Olá amigos do Bancários de Base. Desde o início de 2016 o coletivo Bancários de Base participa junto com outros colegas da construção do jornal "Retomada", cujo link está abaixo. Por isso, nossa página na rede social do Facebook e este blog Bancários de Base não tem tido mais atualizações. Todas as nossas ações e ideias estão sendo divulgadas no "Retomada". Para nos acompanhar é só clicar no link abaixo e curtir a página.
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bancarios de base
Na primeira noite, eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam o nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada. Eduardo Alves da Costa, 1985
sábado, 5 de novembro de 2016
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Nota sobre panfletagem em São Paulo
DIRETORIA DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS IMPEDE TRABALHADORES DE FALAR! ABAIXO A DITADURA DO MICROFONE! POR UMA CAMPANHA SALARIAL DE VERDADE!
Na quinta-feira dia 03/09 nós do Avante, Bancários! e MNOB estivemos no CAT, complexo do banco Itaú no Tatuapé, para distribuir nosso boletim de chamado aos bancários para organizarmos uma campanha salarial de verdade, fazendo também uma agitação com aparelho de som. Entretanto, no mesmo local estavam presentes diretores do sindicato, com um exército de funcionários contratados, fotógrafos, fanfarra, carro de som, cartazes e panfletos, também para fazer a divulgação da campanha salarial festiva e de fantasia.
Os diretores do sindicato, ao invés de respeitar a oposição, usaram o carro de som para fazer ofensas aos militantes e tentar impedir a panfletagem no grito. Sobraram até calúnias contra o sindicato dos bancários de Bauru e região, que é dirigido por setores de oposição à CUT. Nós da oposição pedimos o direito de resposta que nos foi negado. Propusemos fazer falas alternadas, para que cada setor pudesse apresentar suas propostas para a campanha, o que também foi negado. Diante disso, não tivemos outra escolha a não ser usar também o nosso aparelho de som para tentar dialogar com os bancários.
A postura intransigente da direção do sindicato causou grande confusão e atraiu mais a atenção dos bancários e transeuntes do que se fizéssemos falas separadas.
Os dirigentes sindicais disseram que a oposição está “destruindo a entidade” por fazer acusações contra sua presidente, e que somos “oportunistas” que só aparecem em época de campanha salarial. Não podemos deixar de responder a esses ataques.
Primeiro, quem está “destruindo” o sindicato é a atual diretoria. Ao usar a entidade para os negócios do PT com o empresariado, a atual diretoria transforma o sindicato em um balção de negócios, vendendo produtos e direitos. A presidente do sindicato está sendo citada na operação Lava Jato por ter possivelmente usado o nosso sindicato para fazer a lavagem de dinheiro das propinas pagas por empreiteiros em negócios espúrios com a Petrobrás. Esse é o resultado de uma gestão que se acostumou a tratar o sindicato como um aparelho do PT, e não um instrumento de luta. Se os trabalhadores hoje acreditam menos nos partidos, sindicatos e outros instrumentos de luta coletiva, é por culpa dessa prática.
Nós da oposição queremos retomar o sindicato para as mãos dos trabalhadores e fazer dele um instrumento de luta para avançar nas conquistas.
Segundo, nós da oposição temos feito panfletagens nas concentrações mais importantes da categoria, no limite das nossas forças. E tem algo que precisa ficar claro: não somos liberados, somos trabalhadores e estamos no dia a dia das agências e departamentos, e mesmo assim estamos mais presentes em muitos lugares do que o sindicato. Oportunista é aquele que em nome dos trabalhadores vende direitos e faz do sindicato seu balcão de negócios com o patrão.
Por fim, a resposta mais importante será dada na própria campanha salarial. Não vamos aceitar os métodos autoritários da direção do sindicato, não vamos aceitar a ditadura do microfone nas assembleias, não vamos aceitar a encenação de todos os anos, não vamos aceitar mais um acordo rebaixado, não vamos aceitar gerentes e pessoas que não fazem greve na assembleia final. Vamos lutar, ao lado dos bancários, para termos uma campanha salarial de verdade, em que os trabalhadores tenham o controle da sua luta!
Bancários de Base - SP e A.S.S., construindo o Avante, Bancários!, boco de oposição.
domingo, 30 de agosto de 2015
Boletim para delegados sindicais do Banco do Brasil - Julho 2015
Aos
companheiros delegados sindicais do Banco do Brasil da base de São
Paulo, Osasco e Região. Segue um boletim eletrônico do
coletivo Avante, Bancários!, de oposição à
direção do sindicato, com algumas reflexões
sobre a campanha salarial e mais um texto sobre a situação
do país.
ORGANIZAR
UMA CAMPANHA SALARIAL DE VERDADE!
No dia
22/07/2015 aconteceu a reunião dos delegados sindicais do da
base de São Paulo, Osasco e Região. Ao invés de
uma reunião unificada, a direção do sindicato
distribuiu os representantes nas 7 regionais em que está
dividida a base. Portanto, foram na verdade 7 micro reuniões.
Logo de
cara, discordamos desse método, porque não ajuda a
preparar a campanha salarial que temos pela frente. As reuniões
por região podem e devem ser feitas, ao longo do ano, antes e
depois do período da campanha. Se não é possível
conseguir a liberação do ponto todos os meses, que se
faça a reunião nem que seja no horário na noite,
com a participação de quem for possível, mas que
haja reuniões. No período da campanha, porém, é
necessário reunir todos os delegados para fortalecer a
preparação da luta.
Ao separar
as reuniões, a direção do sindicato já
deu mostras do tipo de campanha que pretende fazer. Existe um roteiro
que vem sendo seguido todos os anos, e que se quer repetir mais uma
vez em 2015. A pauta de reivindicações será
tirada numa Conferência nos dias 31/07, 01 e 02/08, cujos
representantes foram eleitos numa assembleia “escondida” no dia
23/07. Uma assembleia da qual muitos dos próprios delegados só
tomaram conhecimento no próprio dia 22. Se os delegados
sindicais não estavam informados da realização
dessa assembleia, que é na verdade decisiva para a campanha,
que dizer então do restante da categoria? O resultado é
que somente serão eleitos para essa Conferência os
próprios dirigentes sindicais. Será uma Conferência
de cúpula e não de bancários.
