Nota conjunta dos coletivos de Oposição de São Paulo sobre o dia de protesto contra a compensação das horas de greve
Dia 22/11: todos vestidos de Preto!
O BB e a CEF, a cada dia dserespeitam mais os seus funcionários com o ritmo alucinante de trabalho, a pressão por metas, o não respeito ao direito de greve, a perseguição aos ativistas, o desrespeito à jornada de seis horas e o descomissionamento arbitrários.
1- O BB e a CEF pressionam em graus diferentes os funcionários, assediam, exiginado a compensação dos dias de greve, em um claro despeito a este direito. No BB chegaram a cancelar férias de funcionários e foram divulgados comunicados, da DIREF e de alguns gestores, como do Paulo Canderolo ameaçando os funcionários com “punições administrativas”. Tais ameaças não têm nenhum amparo nem na lei, nem nos acordos coletivos da categoria e constituindo claros descumprimentos a legislação.Tanto é assim, que o sindicato de Brasília obteve, através de liminar, a garantia das férias dos funcionários.
2- A Caixa continua expandindo serviços sem aumento do número de funcionários. Isso tem levado a um aumento do assédio moral e das terceirizações. O BB, por sua vez, congelou a contratação de novos funcionários até o final do ano, afirmando que, apesar do lucro, tem que cortar gastos.
3-O Banco do Brasil despeita o direito da categoria bancária trabalhar seis horas. A intenção do banco é implementar a jornada de seis horas com redução de salário e sem garantir o valores devidos nos últimos cinco anos, até janeiro do próximo ano. O banco chega ao ponto de descomissionar funcionários que ganham ação de seis horas na justiça, em mais um desrespeito à constituição que garante o direito de todo cidadão de recorrerem à justiça em busca de seus direitos.
4-Tanto a CEF, como o BB, descomissionam funcionários com mais de seis meses de licença saúde. Não podemos aceitar que alguém seja penalizado por ficar doente. Os dois bancos têm utilizados as comissões como instrumento de assédio e promovido vários descomissionamentos de forma arbitrária. Por isso exigimos que haja concurso interno para comissionamento e que nenhum funcionário seja descomissionado sem inquérito administrativo. Exigimos que o sindicato de SP defenda essas posições na mesa de negociação da CEF que vai debater os critérios de descomissionamentos na empresa.
5- O BB promoveu, recentemente, novos ataques: retirou a verba do programa de aprimoramento que garantia ressarcimento para gasto com literatura, cursos ou internet; a CASSI pretende cobrar valores de co-participação que afirma terem deixado de cobrar entre 2003 à 2010. Como é possível que ousem descontar da folha de pagamentode funcionários, erros de caixa, que afirmam que não podem sequer comprovar que sejam devidos? Isso mesmo: a CASSI afirmou que não possui extratos ou comprovantes destes débtos em atraso!
6- O BB e CEF têm perseguido os ativistas para seguirem implementando esses ataques absurdos aos trabalhadores com maior facilidade, sem resistência. Em relação à CEF é importante denunciar a perseguição ao ativista Messias, que esta tendo que responder inquérito administrativo por ter militado para garantir que seus colegas aderissem à greve da categoria, fazendo piquete. No SAC do BB ao menos quatro ativistas, dois deles delegados sindicais, têm sido perseguidos duramente perseguidos pela administração.
7-Por último, não podemos nos omitir da necessidade de denunciar e resistir ao maior ataque aos direitos dos últimos tempos, não só da categoria bancária, mas de todos os trabalhadores do país: o governo federal está tentando aprovaro Acordo Especial de Trabalho (ACE). Este acordo estabelece que o negociado se sobreponha os legislado, de maneira que os direitos garantidos pela CLT possam ser retirados a qualquer momento, nas negociações entre patrões, governos e entidades representativas dos trabalhadores. Assim, como férias, licença-maternidade, jornada de trabalho e outros poderão ser reduzidos nos acordos coletivos. O mais absurdo é que está proposta partiu do SIndicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado a CUT, coisa que significa apenas uma enorme traição da burocracia sindical. Diversos setores organizados da sociedade estão se organizando para impedir esta tragédia - sem qualquer exagero.
Nós, dos vários grupos que fazem oposição ao sindicato de SP, fazemos um chamado para que todos usem roupas pretas no próximo dia 22. Vamos expressar nossa insatisfação, assim como os colegas bancários de outros estados, como Florianópolis, Brasília e Curitiba, que também estarão em protesto. Vamos evidenciar o nosso repúdio às políticas do governo e dos patrões e demonstrar que não estamos dispostos a abrir mão dos nossos direitos.
MNOB – Conlutas
Avesso – Intersindical
Bancários de Base – SP
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