sábado, 29 de junho de 2013

Plenária dia 29 de junho de 2013

Texto do panfleto de convocatória da plenária de 29 de junho


QUE TIPO DE CAMPANHA SALARIAL PRECISAMOS?



Há anos acumulamos derrotas nas campanhas, porque...


* metade da categoria já de saída não participa da campanha, porque não há organização nos bancos privados, por omissão dos sindicatos dirigidos pela CUT;

* a pauta de reivindicações é definida pelos dirigentes da Contraf-CUT, em Congressos em que os trabalhadores que estão no dia a dia dos departamentos e agências não participam, e essa pauta já vem rebaixada, pedindo pouco para aceitar menos ainda;

* não há reuniões de delegados sindicais, plenárias, assembleias preparatórias, para envolver a base na campanha;

* não entram na pauta as reivindicações históricas, como reposição de perdas, isonomia, jornada de 6h, etc.;

* também não entram na pauta os pontos que realmente afetam o dia a dia dos bancários: metas, assédio moral, adoecimento, que têm a ver com a gestão privatista que vem sendo aplicada nos bancos públicos;

* a maioria dos grevistas não participa realmente da greve, das assembleias, dos piquetes, etc.;

* para encerrar a greve, com uma proposta rebaixada e sem discutir vários pontos vitais para os trabalhadores, o sindicato e os bancos chamam os gerentes para aprovar o acordo;

* depois da greve somos forçados a compensar as horas, porque o sindicato é conivente com a punição dos grevistas.

* não há atividades, reuniões, que mantenham a organização dos trabalhadores ao longo do ano, o que faz com que cheguemos enfraquecidos na campanha seguinte, e assim sucessivamente.



Diante de todos esses problemas, cada vez mais os bancários deixam de participar da greve. Muitos até aderem e deixam de trabalhar, mas não participam realmente, não se envolvem nas atividades de greve. Aderem porque não suportam o dia a dia de cobranças, pressão e excesso de trabalho nas agências e departamentos. Mas o fato é que mesmo os grevistas já não acreditam mais na greve como um meio de obter conquistas! Isso porque todos já não acreditam mais na direção do sindicato e da CUT! E com razão, já que são muitos e muitos anos de traições.



Diante disso o que fazer?



Entendemos que, apesar da direção do sindicato, precisamos seguir lutando! Os banqueiros e governos não nos dão outra opção. Todos os dias são ataques, desmandos, abusos, cobranças, pressão, perseguição. Cada vez mais bancários sofrem adoecimento físico e psicológico no trabalho, dependem de remédios tarja preta, vêem suas vidas pessoais e familiares destruídas. A questão é: como lutar contra essa realidade? Como fazer uma campanha diferente? Somente com participação coletiva podemos ter alguma força. Chamamos os demais colegas bancários para discutir coletivamente saídas para essa situação!

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