Isso é
só mais uma prova de que a direção do sindicato
quer mais um campanha sem a participação dos bancários
de carne e osso, que estão no dia a dia das agências e
departamentos. Os bancários não são chamados a
discutir a pauta em assembleia, nem podem também escolher os
seus representantes na mesa de negociação (que são
escolhidos na mesma Conferência de cúpula), nem opinar
sobre o plano de lutas, o calendário de greve, a estratégia
da greve, como enfrentar os bancos e afetar de fato o seu lucro para
conseguir as reivindicações, etc.
Os
bancários não podem opinar sobre nada disso, e quando
são chamados a opinar, na assembleia que rejeita a
contraproposta patronal e deflagra a greve, também não
podem falar nessa assembleia. Comparecem apenas para levantar o
crachá e votar. Há uma ditadura do microfone, em que só
a direção do sindicato fala, e não se abre o
debate com a categoria. Isso não contribui para a educação
dos trabalhadores, que precisam aprender a avaliar e formular
propostas. Também não tem havido assembleias diárias
ao longo da greve, para que os bancários possam discutir o
movimento e decidir seus rumos. E por último, a campanha é
encerrada numa assembleia no horário da noite, com a presença
de gestores e pessoas que não fizeram greve, para aprovar uma
proposta praticamente idêntica àquela que foi rejeitada
na assembleia de deflagração da greve, com diferenças
insignificantes, defendida como “vitória” pela direção
do sindicato.
Somos
contra esse roteiro! Precisamos de uma campanha salarial de verdade!
Precisamos de uma campanha que tenha a participação dos
bancários. A campanha salarial pertence aos bancários,
e não à direção do sindicato. São
nossos salários e condições de trabalho durante
todo o próximo ano que estarão em jogo, e por isso
temos que ter o máximo espaço para dar nossa opinião.
Para isso defendemos:
-
assembleia para discutir a pauta definida na Conferência dos
dirigentes sindicais;
- plano de
luta e calendário de mobilização definido em
assembleia;
-
representantes na mesa de negociação eleitos em
assembleia e com mandato revogável;
VENHA SE
REUNIR CONOSCO!
Nós
do coletivo Avante, Bancários!, que somos oposição
à direção do sindicato, estamos convidando os
bancários a se reunir para pensarmos juntos maneiras de termos
uma campanha salarial de verdade, que corresponda às nossas
necessidades.
Essa
reunião vai acontecer no dia 18/08, à partir das 18:30,
na Rua Boa Vista 76, 11° andar, Centro. Compareça,
participe, divulgue, debata com seus colegas.
Mesmo que
não possa participar da reunião, entre em contato e
deixe os seus comentários, críticas, sugestões,
etc. Escreva para Daniel (tzitzimitl@terra.com.br)
e Thaís (asiwatchtheweatherchange@hotmail.com).
CONSTRUIR
ATRAVÉS LUTAS UMA SAÍDA INDEPENDENTE DOS TRABALHADORES
PARA A CRISE DO PAÍS
Num dos
grandes clássicos da ficção científica, o
livro “1984”, de George Orwell, os órgãos do
governo recebem nomes que são o exato oposto da sua verdadeira
função. O Ministério da Verdade é o que
inventa mentiras para enganar a população, o Ministério
do Amor é o que persegue, prende, tortura e executa os
opositores, o Ministério da Paz é o que comanda os
exércitos na guerra contra outros países. E assim por
diante. Essa técnica de inverter o sentido das palavras
recebia o nome de “duplipensar”.
No Brasil,
o governo Dilma também põe em prática o
duplipensar. O recém anunciado “Programa de Proteção
ao Emprego” está na verdade destruindo o emprego. A proposta
desse programa é rebaixar os contratos, reduzindo a jornada
com a redução dos salários, ajudando o
empresariado com o dinheiro do FAT, ou seja, dos próprios
trabalhadores. A única coisa que está sendo protegida
nesse caso é o lucro dos patrões.
O chamado
ajuste fiscal é na verdade o descalabro fiscal. O
desequilíbrio nas contas do governo não é
causado pelos gastos com os serviços necessários aos
trabalhadores, e sim com a dívida pública. Mais de 45%
do orçamento federal, ou cerca de R$ 1 trilhão por ano,
são desviados para o pagamento da dívida. Essa dívida
é uma fraude, nós trabalhadores nunca pegamos esse
dinheiro emprestado, todos os anos o governo paga uma fortuna, e ao
invés de diminuir, a dívida só faz aumentar.
Isso porque os juros da dívida são decididos por um
comitê do Banco Central, formado pelos mesmos banqueiros e
especuladores que são credores da dívida. Se a intenção
real do governo fosse fazer um ajuste fiscal, deveria começar
pelo não pagamento da dívida. Mas ao contrário,
o governo Dilma cortou as verbas dos abonos do PIS, do seguro
desemprego e das pensões por morte, retirando dinheiro dos
trabalhadores para aumentar a parte destinada aos banqueiros e
especuladores.
As
escolhas “duplipensadas” de Dilma têm a ver com o fato de
que o Partido dos Trabalhadores está na verdade a serviço
dos patrões, dos banqueiros, latifundiários,
empreiteiras, montadoras e transnacionais. Nos últimos 3
mandatos o PT garantiu lucros extraordinários para a classe
patronal, e uma ilusão de prosperidade para os trabalhadores,
que tiveram acesso ao consumo através do crédito e
endividamento, mas sem aumento real dos salários e da renda.
Esse modelo tinha fôlego curto, já que não é
possível endividar as pessoas além de um certo limite.
Agora que o endividamento chegou ao limite, o consumo diminuiu, a
economia entra em recessão, uma parte da classe patronal
começa a considerar que o PT não serve mais. Surgem as
especulações sobre o impeachment, sobre um possível
governo do PMDB ou do PSDB, etc. É justamente para provar que
ainda serve aos patrões que o PT está cada vez mais
aprofundando os ataques contra os trabalhadores, como o PPE e o
“ajuste fiscal”.
Nós
trabalhadores não podemos nos deixar enganar pelo
“duplipensar” dos partidos patronais, nem PT, nem PMDB, nem PSDB.
Nem a marcha do dia 16, nem a do dia 20!
Precisamos
construir nas lutas uma saída independente para a crise.
Precisamos unificar as lutas, as greves, as manifestações.
