VII Encontro da FNOB - Frente Nacional de Oposição Bancária - 7 e 8 de dezembro, Bauru, SP
A
Frente Nacional de Oposição Bancária – FNOB é formada por
sindicatos e oposições sindicais de várias partes do país que não
concordam com o formato das campanhas salariais. Defendemos uma
campanha em que os trabalhadores decidam tudo, desde a pauta de
reivindicações até a escolha de quem nos representa na mesa de
negociações. Por isso, somos oposição ao Comando Nacional formado
pelos burocratas da Contraf-CUT, que é comandada pelo Sindicato de
São Paulo. Lutamos para organizar os bancários desde a base e de
maneira democrática. O Encontro de Bauru é mais uma etapa dessa
caminhada.
Assim
como acontece em São Paulo, no restante do país os sindicatos
controlados pela Contraf-CUT (e parceiros como CTB, DS, CUTpode mais,
etc.) não estão presentes no dia a dia dos trabalhadores. Não
organizam nenhum tipo de resistência contra os abusos dos bancos,
não fortalecem a organização nos locais de trabalho, não reúnem
delegados sindicais e representantes de base, não abrem espaço para
que a base se manifeste sobre a pauta (em São Paulo fazem uma
pesquisa via internet para definir a pauta e maquiam os resultados),
etc. Realizam Congressos e Conferências sem trabalhadores de carne e
osso, apenas burocratas sindicais que estão há anos ou décadas
afastados dos locais de trabalho. Inventam uma pauta que não contém
as verdadeiras reivindicações, que já começa rebaixada, fazem uma
greve de fachada, aceitam um acordo ainda mais rebaixado, que contém
a compensação das horas, e ainda têm o cinismo de dizer que houve
“vitória” por conta do “aumento real”.
Somos
contra tudo isso! Defendemos uma pauta alternativa, com reposição
de perdas, isonomia, PCS, fim das metas e do assédio moral, mais
contratações, estabilidade no emprego, etc. Os sindicatos da FNOB
apresentam essa pauta todos os anos na FENABAN. Defendemos que sejam
eleitos representantes da base para a mesa de negociação.
Defendemos democracia nas assembleias para que os bancários possam
colocar suas posições. Por isso, SOMOS CONTRA OS CONGRESSOS E
CONFERÊNCIAS DA CONTRAF CUT! Para termos uma campanha vitoriosa no
ano que vem, temos que começar desde já a preparação. O Encontro
de Bauru está a serviço dessa luta!
Participantes
de outros Estados irão em transporte fretado saindo de São Paulo,
retornando no sábado dia 7. Para participar, entre em contato com:
(bancariosdebase@yahoo.com.br)
ou (https://www.facebook.com/bancariosdebasesp?ref=hl
)
UMA
NOVA SITUAÇÃO NO PAÍS! PRECISAMOS MUDAR AS DIREÇÕES SINDICAIS!
O
Brasil mudou neste ano de 2013! Depois das manifestações de junho,
a juventude trabalhadora e o conjunto da população passaram a
manifestar sua insatisfação quase diariamente. Além dos problemas
no transporte público, os manifestantes protestam por melhorias na
saúde, na educação, moradia, etc., e contra os gastos com a Copa e
a corrupção.
Não
há outro meio de mudar a realidade a não ser pela luta. Mas para
lutar é preciso organização! E as
principais organizações dos trabalhadores, os sindicatos e centrais
sindicais, brilharam por sua ausência durante as manifestações. E
isso acontece porque, apesar dos trabalhadores estarem insatisfeitos,
os dirigentes dos sindicatos e centrais sindicais não querem
desenvolver a luta. Os dirigentes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT,
etc., não querem que haja lutas porque não querem que os
trabalhadores enfrentem os governos do PT ou da oposição.
Foi
por isso que, no auge das manifestações, em junho, quando
tínhamos milhões de pessoas nas ruas, não tivemos uma greve geral
no Brasil! As manifestações são
importantes, e foram capazes de impedir o aumento das passagens e
alguas pequenas conquistas. Mas a única maneira de impor as
reivindicações dos trabalhadores é por meio das greves,
paralisando a produção e circulação de mercadorias e a prestação
de serviços. Foi assim que conseguimos todas as conquistas
históricas, como a jornada de 8 horas, férias, 13º salário, etc.
É assim que conseguiremos também saúde, educação, transporte,
moradia, etc. no “padrão FIFA”, como foi reivindicado nas
manifestações.
Mas
para isso, precisamos de outra direção nos sindicatos e centrais
sindicais! Os dirigentes dos
principais sindicatos e centrais do Brasil não representam os
interesses dos trabalhadores, mas do governo ao qual apoiam. E
independentemente de quem esteja no governo, os dirigentes dos
sindicatos e centrais estão acostumados a vender os interesses dos
trabalhadores em negociações com os patrões, em troca de
benefícios pessoais. Foi por isso que as centrais sindicais foram
rejeitadas nas manifestações: o povo percebeu que fazem parte do
sistema, ao invés de se opor a ele!
Precisamos
de um novo movimento sindical! Se no
momento das manifestações os sindicatos e centrais sindicais se
destacaram por sua ausência, nas campanhas salariais do 2º semestre
fizeram questão de impedir que o novo momento do país
“contaminasse” as greves de importantes categorias como Correios,
bancários, petroleiros, metalúrgicos, que têm data base entre
setembro e outubro. Ao invés de uma campanha unificada, com as mesas
datas de greve, assembleias unificadas, passeatas e manifestações
unificadas, piquetes unitários, uma mesa unificada para as
categorias que têm o governo federal como patrão (funcionários do
BB, CEF, Correios, Petrobrás), etc.; ao invés disso, tivemos
campanhas fragmentadas, em que cada categoria se chocou separadamente
com os patrões e o governo. Se não é para unificar as diversas
categorias enquanto uma só classe na luta contra os patrões, para
que servem as centrais sindicais?
E
tão importante quanto isso, a burocracia sindical impediu que as
reivindicações das diversas categorias ganhassem apoio da população
em geral!
Na greve dos professores do Rio de Janeiro, a população esteve a
favor dos grevistas. Por que isso não aconteceu na nossa greve? Por
que não denunciamos os lucros abusivos dos bancos, as tarifas
extorsivas, a venda casada, os juros escorchantes, a superexploração
dos bancários, a falta de funcionários, o excesso de serviço, o
assédio moral, o adoecimento, as perseguições aos que buscam se
organizar, etc.? Por que não defender a estatização do sistema
financeiro, sob controle dos trabalhadores, durante a greve?
A
resposta, já dissemos, é porque as atuais direções sindicais
estão completamente afastadas do dia a dia, dos interesses, das
condições de vida dos trabalhadores. Defendem interesses próprios
e opostos aos nossos. Por
isso, precisamos construir um novo movimento sindical! Em bancários,
isso começa com a ruptura e a denúncia da Contraf-CUT e seus
satélites!
A FNOB busca ser um instrumento para a construção dessa
alternativa, classista, antigovernista, independente, democrática e
de base! Venha nos ajudar a construir esse projeto!
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