É
hora de sermos protagonistas!
As
manifestações de rua, que já mobilizaram milhões de pessoas em
todo o país, abriram uma nova etapa na vida política nacional. São
inúmeras as vozes das ruas, expressando um claro anseio geral por
melhores condições de vida. O inesperado protesto da juventude
ganhou tamanha proporção que reverteu o que parecia impossível.
Era uma pequena demanda, a redução das tarifas de transporte, que
no entanto teve que se chocar contra a arrogância e a repressão
conjunta dos governos municipal (PT) e estadual (PSDB).
Os
trabalhadores têm agora que entrar em cena enquanto classe, força
social organizada. O momento é propício, e temos que sair à luta
para levantar bem alto as nossas próprias reivindicações. Ao mesmo
tempo, as diversas demandas sociais vitais que foram levantadas pela
população nas passeatas, e que também são as nossas – saúde,
educação e transporte de qualidade, entre tantas outras –,
precisam encontrar na classe trabalhadora organizada o ponto de apoio
para derrotar os grandes interesses econômicos que governam o país
e perpetuam as misérias cotidianas de milhões.
Nós
bancários somos também parte da classe trabalhadora e temos uma
série de motivos próprios para entrar na luta. Por isso, exigimos
que a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região marque uma assembleia para o dia 10 de julho, para deliberar
sobre paralisação no dia 11. Somente por meio da greve podemos
demonstrar também a nossa insatisfação!
ASSEMBLEIA
DIA 10 PARA PREPARAR UMA GREVE DE VERDADE EM 11/07 NÃO AO DESVIO DA
LUTA!
O
grito de indignação que ecoou nas ruas não pode ser desviado agora
para defender interesses governistas e patronais.
As
grandes Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT e congêneres)
atuaram num primeiro momento para que as mobilizações massivas da
juventude não confluíssem com os métodos de luta dos
trabalhadores. Agora, pela própria força do movimento, se viram
obrigadas a chamar um dia nacional de luta em 11/07.
Se
depender dessas direções, teremos uma manifestação que não
estará à altura de expressar a verdadeira força dos métodos de
classe dos trabalhadores. Pior ainda, essas Centrais pró-patronais e
governistas irão buscar desvirtuar as nossas reivindicações em
prol de seus próprios interesses. Não podemos deixar que CUT e CTB
transformem o dia 11 num ato de apoio ao governo ou de propostas como
a do “plebiscito pela reforma política” defendida por Dilma para
conter as mobilizações; e nem que a Força Sindical faça demagogia
para tentar fortalecer as falsas alternativas de oposição de
direita.
Os
últimos acontecimentos deram uma lição valiosa da força da
mobilização independente nas ruas. Depende da luta e da organização
dos trabalhadores a partir das bases para que se realizem as grandes
mudanças e transformações sociais.
Hoje
praticamente metade do orçamento vai para o pagamento da dívida,
outra parte muito grande vai para incentivos às grandes empresas,
sem falar da exorbitância dos gastos com a Copa, e tudo o mais que é
desviado para a corrupção. Para termos saúde, educação e
transporte, públicos, gratuitos e de qualidade (no “padrão FIFA”,
como disseram muitos manifestantes!), temos que lutar:
-
Pelo não pagamento da dívida pública aos banqueiros e
especuladores!
-
Salário mínimo que atenda as necessidades de uma família
trabalhadora!
Até
o DIEESE que é um órgão pro-patronal estabelece o valor de R$
2.870,00. Que o valor seja calculado por organizações dos
trabalhadores
-
Estatização do transporte sob o controle dos trabalhadores e
usuários!
Sem
a estatização os milhões continuarão indo para o bolso das máfias
do transporte. E quem melhor do que os trabalhadores dos transportes
e usuários para determinar as rotas e a racionalidade dos sistemas.
-
Estatização do sistema financeiro, do petróleo e demais recursos
naturais sob o controle dos trabalhadores!
-
Reposição total das perdas por categoria e gatilho salarial!
Que
os salários sejam reajustados automaticamente conforme a inflação.
Material
tirado em reunião plenária da oposição bancária, realizada em
29/06, reunindo bancários independentes e os coletivos “Bancários
de Base”, “Uma Classe” e “Avesso”.
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