Precisamos inverter a lógica que governa essa sociedade. Se
existe uma crise, não fomos nós que provocamos e não
vamos pagar por ela! Ao invés de atacar os salários, os
direitos e as condições de vida dos trabalhadores, que
se ataquem os lucros! Nenhuma demissão! Redução
da jornada sem redução do salário, até
que haja emprego para todos! Nenhum direito à menos! Não
à tercerização! Não ao arrocho salarial,
mínimo do DIEESE como piso para todos! Não pagamento da
dívida pública e uso desse dinheiro para obras e
serviços sob controle dos trabalhadores! Por um governo dos
trabalhadores baseado em suas organizações de luta!
Boletim para delegados sindicais do Banco do Brasil - junho 2015
ORGANIZAR A LUTA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL
REUNIÃO DE DELEGADOS SINDICAIS – JUNHO 2015
POR REUNIÕES DELIBERATIVAS DE DELEGADOS SINDICAIS
O fórum de delegados sindicais é uma conquista da greve de 2003, que obrigou o banco a reconhecer a figura dos representantes por local de trabalho. As reuniões de delegados sindicais deveriam servir para organizar as lutas dos trabalhadores do BB, a partir de cada local de trabalho. Entretanto, a diretoria do sindicato transformou as reuniões num espaço meramente consultivo, em que as pessoas apenas trocam impressões, falam sobre o que estão vivendo nos seus locais, mas não se encaminha nada concreto. Às vezes, trazem um palestrante para falar, como se estivéssemos na escola, ou então dividem a reunião em grupos para tratar de temas diferentes, sem que haja uma garantia de que tudo que foi discutido vai ser aplicado.
Somos contra esse formato. Os delegados sindicais vivem a realidade do dia a dia dos locais de trabalho, e têm a responsabilidade de trazer as demandas dos trabalhadores que os elegeram e também levar das reuniões encaminhamentos que sejam propostas efetivas para enfrentar os problemas. Por isso defendemos:
- Reuniões com caráter deliberativo, ou seja, os delegados sindicais falam em nome dos locais que representam e as propostas que forem aprovadas em reunião devem ser executadas pela direção do sindicato;
- Reuniões periódicas mensais de delegados sindicais;
- Que os delegados sindicais tenham o direito de conduzir reuniões periódicas nos locais de trabalho sem a presença dos gestores, para tratar dos problemas de cada local, e também tenham espaço no quadro de aviso das agencias e departamentos para publicações de interesse da luta dos trabalhadores;
- Que os encaminhamentos das reuniões sejam publicados na Folha Bancaria, site e veículos de comunicação do sindicato, por uma comissão de redação eleita na reunião;
- x -
CONTRA A PROPOSTA DO BB PARA A CASSI
O Banco do Brasil apresentou recentemente aos funcionários a sua proposta para supostamente resolver o déficit da CASSI. A proposta tem dois pontos principais.
Primeiro, transfere um valor de R$ 5,8 bilhões (aprovisionado no balanço do banco para cobrir as contribuições para a CASSI nos anos futuros), para um fundo da BBDTVM, subsidiária do banco que atua no mercado de títulos e ações. Segundo, institui o “Mecanismo Extraordinário de Rateio”, que cobra dos associados, em 12 parcelas mensais, o valor necessário para repor o déficit que houver num determinado ano.
Somos contra essa proposta. Ela busca apenas eximir o banco de sua responsabilidade com a sustentação da CASSI, repassando para os trabalhadores. Se esses R$ 5,8 bilhões estão aprovisionados em balanço, certamente estão aplicados para se proteger da corrosão da inflação. Se já estão aplicados e protegidos, porque repassar a sua gestão para a BBDTVM? Isso serviria apenas para que o banco não fosse cobrado no futuro. Além disso, a CASSI se tornaria uma cliente da BBDTVM? Pagaria taxa de administração por esse fundo? Qual seria a vantagem para a CASSI? A remuneração atual do valor aprovisionado já não é suficiente? Em relação ao rateio, é uma forma indireta de aumentar a contribuição dos funcionários para a CASSI, sem dar esse nome.
Na verdade, nada disso seria necessário, se o banco pagasse a reposição das nossas perdas salariais acumuladas desde 1994, que chegam a cerca de 90%. Se esse reajuste fosse aplicado ao nosso salário, isso aumentaria proporcionalmente o volume de recursos destinados para a CASSI, tanto a parcela dos funcionários como a parcela do banco. Muitos acham que um reajuste salarial de 90% parece exagerado ou descabido. Mas ninguém acha exagerado o lucro do banco, que saltou de R$ 869 milhões em 1998 (ano da criação dos funcionários "genéricos", que ganham menos e fazem o mesmo serviço) para R$ 11 bilhões em 2014, um salto de mais de 1.200%!
Na verdade, não existe déficit da CASSI, existe um brutal arrocho sobre os trabalhadores. Além disso, precisamos destacar que o banco é na verdade o principal responsável pelo adoecimento dos funcionários, por meio do excesso de serviço, cobrança de metas, assédio moral, etc. O banco adoece os funcionários e quer que paguemos a conta!
Defendemos:
- Nenhuma medida que implique aumento da contribuição dos funcionários para a CASSI!
- Revogação da reforma estatutária de 2007, fim da co-participação, cobrança da dívida do BB para a CASSI!
- Por um plano de reposição das perdas salariais acumuladas (90%) desde o plano real!
- Isonomia entre funcionários novos, antigos e incorporados, garantindo-se o que for mais vantajoso para o trabalhador!
- Fim das metas e do assédio moral, e do modelo de banco de mercado!
- Por um Banco do Brasil efetivamente público e a serviço das necessidades dos trabalhadores!
- x -
UNIFICAR AS LUTAS E CONSTRUIR A GREVE GERAL
O Brasil vive uma situação de crise. Tudo o que vemos no universo da política, as disputas entre os partidos, os escândalos no noticiário, tudo isso tem a ver com essa crise. E nós trabalhadores temos que tomar posição e nos colocar em luta.
A crise começar pela economia. O modelo que vem sendo aplicado pelos governos do PT não está mais funcionando. Esse modelo estava baseado nas exportações de grãos e minérios, de um lado, e no consumo interno, por outro. E o consumo interno, por sua vez, estava baseado na expansão do crédito e no endividamento, não no crescimento real da renda dos trabalhadores. Agora, com a queda das exportações devido aos problemas da economia mundial, e a impossibilidade de aumentar o endividamento, não é mais possível manter o crescimento. A inflação volta a disparar e também o desemprego. A ideia de que é possível um capitalismo “bom para todos”, com lucros para os grandes empresários e ao mesmo tempo com os trabalhadores tendo acesso ao consumo, está indo por água abaixo.
