garis (R$ 1.540,00) supera os pisos
de ingresso da categoria bancária. Se falarmos, então, dos
trabalhadores terceirizados que prestam serviço de limpeza para os
bancos e que não são considerados bancários, a disparidade é
muito maior.
Os bancários fazem
greve, todos os anos, desde 2003 e têm enfrentado dificuldades
semelhantes às dos garis. O roteiro é sempre o mesmo, assim como o
resultado: um aumento de 1 a 1,5% acima da inflação. Para a atual
diretoria do Sindicato, isso é uma grande vitória. Mas para os
bancários a vida está cada vez mais difícil: a média salarial
está caindo e as condições de trabalho são cada vez piores.
Os bancários precisam
seguir o exemplo dos garis. A única forma de obter conquistas
significativas é apostando na mobilização da categoria, coisa que
o pessoal da Chapa 1 não faz. Isso acontece porque eles são
parceiros dos bancos e não dos bancários. É preciso mudar, é
possível vencer: para isso, precisamos de muita mobilização e de
uma nova direção para o nosso sindicato.
ACABAR COM A DITADURA
NOS BANCOS PRIVADOS
A chapa 1 fica fazendo
propaganda que tem gente de todos os bancos na sua composição. Mas
não explica para os bancários por que os colegas dos bancos
privados não podem estar na Chapa 2, de Oposição.
No interior dos bancos
privados, vivemos uma verdadeira ditadura. Para a chapa 1 é fácil –
além de ser amiga dos banqueiros, ela é composta por diretores
liberados e com estabilidade, que há anos não sabem o que é
trabalhar num banco. Mas o bancário que expressa sua simpatia pela
oposição ou faz críticas ao banco, tem que enfrentar o medo de
perder seu emprego.
Por isso a chapa de
oposição não tem colegas de bancos privados no seu interior. Para
enfrentar esta questão, nosso compromisso, caso sejamos eleitos, é
realizar uma assembleia depois de 30 dias da posse compondo metade da
diretoria com colegas de bancos privados.
Ao contrário da chapa
1, que está muito feliz com a situação atual, nós da chapa 2
lutaremos por estabilidade no emprego e pela garantia de delegados
sindicais nos bancos privados, como já existe hoje nos bancos
públicos, para que todos os bancários tenham a liberdade de
expressar suas opiniões sem colocar em risco seus empregos.
BRADESCO, ITAÚ,
SANTANDER E HSBC: CAMPEÕES DO ASSÉDIO MORAL E PRESSÃO POR METAS
A CHAPA 1 – AMIGA DOS
BANQUEIROS – É CÚMPLICE DESSA SITUAÇÃO
Quem trabalha no dia a
dia está cansado de saber: os mesmos bancos que fazem campanha na TV
sobre qualidade de vida, são os que massacram os trabalhadores com
uma pressão cada vez maior. Nas agências e departamentos, o
capitalismo selvagem impera. Trabalhadores consumidos pela quantidade
diária de serviço, por chefias que são cobradas e cobram de forma
inescrupulosa.
O que importa é apenas
manter os recordes de lucros, sem se importar com o ser humano, que é
tratado como uma peça de engrenagem.
Com o Sindicato que
temos hoje, que é amigo do Bradesco, do Itaú e cia., os bancos
deitam e rolam.
Todo ano muita gente é
demitida, e quem ficou tem que se virar para dar conta do recado, do
contrário entra na próxima lista dos que vão pra rua.
Resultado: não tem
intervalo, a chefia grita o tempo todo e chama a atenção dos
funcionários na frente de todo mundo. O estresse e a pressão
empurram o pessoal pro “tarja preta”, e pro INSS...
Com o pessoal da Chapa
1 – a chapa parceira dos banqueiros - esse quadro não tem como
mudar. Eles são amigos dos patrões e comemoram junto com eles os
lucros que são obtidos à custa da nossa saúde e nosso suor.
Já passou a hora de
darmos um basta nessa situação. Vote na Chapa 2 – a chapa
independente do governo e dos banqueiros - para lutar seriamente pelo
fim das metas e do assédio moral.
ESTABILIDADE NO EMPREGA
SE CONQUISTA NA LUTA
Todos os anos, no
final da campanha salarial, a direção do sindicato diz que o acordo
é uma vitória, que o aumento é o que foi possível conquistar, que
a luta chegou ao seu limite, etc. Mas na verdade nem sequer começamos
a lutar como seria necessário. Para que haja uma luta real contra os
bancos, por melhores salários e condições de trabalho, é preciso
que haja antes uma outra luta: pela estabilidade no emprego. Este
ponto deveria ser um dos principais pontos de pauta em todas as
campanhas salariais. A garantia de que não haverá demissões é
essencial para que, em cada local de trabalho, os bancários possam
organizar uma luta séria contra o assédio moral, o excesso de
serviço, etc., e para que tenhamos campanhas salariais que realmente
enfrentem os bancos. Como não quer lutar de fato contra os bancos, a
chapa 1 esconde a questão da estabilidade para debaixo do tapete. O
resultado é que as demissões continuam (em 2013 Bradesco, Itaú,
Santander, HSBC e Banco do Brasil demitiram pelo menos 23.500
trabalhadores no país). A direção do sindicato, que agora é a
chapa 1, não organizou nem a luta para barrar as demissões, nem
para reintegrar os demitidos. Com isso, continuam as ameaças todos
os dias. O principal argumento dos gestores para impor as metas e
sobrecarga de serviço é a ameaça de demissão, explícita ou
implícita. A greve dos garis no Rio conseguiu não apenas o aumento,
mas a garantia de que ninguém será demitido. Prova de que com
organização e luta é possível sim conquistar vitórias
verdadeiras.
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