QUE
TIPO DE CAMPANHA SALARIAL PRECISAMOS?
Há
anos acumulamos derrotas nas campanhas, porque...
*
metade da categoria já de saída não participa da campanha, porque
não há organização nos bancos privados, por omissão dos
sindicatos dirigidos pela CUT;
*
a pauta de reivindicações é definida pelos dirigentes da
Contraf-CUT, em Congressos em que os trabalhadores que estão no dia
a dia dos departamentos e agências não participam, e essa pauta já
vem rebaixada, pedindo pouco para aceitar menos ainda;
* não há reuniões de
delegados sindicais, plenárias, assembleias preparatórias, para
envolver a base na campanha;
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não entram na pauta as reivindicações históricas, como reposição
de perdas, isonomia, jornada de 6h, etc.;
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também não entram na pauta os pontos que realmente afetam o dia a
dia dos bancários: metas, assédio moral, adoecimento, que têm a
ver com a gestão privatista que vem sendo aplicada nos bancos
públicos;
*
a maioria dos grevistas não participa realmente da greve, das
assembleias, dos piquetes, etc.;
*
para encerrar a greve, com uma proposta rebaixada e sem discutir
vários pontos vitais para os trabalhadores, o sindicato e os bancos
chamam os gerentes para aprovar o acordo;
*
depois da greve somos forçados a compensar as horas, porque o
sindicato é conivente com a punição dos grevistas.
*
não há atividades, reuniões, que mantenham a organização dos
trabalhadores ao longo do ano, o que faz com que cheguemos
enfraquecidos na campanha seguinte, e assim sucessivamente.
Diante
de todos esses problemas, cada vez mais os bancários deixam de
participar da greve. Muitos até aderem e deixam de trabalhar, mas
não participam realmente, não se envolvem nas atividades de greve.
Aderem porque não suportam o dia a dia de cobranças, pressão e
excesso de trabalho nas agências e departamentos. Mas
o fato é que mesmo os grevistas já não acreditam mais na greve
como um meio de obter conquistas!
Isso porque todos já não acreditam mais na direção do sindicato e
da CUT! E com razão, já que são muitos e muitos anos de traições.
Diante
disso o que fazer?
Entendemos
que, apesar da direção do sindicato, precisamos seguir lutando! Os
banqueiros e governos não nos dão outra opção. Todos os dias são
ataques, desmandos, abusos, cobranças, pressão, perseguição.
Cada vez mais bancários sofrem adoecimento físico e psicológico no
trabalho, dependem de remédios tarja preta, vêem suas vidas
pessoais e familiares destruídas. A questão é: como lutar contra
essa realidade? Como fazer uma campanha diferente? Somente com
participação coletiva podemos ter alguma força. Chamamos os demais
colegas bancários para discutir coletivamente saídas para essa
situação!
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