O capitalismo só beneficia uma classe social, os grandes empresários, e quando estes não estão mais satisfeitos, começam a achar que o PT não é mais o melhor instrumento para garantir seus interesses. A disputa eleitoral de 2014 e as marchas pelo impeachment de Dilma ilustram isso. Mas o fato de que a classe empresarial não esteja satisfeita com o PT não significa, automaticamente, que este governo seja melhor para os trabalhadores. Ao contrário, quanto mais a classe capitalista pressiona, mais o PT cede, como acabamos de ver no dia 9/06, quando Dilma anunciou mais privatizações de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, num total de R$ 198 bilhões.
A saída para os trabalhadores não é depositar suas esperanças no PT, que já está há mais de uma década no governo (nem muito menos na oposição do PSDB ou PMDB, que já estiveram antes no governo), e há três décadas no comando dos principais instrumentos de luta dos trabalhadores, como os sindicatos e centrais sindicais, a CUT, a UNE e o próprio MST. A saída é construir uma saída independente, a partir das lutas, das greves, das manifestações, das ocupações. O maior crime do PT não são os bilhões roubados da Petrobrás e outros esquemas, mas o crime de arruinar a credibilidade da esquerda, dos sindicatos, partidos de trabalhadores, movimentos sociais, pois no imaginário coletivo consolidou-se a imagem de que essas instituições só servem para eleger seus dirigentes, como se fossem apenas trampolins para a promoção de corruptos.
Não foi para isso que os trabalhadores construíram os sindicatos, lutaram pelo direito de legalizar seus partidos, de se manifestar, de ocupar as ruas. Esses instrumentos devem estar a serviço da luta. Somente por meio da luta podemos reconstruir a unidade da classe trabalhadora. Ao lutar contra a inflação, por reposição salarial, contra a retirada de direitos, por melhores condições de trabalho, contra a dívida pública, por educação, saúde, transporte de qualidade, etc., os trabalhadores percebem que possuem os mesmos interesses, opostos aos da classe capitalista e seus representantes. Somente por meio da luta podemos combater as ideias reacionárias que avançam na sociedade.
Precisamos reconstruir a confiança nos métodos de luta coletiva e organizada. Além de nós bancários, no 2º semestre temos as campanhas de funcionários dos Correios, petroleiros, metalúrgicos. Precisamos recuperar os métodos de luta dos trabalhadores, reforçar as greves que estão em andamento, unificar as datas, as ações, as reivindicações de todos os segmentos da classe trabalhadora, preparando o terreno para construir uma greve geral. Precisamos mobilizar os trabalhadores por reivindicações que dizem respeito não apenas a uma categoria, mas a todos nós:
- Nenhuma demissão! Estabilidade no emprego! Redução da jornada sem redução dos salários, para que haja emprego para todos!
- Salário mínimo do DIEESE como piso!
- Não ao PL 4330! Fim das terceirizações, incorporação dos terceirizados com os mesmos direitos!
- Não pagamento da dívida pública, e investimento desse dinheiro em obras e serviços públicos, sob controle dos trabalhadores!
- Estatização do sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores!
BANCÁRIOS DE BASE – SP construindo o AVANTE, BANCÁRIOS https://www.facebook.com/avntbancarios, f2256251 (Daniel) e f9307288 (Thaís)
BANCO DO BRASIL
REUNIÃO DE DELEGADOS SINDICAIS – JUNHO 2015
POR REUNIÕES DELIBERATIVAS DE DELEGADOS SINDICAIS
O fórum de delegados sindicais é uma conquista da greve de 2003, que obrigou o banco a reconhecer a figura dos representantes por local de trabalho. As reuniões de delegados sindicais deveriam servir para organizar as lutas dos trabalhadores do BB, a partir de cada local de trabalho. Entretanto, a diretoria do sindicato transformou as reuniões num espaço meramente consultivo, em que as pessoas apenas trocam impressões, falam sobre o que estão vivendo nos seus locais, mas não se encaminha nada concreto. Às vezes, trazem um palestrante para falar, como se estivéssemos na escola, ou então dividem a reunião em grupos para tratar de temas diferentes, sem que haja uma garantia de que tudo que foi discutido vai ser aplicado.
Somos contra esse formato. Os delegados sindicais vivem a realidade do dia a dia dos locais de trabalho, e têm a responsabilidade de trazer as demandas dos trabalhadores que os elegeram e também levar das reuniões encaminhamentos que sejam propostas efetivas para enfrentar os problemas. Por isso defendemos:
- Reuniões com caráter deliberativo, ou seja, os delegados sindicais falam em nome dos locais que representam e as propostas que forem aprovadas em reunião devem ser executadas pela direção do sindicato;
- Reuniões periódicas mensais de delegados sindicais;
- Que os delegados sindicais tenham o direito de conduzir reuniões periódicas nos locais de trabalho sem a presença dos gestores, para tratar dos problemas de cada local, e também tenham espaço no quadro de aviso das agencias e departamentos para publicações de interesse da luta dos trabalhadores;
- Que os encaminhamentos das reuniões sejam publicados na Folha Bancaria, site e veículos de comunicação do sindicato, por uma comissão de redação eleita na reunião;
- x -
CONTRA A PROPOSTA DO BB PARA A CASSI
O Banco do Brasil apresentou recentemente aos funcionários a sua proposta para supostamente resolver o déficit da CASSI. A proposta tem dois pontos principais.
Primeiro, transfere um valor de R$ 5,8 bilhões (aprovisionado no balanço do banco para cobrir as contribuições para a CASSI nos anos futuros), para um fundo da BBDTVM, subsidiária do banco que atua no mercado de títulos e ações. Segundo, institui o “Mecanismo Extraordinário de Rateio”, que cobra dos associados, em 12 parcelas mensais, o valor necessário para repor o déficit que houver num determinado ano.
Somos contra essa proposta. Ela busca apenas eximir o banco de sua responsabilidade com a sustentação da CASSI, repassando para os trabalhadores. Se esses R$ 5,8 bilhões estão aprovisionados em balanço, certamente estão aplicados para se proteger da corrosão da inflação. Se já estão aplicados e protegidos, porque repassar a sua gestão para a BBDTVM? Isso serviria apenas para que o banco não fosse cobrado no futuro. Além disso, a CASSI se tornaria uma cliente da BBDTVM? Pagaria taxa de administração por esse fundo? Qual seria a vantagem para a CASSI? A remuneração atual do valor aprovisionado já não é suficiente? Em relação ao rateio, é uma forma indireta de aumentar a contribuição dos funcionários para a CASSI, sem dar esse nome.
