quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Convocatória do Encontro da Frente Nacional de Oposição Bancária - FNOB, 7 e 8 de dezembro, Bauru, SP




 

VII Encontro da FNOB - Frente Nacional de Oposição Bancária - 7 e 8 de dezembro, Bauru, SP

A Frente Nacional de Oposição Bancária – FNOB é formada por sindicatos e oposições sindicais de várias partes do país que não concordam com o formato das campanhas salariais. Defendemos uma campanha em que os trabalhadores decidam tudo, desde a pauta de reivindicações até a escolha de quem nos representa na mesa de negociações. Por isso, somos oposição ao Comando Nacional formado pelos burocratas da Contraf-CUT, que é comandada pelo Sindicato de São Paulo. Lutamos para organizar os bancários desde a base e de maneira democrática. O Encontro de Bauru é mais uma etapa dessa caminhada.

Assim como acontece em São Paulo, no restante do país os sindicatos controlados pela Contraf-CUT (e parceiros como CTB, DS, CUTpode mais, etc.) não estão presentes no dia a dia dos trabalhadores. Não organizam nenhum tipo de resistência contra os abusos dos bancos, não fortalecem a organização nos locais de trabalho, não reúnem delegados sindicais e representantes de base, não abrem espaço para que a base se manifeste sobre a pauta (em São Paulo fazem uma pesquisa via internet para definir a pauta e maquiam os resultados), etc. Realizam Congressos e Conferências sem trabalhadores de carne e osso, apenas burocratas sindicais que estão há anos ou décadas afastados dos locais de trabalho. Inventam uma pauta que não contém as verdadeiras reivindicações, que já começa rebaixada, fazem uma greve de fachada, aceitam um acordo ainda mais rebaixado, que contém a compensação das horas, e ainda têm o cinismo de dizer que houve “vitória” por conta do “aumento real”.

Somos contra tudo isso! Defendemos uma pauta alternativa, com reposição de perdas, isonomia, PCS, fim das metas e do assédio moral, mais contratações, estabilidade no emprego, etc. Os sindicatos da FNOB apresentam essa pauta todos os anos na FENABAN. Defendemos que sejam eleitos representantes da base para a mesa de negociação. Defendemos democracia nas assembleias para que os bancários possam colocar suas posições. Por isso, SOMOS CONTRA OS CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS DA CONTRAF CUT! Para termos uma campanha vitoriosa no ano que vem, temos que começar desde já a preparação. O Encontro de Bauru está a serviço dessa luta!



Participantes de outros Estados irão em transporte fretado saindo de São Paulo, retornando no sábado dia 7. Para participar, entre em contato com: (bancariosdebase@yahoo.com.br) ou (https://www.facebook.com/bancariosdebasesp?ref=hl )

UMA NOVA SITUAÇÃO NO PAÍS! PRECISAMOS MUDAR AS DIREÇÕES SINDICAIS!



O Brasil mudou neste ano de 2013! Depois das manifestações de junho, a juventude trabalhadora e o conjunto da população passaram a manifestar sua insatisfação quase diariamente. Além dos problemas no transporte público, os manifestantes protestam por melhorias na saúde, na educação, moradia, etc., e contra os gastos com a Copa e a corrupção.

Não há outro meio de mudar a realidade a não ser pela luta. Mas para lutar é preciso organização! E as principais organizações dos trabalhadores, os sindicatos e centrais sindicais, brilharam por sua ausência durante as manifestações. E isso acontece porque, apesar dos trabalhadores estarem insatisfeitos, os dirigentes dos sindicatos e centrais sindicais não querem desenvolver a luta. Os dirigentes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, etc., não querem que haja lutas porque não querem que os trabalhadores enfrentem os governos do PT ou da oposição.

Foi por isso que, no auge das manifestações, em junho, quando tínhamos milhões de pessoas nas ruas, não tivemos uma greve geral no Brasil! As manifestações são importantes, e foram capazes de impedir o aumento das passagens e alguas pequenas conquistas. Mas a única maneira de impor as reivindicações dos trabalhadores é por meio das greves, paralisando a produção e circulação de mercadorias e a prestação de serviços. Foi assim que conseguimos todas as conquistas históricas, como a jornada de 8 horas, férias, 13º salário, etc. É assim que conseguiremos também saúde, educação, transporte, moradia, etc. no “padrão FIFA”, como foi reivindicado nas manifestações.

Mas para isso, precisamos de outra direção nos sindicatos e centrais sindicais! Os dirigentes dos principais sindicatos e centrais do Brasil não representam os interesses dos trabalhadores, mas do governo ao qual apoiam. E independentemente de quem esteja no governo, os dirigentes dos sindicatos e centrais estão acostumados a vender os interesses dos trabalhadores em negociações com os patrões, em troca de benefícios pessoais. Foi por isso que as centrais sindicais foram rejeitadas nas manifestações: o povo percebeu que fazem parte do sistema, ao invés de se opor a ele!

Precisamos de um novo movimento sindical! Se no momento das manifestações os sindicatos e centrais sindicais se destacaram por sua ausência, nas campanhas salariais do 2º semestre fizeram questão de impedir que o novo momento do país “contaminasse” as greves de importantes categorias como Correios, bancários, petroleiros, metalúrgicos, que têm data base entre setembro e outubro. Ao invés de uma campanha unificada, com as mesas datas de greve, assembleias unificadas, passeatas e manifestações unificadas, piquetes unitários, uma mesa unificada para as categorias que têm o governo federal como patrão (funcionários do BB, CEF, Correios, Petrobrás), etc.; ao invés disso, tivemos campanhas fragmentadas, em que cada categoria se chocou separadamente com os patrões e o governo. Se não é para unificar as diversas categorias enquanto uma só classe na luta contra os patrões, para que servem as centrais sindicais?

E tão importante quanto isso, a burocracia sindical impediu que as reivindicações das diversas categorias ganhassem apoio da população em geral! Na greve dos professores do Rio de Janeiro, a população esteve a favor dos grevistas. Por que isso não aconteceu na nossa greve? Por que não denunciamos os lucros abusivos dos bancos, as tarifas extorsivas, a venda casada, os juros escorchantes, a superexploração dos bancários, a falta de funcionários, o excesso de serviço, o assédio moral, o adoecimento, as perseguições aos que buscam se organizar, etc.? Por que não defender a estatização do sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores, durante a greve?

A resposta, já dissemos, é porque as atuais direções sindicais estão completamente afastadas do dia a dia, dos interesses, das condições de vida dos trabalhadores. Defendem interesses próprios e opostos aos nossos. Por isso, precisamos construir um novo movimento sindical! Em bancários, isso começa com a ruptura e a denúncia da Contraf-CUT e seus satélites! A FNOB busca ser um instrumento para a construção dessa alternativa, classista, antigovernista, independente, democrática e de base! Venha nos ajudar a construir esse projeto!



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