Na verdade, nada disso seria necessário, se o banco pagasse a reposição das nossas perdas salariais acumuladas desde 1994, que chegam a cerca de 90%. Se esse reajuste fosse aplicado ao nosso salário, isso aumentaria proporcionalmente o volume de recursos destinados para a CASSI, tanto a parcela dos funcionários como a parcela do banco. Muitos acham que um reajuste salarial de 90% parece exagerado ou descabido. Mas ninguém acha exagerado o lucro do banco, que saltou de R$ 869 milhões em 1998 (ano da criação dos funcionários "genéricos", que ganham menos e fazem o mesmo serviço) para R$ 11 bilhões em 2014, um salto de mais de 1.200%!
Na verdade, não existe déficit da CASSI, existe um brutal arrocho sobre os trabalhadores. Além disso, precisamos destacar que o banco é na verdade o principal responsável pelo adoecimento dos funcionários, por meio do excesso de serviço, cobrança de metas, assédio moral, etc. O banco adoece os funcionários e quer que paguemos a conta!
Defendemos:
- Nenhuma medida que implique aumento da contribuição dos funcionários para a CASSI!
- Revogação da reforma estatutária de 2007, fim da co-participação, cobrança da dívida do BB para a CASSI!
- Por um plano de reposição das perdas salariais acumuladas (90%) desde o plano real!
- Isonomia entre funcionários novos, antigos e incorporados, garantindo-se o que for mais vantajoso para o trabalhador!
- Fim das metas e do assédio moral, e do modelo de banco de mercado!
- Por um Banco do Brasil efetivamente público e a serviço das necessidades dos trabalhadores!
- x -
UNIFICAR AS LUTAS E CONSTRUIR A GREVE GERAL
O Brasil vive uma situação de crise. Tudo o que vemos no universo da política, as disputas entre os partidos, os escândalos no noticiário, tudo isso tem a ver com essa crise. E nós trabalhadores temos que tomar posição e nos colocar em luta.
A crise começar pela economia. O modelo que vem sendo aplicado pelos governos do PT não está mais funcionando. Esse modelo estava baseado nas exportações de grãos e minérios, de um lado, e no consumo interno, por outro. E o consumo interno, por sua vez, estava baseado na expansão do crédito e no endividamento, não no crescimento real da renda dos trabalhadores. Agora, com a queda das exportações devido aos problemas da economia mundial, e a impossibilidade de aumentar o endividamento, não é mais possível manter o crescimento. A inflação volta a disparar e também o desemprego. A ideia de que é possível um capitalismo “bom para todos”, com lucros para os grandes empresários e ao mesmo tempo com os trabalhadores tendo acesso ao consumo, está indo por água abaixo.
O capitalismo só beneficia uma classe social, os grandes empresários, e quando estes não estão mais satisfeitos, começam a achar que o PT não é mais o melhor instrumento para garantir seus interesses. A disputa eleitoral de 2014 e as marchas pelo impeachment de Dilma ilustram isso. Mas o fato de que a classe empresarial não esteja satisfeita com o PT não significa, automaticamente, que este governo seja melhor para os trabalhadores. Ao contrário, quanto mais a classe capitalista pressiona, mais o PT cede, como acabamos de ver no dia 9/06, quando Dilma anunciou mais privatizações de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, num total de R$ 198 bilhões.
A saída para os trabalhadores não é depositar suas esperanças no PT, que já está há mais de uma década no governo (nem muito menos na oposição do PSDB ou PMDB, que já estiveram antes no governo), e há três décadas no comando dos principais instrumentos de luta dos trabalhadores, como os sindicatos e centrais sindicais, a CUT, a UNE e o próprio MST. A saída é construir uma saída independente, a partir das lutas, das greves, das manifestações, das ocupações. O maior crime do PT não são os bilhões roubados da Petrobrás e outros esquemas, mas o crime de arruinar a credibilidade da esquerda, dos sindicatos, partidos de trabalhadores, movimentos sociais, pois no imaginário coletivo consolidou-se a imagem de que essas instituições só servem para eleger seus dirigentes, como se fossem apenas trampolins para a promoção de corruptos.
Não foi para isso que os trabalhadores construíram os sindicatos, lutaram pelo direito de legalizar seus partidos, de se manifestar, de ocupar as ruas. Esses instrumentos devem estar a serviço da luta. Somente por meio da luta podemos reconstruir a unidade da classe trabalhadora. Ao lutar contra a inflação, por reposição salarial, contra a retirada de direitos, por melhores condições de trabalho, contra a dívida pública, por educação, saúde, transporte de qualidade, etc., os trabalhadores percebem que possuem os mesmos interesses, opostos aos da classe capitalista e seus representantes. Somente por meio da luta podemos combater as ideias reacionárias que avançam na sociedade.
Precisamos reconstruir a confiança nos métodos de luta coletiva e organizada. Além de nós bancários, no 2º semestre temos as campanhas de funcionários dos Correios, petroleiros, metalúrgicos. Precisamos recuperar os métodos de luta dos trabalhadores, reforçar as greves que estão em andamento, unificar as datas, as ações, as reivindicações de todos os segmentos da classe trabalhadora, preparando o terreno para construir uma greve geral. Precisamos mobilizar os trabalhadores por reivindicações que dizem respeito não apenas a uma categoria, mas a todos nós:
- Nenhuma demissão! Estabilidade no emprego! Redução da jornada sem redução dos salários, para que haja emprego para todos!
- Salário mínimo do DIEESE como piso!
- Não ao PL 4330! Fim das terceirizações, incorporação dos terceirizados com os mesmos direitos!
- Não pagamento da dívida pública, e investimento desse dinheiro em obras e serviços públicos, sob controle dos trabalhadores!
- Estatização do sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores!
BANCÁRIOS DE BASE – SP construindo o AVANTE, BANCÁRIOS https://www.facebook.com/avntbancarios, f2256251 (Daniel) e f9307288 (Thaís)
Texto de alerta contra a proposta do Banco do Brasil para a CASSI
BANCO DO
BRASIL PREPARA MAIS UM ATAQUE À CASSI
O Banco
do Brasil está enviando mensagens ao email corporativo dos
seus trabalhadores a respeito do modelo de custeio da Caixa de
Assistência dos Funcionários – CASSI. Já foram
duas mensagens para “abrir o debate” e apresentar o problema.
Segundo o BB, o custeio da CASSI está se tornando inviável,
já que a contribuição dos funcionários
não é suficiente para cobrir os custos dos tratamentos
de saúde, uma área que vive constantes inovações
e portanto constante aumento de preços. Atualmente, a CASSI é
sustentada por contribuições equivalentes a 3% do
salário pagos pelos funcionários, mais 3% pagos pelo BB
(lembrando que até 1998 o BB contribuía com 4,5% do
salário).
De
acordo com a última mensagem do banco, o valor de 3% do
salário (bruto) de um escriturário estaria em R$ 66,82.
Ainda de acordo com o BB, o valor da prestação de um
plano equivalente ao do CASSI estaria em R$ 320,42 no mercado,
considerando-se um plano individual, sem dependentes. Segundo o BB,
há o “agravante” de que muitos funcionários incluem
seus familiares como dependentes, mas continuam pagando os mesmos R$
66,82, quando na verdade o valor cobrado “deveria” ser muito
maior do que os R$ 320,42 do tal plano de mercado.
Esses
números são apresentados de forma a dar a entender que
não há outra solução a não ser
aumentar, e muito, o valor atualmente pago pelos funcionários,
e/ou incluir uma contribuição adicional por dependente,
etc. Ao mesmo tempo, a mensagem se omite sobre a disposição
do BB para aumentar também a sua contribuição na
mesma proporção (ou retomar os 4,5% de contribuição
anteriores). E se omite também sobre o principal, que é
o fato de que uma das principais causas de adoecimento dos
funcionários são as próprias condições
de trabalho dentro do banco: excesso de serviço, cobrança
de metas, assédio moral permanente. O BB adoece seus
funcionários e agora quer que paguemos a conta.
A
conclusão lógica das mensagens do BB é de que
será preciso fazer mais uma mudança na forma de custeio
da CASSI. A mudança anterior aconteceu em 2007, como parte de
um pacote de reestruturação geral do banco (que incluiu
o fechamento de departamentos, aposentadoria antecipada de milhares
de funcionários, redução do número de
caixas, fim do pagamento das substituições), quando
houve a reforma estatutária da CASSI, que foi aprovada em
plebiscito com os associados (depois de 4 votações
pois, a proposta foi rechaçada pelos funcionários nas
primeiras). Na ocasião, tanto o BB quanto a direção
majoritária do movimento sindical, a CONTRAF-CUT, fizeram uma
campanha terrorista pela aprovação da reforma, dizendo
que sem ela a CASSI deixaria de existir. A reforma estatutária
instituiu a co-participação dos funcionários em
consultas, exames e tratamentos (ou seja, já existe uma
cobrança mais ou menos proporcional ao uso do plano) e perdoou
a dívida de cerca de R$ 500 milhões do BB com a CASSI
naquele momento, com o compromisso de que o banco investiria R$ 300
milhões em serviços próprios, o que nunca
aconteceu.
O
argumento de que sem a reforma estatutária e a co-participação
a CASSI iria quebrar se provou falso, já que os problemas
continuam, como o BB acaba de admitir nessas mensagens. A solução,
do ponto de vista do BB, como dissemos, deve ser aumentar ainda mais
a contribuição dos funcionários, e para isso
podemos ser chamados a votar a qualquer momento em mais uma reforma
estatutária, ou coisa parecida. Mas para não cairmos em
mais essa armadilha, é preciso colocar as coisas nos devidos
lugares, recuperando a história das nossas perdas acumuladas.
Os
salários dos funcionários do BB estão defasados
em 90% em relação a julho de 1994, data de implantação
do plano real. Além disso, os funcionários contratados
após 1998, que hoje são a grande maioria, deixaram de
ter direito a vários benefícios dos funcionários
antigos, como os anuênios, licença-prêmio, etc.
Convenientemente, tanto o BB quanto a CONTRAF-CUT esquecem as nossas
perdas salariais acumuladas e os demais benefícios, que não
são discutidos nas campanhas salariais. Muitos consideram que
a reivindicação de 90% de reajuste é exagerada
ou descabida, mas não acham exagerado que o lucro do BB tenha
saltado de R$ 869 milhões em 1998 para R$ 11,2 bilhões
em 2014, um salto de mais de 1.200%.
Por
conta desse “esquecimento” da nossa pauta de reivindicações
históricas, chegamos a essa situação na CASSI.
Se aplicarmos a volta da contribuição do BB de 4,5%
sobre o salário, o total da contribuição do
funcionário (os atuais R$ 66,82) + a do BB saltaria para R$
167,05. E se aplicarmos sobre esse valor o reajuste de 90%,
equivalente às perdas acumuladas, teremos um total de R$
317,84 por funcionário. Praticamente o mesmo que os R$ 320,42
do tal plano de mercado apresentado pelo BB.
A
conclusão é: não existe problema de custeio da
CASSI, existe um brutal arrocho salarial sobre os funcionários.
Esse arrocho salarial é convenientemente “esquecido” pela
direção majoritária do movimento sindical, a
CONTRAF-CUT, que assim ajuda o BB a aplicar o arrocho contra os seus
trabalhadores. Temos que estar alertas, divulgar essas informações
e construir pela base, em cada agência e departamento, um
movimento contra mais um ataque do BB. Defendemos:
-
Nenhuma medida que implique aumento da contribuição dos
funcionários para a CASSI!
-
Revogação da reforma estatutária de 2007, fim da
co-participação, cobrança da dívida do BB
para a CASSI!
- Por um
plano de reposição das perdas salariais acumuladas
(90%) desde o plano real!
-
Isonomia entre funcionários novos, antigos e incorporados,
garantindo-se o que for mais vantajoso para o trabalhador!
- Fim
das metas e do assédio moral, e do modelo de banco de mercado!
- Por um
Banco do Brasil efetivamente público e a serviço das
necessidades dos trabalhadores!
Boletim para o dia nacional de luta contra a terceirização em 29 de maio 2015
ORGANIZAR
A PARALISAÇÃO DIA 29/05 CONTRA O PL 4330 DA
TERCEIRIZAÇÃO!
O Brasil
vive hoje uma intensa disputa entre dois blocos, um liderado pelo PT,
que controla o governo federal, e outro liderado pelo PSDB, que
controla alguns dos principais estados. Nessa disputa esses partidos
usam as mesmas armas:
1ª)
Tentam mostrar que são capazes de garantir os lucros dos
grandes empresários, que de fato mandam no país, os
bancos, latifundiários, empreiteiras, montadoras,
transnacionais. Nunca na história desses país os
grandes empresários lucraram tanto como nos governos de Lula e
Dilma. E ainda vem mais pela frente, pois Dilma acaba de anunciar
mais privatizações em estradas, portos, aeroportos,
etc. O PSDB não fica atrás, e privatizou a Sabesp,
conseguindo lucros bilionários para os acionistas e falta
d'água para a população.
2ª)
Atacam os trabalhadores, como faz o PT com as Medidas Provisórias
664 e 665, que cortam os abonos do PIS, as pensões por morte e
o seguro desemprego, para economizar dinheiro para pagar a chamada
“dívida pública”, uma dívida fraudulenta,
que já foi paga várias vezes e nunca para de aumentar.
E o PSDB, por sua vez, não atende as reivindicações
dos professores, que lutam em vários estados contra o arrocho
salarial, as péssimas condições de trabalho,
superlotação das salas de aula, fim das suas
aposentadorias, etc.
3ª)
Expõem a corrupção um do outro, como os casos de
propinas pagas na Petrobrás (Operação Lava a
Jato) e o cartel dos fornecedores da CPTM e Metrô de São
Paulo.
NOSSOS
EMPREGOS, SALÁRIOS E DIREITOS ESTÃO EM RISCO!
Enquanto
esses dois blocos lutam entre si, o PMDB de Michel Temer, Eduardo
Cunha e Renan Calheiros faz o serviço sujo e garantiu a
aprovação na Câmara do PL 4330, que amplia a
terceirização para qualquer área das empresas.
Se esse projeto for aprovado definitivamente (ainda vai passar por
votação no Senado e talvez nova votação
na Câmara), as empresas vão poder demitir seus
trabalhadores e recontratar em empresas terceirizadas.
O PL
4330 é o maior ataque contra os trabalhadores no país
em muitas décadas, pois praticamente acaba com a CLT, os
nossos direitos trabalhistas, em uma só canetada. Os
trabalhadores terceirizados recebem salários em média
30% menores; trabalham em média 3,4 horas a mais por semana;
sofrem 4 em cada 5 mortes em acidentes de trabalho; são
vítimas de fraudes das empresas que não recolhem FGTS,
INSS, não pagam férias, atrasam salários, etc.
BANCÁRIOS
PRECISAM SE MOBILIZAR! SINDICATO PRECISA CONVOCAR ASSEMBLEIA!
Enquanto
PT, PSDB, PMDB brigam para ver quem é mais corrupto e mais
útil aos patrões, nós trabalhadores temos que
lutar juntos, a partir de cada categoria. Exigimos da direção
do sindicato a realização de assembleia para discutir
um plano de lutas contra o PL 4330 e os demais ataques! Está
marcado um dia nacional de lutas contra o PL 4330 em 29/05 e nós
bancários temos que ser parte dessa luta. Os bancos são
as empresas que mais lucram no país e as que mais terceirizam.
Se a terceirização passar, nossos empregos, salários,
direitos, condições de trabalho podem piorar ainda
mais. Nossa categoria precisa manifestar seu repúdio a esse
ataque e precisamos de assembleia para organizar uma forte
paralisação!
RUMO À
GREVE GERAL!
Temos
que tomar medidas para buscar a unidade entre todas as categorias,
bancários, professores, metalúrgicos (que enfrentam uma
onda de demissões) petroleiros, Correios, e construir uma
greve geral!
-
Retirada do PL 4330 e toda forma de flexibilização! Fim
da Terceirização! Incorporação de todos
os terceirizados às empresas-mãe, com os mesmos
direitos! Efetivação com os mesmos direitos de todos os
temporários, estagiários e trainees!
-
Salário igual para trabalho igual! Por trabalho e salário
dignos para as mulheres, negros, negras e LGBTs!
-
Retirada da Mps 664 e 665, contra os cortes no PIS, pensões e
Seguro Desemprego!
- Chega
de desemprego! Redução da Jornada de Trabalho Sem
Redução dos Salários até que haja
empregos para todos! Estatização sem indenização
e sob controle dos trabalhadores das empresas que ameacem demitir ou
se mudar!
- Não
Pagamento da Dívida Pública e investimento desse
dinheiro nos serviços públicos sob controle dos
trabalhadores!
-
Continuar e aumentar a mobilização! Unificar as Lutas e
Construir a Greve Geral Pela Base!
Boletim para bancos privados, abril 2015
RETOMAR A
LUTA POR ESTABILIDADE
E A
ORGANIZAÇÃO NOS LOCAIS DE TRABALHO
Explicando
o que parece inexplicável
O mundo
inteiro ficou chocado com a atitude do copiloto alemão que
decidiu por fim à própria vida, levando consigo mais de
150 passageiros, jogando o avião que pilotava contra uma
montanha nos Alpes franceses.
Essa
escolha é inaceitável, mas não é
inexplicável. Para explicá-la, é preciso ir além
das aparências. Aparentemente, o copiloto era provavelmente bem
remunerado, numa profissão de prestígio, que não
teria motivos para estar insatisfeito com a própria vida.
Entretanto, a pressão que estava sofrendo, as cobranças
sociais e no trabalho eram insuportáveis.
A mesma
situação em toda parte
Ainda
que não chegue ao mesmo abismo de desespero, todo
trabalhador(a) nos dias de hoje sabe o que é essa pressão.
Em qualquer lugar do mundo e praticamente qualquer profissão,
vivemos uma situação de pressão, cobrança,
excesso serviço, assédio moral, autoritarismo dos
chefes e gerentes. O sistema capitalista mundial está num
momento em que precisa extrair cada vez mais lucro de cada
trabalhador, fazendo-o trabalhar por dois ou três.
As
consequências são o adoecimento físico e
psicológico, stress, depressão, síndrome de
burnout, relacionamentos pessoais e familiares desfeitos. Alguns
tentam disfarçar o problema por meio de medicamentos, ou mesmo
o alcoolismo, sujeitando-se ao risco da dependência química.
Enquanto os trabalhadores(as) tentam sobreviver, as empresas,
simplesmente descartam os que ficaram “imprestáveis”,
demitem impiedosamente, sem qualquer tipo de gratidão ou
reconhecimento por anos de serviços prestados, e sem
demonstrar remorso.
A
meritocracia e outros mitos
Enquanto
ainda estamos jovens, saudáveis, em condições de
produzir, as empresas usam o discurso da meritocracia, de que quem se
esforçar vai “chegar lá”, quem se dedicar será
recompensado, quem “vestir a camisa” da empresa será
reconhecido. Fazem mil promessas de promoções,
prestígio, status, para seduzir e motivar os funcionários.
Pura ilusão, que se desfaz cruelmente quando chegam os cortes
e reestruturações. Todo mundo sabe que não há
vagas para todos, e ao invés de subir, o mais provável
é descer para o inferno do desemprego. A ameaça de
demissão leva os trabalhadores(as) a viver em medo constante.
O medo é usado para nos tornar obedientes, para nos obrigar a
aceitar todo tipo de abuso, pressão, sobrecarga.
Os
bancos são os campeões de lucro no Brasil, e são
também os que mais demitem, terceirizam, rebaixam as condições
de trabalho dos seus funcionários. Por fora, nos exigem um
visual impecável, trajes finos, aparência de “sucesso”.
Por dentro, cada trabalhador(a) vive a mesma sensação
de medo, insegurança, humilhação.
Que
fazer?
Ao longo
da história os trabalhadores(as) criaram muitas formas para se
organizar e lutar contra os abusos dos patrões, como os
sindicatos e partidos. Foi graças a essas lutas que
conseguimos os direitos que ainda temos hoje, mas que estão
sempre sendo ameaçados. Só a luta muda a vida! Só
lutando coletivamente como categoria bancária e classe
trabalhadora poderemos combater os abusos dos bancos, defender nossos
direitos, melhorar nossos salários, condições de
trabalho e de vida em geral.
Como
fazer?
Na
categoria bancária, a questão fundamental é a
estabilidade no emprego. Sem estabilidade, todo trabalhador(a) que
tiver a coragem de reclamar ou de alguma forma mostrar seu
descontentamento está ameaçado de demissão. A
estabilidade deve ser o ponto de apoio para todas as demais lutas.
Muitas categorias, nas suas campanhas salariais, conseguem acordos em
que as empresas ficam proibidas de demitir por um ano ou até
mais. Temos que seguir esse exemplo. A estabilidade no emprego
deveria ser uma pauta prioritária dos bancários.
Quem
procurar?
Nosso
sindicato, que deveria lutar pela estabilidade, entre outros pontos
que nos interessam, infelizmente hoje é dirigido por um
partido, o PT, que traiu os trabalhadores e passou para o outro lado.
Um partido que colocou um diretor do Bradesco no Ministério da
Fazenda demonstra que não vai lutar contra o Bradesco e os
outros bancos. Nem o sindicato dirigido pelo PT, nem o PT no governo,
e nem o PSDB, PMDB, e outros oportunistas que representam os
interesses dos patrões, servem para defender os trabalhadores.
Temos que recomeçar do zero.
Por onde
começar?
No
passado, na época da ditadura militar, fazer greve era
proibido e os sindicatos só serviam para carimbar o que o
governo e os patrões decidiam, como acontece hoje. Naquela
época, os trabalhadores não deixaram de lutar.
Reuniram-se, fora dos locais de trabalho, sem a presença de
chefes e gerentes, e aos poucos, com paciência, foram
reconstruindo sua organização. Com o tempo se tornaram
tão fortes, todos juntos, que puderam voltar a fazer greves,
retomaram os sindicatos, derrubaram a ditadura. Hoje temos que
repetir o mesmo processo.
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conosco
Se você
concorda com o que dissemos e quer fazer alguma coisa, procure o
Avante, Bancários! (Facebook: www.facebook.com/avntbancarios).
Seu nome não será revelado, e juntos encontraremos
meios de enfrentar os problemas.
CONTRA A
TERCEIRIZAÇÃO, CONSTRUIR A GREVE GERAL!
Está
em votação no Congresso o PL 4330, que autoriza a
terceirização para qualquer área das empresas.
Se esse projeto for aprovado, as empresas vão poder demitir
seus trabalhadores e recontratar em empresas terceirizadas. Trata-se
de um gigantesco ataque contra todos os trabalhadores, pois:
- os
terceirizados recebem salários em média 30% menores;
-
trabalham em média 3,4 horas a mais por semana;
- sofrem
4 em cada 5 acidentes de trabalho;
- são
vítimas de fraudes das empresas que não recolhem FGTS,
INSS, não pagam férias, atrasam salários, etc.
O PL
4330 é só mais um dos ataques contra os trabalhadores
que estão sendo preparados. O governo do PT está
propondo também cortar os abonos do PIS, as pensões por
morte e o seguro desemprego (Medidas Provisórias 664 e 665).
Temos que nos unificar e lutar contra todos os ataques do governo e
dos patrões!
Enquanto
PT, PSDB, PMDB brigam para ver quem é mais corrupto e mais
útil aos patrões, nós trabalhadores temos que
lutar juntos, a partir de cada categoria.
Exigimos
da direção do sindicato a realização de
assembleia para discutir um plano de lutas contra o PL 4330 e os
demais ataques!
Temos
que tomar medidas para buscar a unidade entre bancários,
professores (em greve há 40 dias), petroleiros, Correios, e
construir uma greve geral!
-
Retirada do PL 4330 e toda forma de flexibilização! Fim
da Terceirização! Incorporação de todos
os terceirizados às empresas-mãe, com os mesmos
direitos! Efetivação com os mesmos direitos de todos os
temporários, estagiários e trainees!
- Salário
igual para trabalho igual! Por trabalho e salário dignos para
as mulheres, negros, negras e LGBTs!
-
Retirada da Mps 664 e 665, contra os cortes no PIS, pensões e
Seguro Desemprego!
- Chega
de desemprego! Redução da Jornada de Trabalho Sem
Redução dos Salários até que haja
empregos para todos! Estatização sem indenização
e sob controle dos trabalhadores das empresas que ameacem demitir ou
se mudar!
- Não
Pagamento da Dívida Pública e investimento desse
dinheiro nos serviços públicos sob controle dos
trabalhadores!
-
Continuar e aumentar a mobilização! Unificar as Lutas e
Construir a Greve Geral Pela Base!
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